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domingo, 19 de agosto de 2012

Música Clássica: Raks Mimi

A segunda música que vamos apresentar por meio do trabalho de diversas dançarinas é Raks Mimi. Essa música por sinal vai cair na prova do sindicato das dançarinas do ventre do Rio de Janeiro esse ano, e foi dureza de achar vídeos (alguém tem um vídeo de uma brasileira?).

Didem
A dançarina turca - que sempre faz o estilo femme fatale - apresenta uma leitura rica em acentos, mas atropela a introdução dançando na mesma, antes da chamada da bailarina (eu fico pensando se o respeito à introdução é uma obrigatoriedade, pois vejo muitas dançarinas famosas dançando nele). Eu prefiro respeitar porque a introdução me parece mais coerente pela própria estrutura da música clássica
A música da Didem tá bem editada, e não vemos a finalização da música, que é a repetição da introdução.


Arena
A dançarina inglesa entra depois da chamada da bailarina, demora um pouco pra se livrar do véu (para mim é se livrar mesmo pois ODEIO véu),  mas desenvolve bem, aproveitando bastante os giros, que são uma arma secreta quando você não sabe bem o que fazer entre um movimento e outro. No minuto 3:30, há uma variação na música, que primeiramente identifiquei como soudi e até há pouco tempo acreditava ser, mas agora me passaram que deve ser um malfuf. O que acham?


Grupo Shahdana
Achei muito lindo, e tem várias ideias para um solo: todas bem sincronizadas e limpas, algo raro de se ver em coreografias de grupo.


Lorena Sedran
Uma dançarina super leve, me lembrou a Aziza, americana como ela. Mostra que leveza e precisão independem de um corpo magro. Ela emenda a música com um derbake.


Zahira Razi
Uma brasileira, eureca! Obrigada Anisah, pela dica. Aqui temos uma preocupação maior em atender aos momentos da música: deslocar, parar, tremer, etc, bem como as dançarinas preciosistas gostam. Aqui ela leu o khaleege do soudi, acho que nessa versão da música ele está bem com cara de soudi. Oh céus, o que acham?

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Música Clássica: Almini Kif

Olá leitoras e leitores,
Começa hoje uma sessão de posts com vídeos de dançarinas dançando uma música clássica
A música que inaugura nossa sessão é Almini Kif do Mário Kirlis.

Saida
Aqui a dançarina argentina Saida, mais contida por causa do baby, dança de uma forma não usual para nós brasileiras: tem poucos deslocamentos e se concentra mais em ondulações. O legal dela são as finalizações sempre criativas e impactantes:


Kahina
Estilo KK de ser e viver, super alongada, técnica, balezesca, e nessa apresentação com uma leitura fina dos instrumentos melódicos.


Marta Nowicka
A polonesa apresenta uma dança com os famosos véus wing (ai que saudade do meu véu wing), apresenta movimentos pequenos e contidos, e no final emenda a música num solo de derbake. Eu achei a leitura dela meio atrapalhada, mas não deixa de ser outro exemplo para esta música.


Coreógrafa Camila Neroni
Uma coreografia em grupo bem sincronizada. Dá para ter várias ideias para fazer um solo, claro que explorando mais o espaço:

domingo, 11 de março de 2012

Dança do Ventre não é Culto à Deusa!!!

Estou fazendo um alerta muitíssimo sério: cuidado com os workshops que rolam por aí de dança do ventre! Dança do ventre não é religião, nunca foi, ela é uma modalidade de dança com regras, estilos e ritmos próprios. Acredito que todas saibam perfeitamente disso, mas tenham cuidado para não encontrar pessoas "super gabaritadas" que vão soltar o maior papo de matriarcado e deusa-mãe para deturpar toda a ideia que a dança do ventre tem como arte.

Hoje eu tive uma prova inefável disso: meu pé torcido, beleza, fui num workshop de uma dançarina das antigas, que estava morando no exterior. Falaram tanto dela, e como era barato, me matriculei para fazer, mas ninguém sabia de nada do conteúdo do workshop. Eu até mandei mensagens pros organizadores, mas nada. Ok, pensei, ruim não deve ser, no máximo algo descartável. Eu tive foi uma surpresa bem desagradável!

Primeiro que, me irrita profundamente falarem de orientalismo sem saber o que é orientalismo! Gente, orientalismo está longe de ser uma coisa boa, é uma visão preconceituosa do Oriente, uma visão que pega várias culturas de diversos povos, países, e junta num saco só e diz: Oriente! Que imagina esses mesmos lugares como fantásticos, misteriosos, esotéricos, sendo que não são! É a visão do explorador europeu, que usava a argumentação de que o Oriente era primitivo para justificar a sua dominação.

E ora, ora, não é isso que a muitas dançarinas ainda fazem? A dança do ventre não pode ser cultura árabe ou mesmo uma construção ocidental, mas um culto à deusa-mãe na era do matriarcado (primitividade). Só que uma dança vista como parte da cultura de países islâmicos e cristãos, poderia ser uma dança pagã de culto à Deusa?! Cara, é claro, óbvio, que não!!! Se formos olhar a origem da dança de maneira geral, poderíamos dizer que TODAS as danças surgiram na pré-história e foram moldadas ao longo do tempo. Por que só a dança do ventre precisa ser algo primitivo? Tá na cara que é uma visão orientalista do Oriente! O Oriente primitivo, selvagem, sensual, esotérico, e por aí vai.


Também é sabido que a dança do ventre veio até nós por meio do orientalismo, e que ela surgiu no séc. XIX mais ou menos da maneira que a conhecemos hoje em dia. Mas já está na hora de superar isso, não? Está mais que na hora dela ser prestigiada como modalidade de dança e cortar essas amarras que a associam a uma imagem preconceituosa do Oriente, esquecendo e negando a cultura em que a dança se desenvolveu, que é a cultura árabe, e buscando uma origem totalmente nebulosa da pré-história. Além disso, todos podem ter a sua religião, mas divulgar como conhecimento científico e comprovado que a dança do ventre é um ato religioso, um culto à deusa-mãe - como ouvi hoje: "a minha deusa interior seduzindo você" ui - é falta de respeito! A dança do ventre não é ritualística e nunca esteve ligada a isso desde que surgiu no séc. XIX. Se antes havia uma dança ritualística, em quantas facetas ela se dividiu e como ela chegou até nós? Será o tango ritualístico? Ou o samba? Por que insistem na dança do ventre?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Feliz Dia da Bailarina!!

Parabéns a todas as dançarinas do ventre por este dia! Sim, ele também é nosso! Para ilustrar esse momento, a dica da Heloísa Caridade, este vídeo tocante!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Samia Gamal

A dançarina egípcia Samia Gamal, nascida Zainab Ibrahim Mahfuz, é um ícone da dança do ventre no mundo inteiro. Estrela da época de ouro do cinema egípcio, Samia estrelou diversos filmes, chegando até a ser reconhecida em outros países, como nos Estados Unidos.

Natural da cidade de Wana, nasceu em 22 de Fevereiro de 1924. Mudou-se com a família logo depois para o Cairo, onde veio a conhecer anos depois a também atriz e dançarina Badia Massabni, criadora do estilo moderno de dança do ventre egípcio (estilo cabaré). Samia foi convidada por Badia a integrar sua companhia de dança, passando a adotar o nome Samia Gamal a sugestão de Badia. Juntas ainda de Tahia Carioca fizeram muitas apresentações.

A imagem de Samia, no entanto, não ficou por muito tempo associada à Badia, ela passou a se destacar ao mesclar balé e estilos latinos (salsa, merengue, tango, etc) ao seu vocabulário de dança e inovou ao ser a primeira dançarina do ventre a dançar de salto alto! Além do seu talento, Samia teve um anjo da guarda poderoso: Farid Al Atrash, um grande compositor, cantor e também ator, que fez uma dúzia de filmes com ela. A proximidade com Farid acabou despertando uma grande paixão, que durou 11 anos, mas nunca foi oficializada, pois Farid não aceitava se casar com Samia. Uns dizem que era porque ele pertencia a uma classe alta da sociedade egípcia, outros dizem que ele acreditava que o casamento limitaria ou até mesmo destruiria o talento de um artista. Seja lá o que for, Samia não foi a única amante do compositor, do qual permaneceu amiga até o fim da vida.

A ajuda de Farid Al Atrash foi decisiva para Samia alavancar sua carreira, ela passou a ser estrela de diversos filmes e de diversos nighclubs da alta sociedade. Nos anos 50, Samia foi morar nos EUA, onde se casou com um milionário texano, mas o casamento não durou muito. Em 1958, Samia se casou novamente com Roshdy Abaza, um famoso ator egípcio, com quem ela também atuou em diversos filmes.

Samia interrompeu sua carreira em 1972, mas voltou a dançar no início dos anos 80 por insistência do ator e amigo Samir Sabri. Em 1994, Samia faleceu no Cairo aos 72 anos de idade. Apesar da grande perda para o mundo artístico e cultural do Egito e também do mundo bellydancer, a imagem de Samia não desapareceu. Ela permanece sendo enaltecida e relembrada em diversos filmes, tendo já vários documentários sobre sua vida, o mais recente Samia Foverer de 2003.

Aqui abaixo um vídeo da Samia Gamal dançando Zeina (adorei essa versão! Quando vão disponilizar essas músicas antigas remasterizadas, hein?!). No vídeo, a Samia não precisa de todo um aparato figurinístico para mostrar seu talento:



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lulu From Brazil

Lulu From Brazil é a grande referência da dança do ventre brasileira. Atualmente temos diversas dançarinas talentosas, para os mais diversos gostos e estilos, mas não há quem possa se comparar com a Lulu, seja em talento, seja em maestria em tantos anos de uma intensa e brilhante carreira.

Lulu começou a dançar em 1983 com Sherazarad, a grande precursora da dança do ventre no Brasil. Dois anos depois, ela começaria uma parceria de 21 anos com Jorge Sabongi, seu ex-marido, na Casa de Chá Khan el Khalili, casa árabe que é referência por seu ambiente voltado à valorização e apreciação da arte da dança do ventre e um meio de contato com a cultura sírio-libanesa.

Em 1990, Lulu começou a dar aulas de dança do ventre, iniciando um ciclo de formação de bailarinas e de um estilo próprio reconhecido e copiado por várias gerações de bailarinas de todo Brasil. No ano 2000, foi criada a Pré-Seleção Khan el Khalili, em que as dançarinas são avaliadas tecnicamente a fim de receber o selo de qualidade da Casa de Chá. Este processo seletivo é um dos mais disputados atualmente, e se configurou numa marca de reconhecimento de qualidade para muitas dançarinas, que anseiam estar dentro dos padrões estipulados pela Casa.

Em 2009, Lulu deixou oficialmente de dançar na Khan el Khalili, passando a se dedicar integralmente ao seu novo empreendimento, a Shangrila House, sua nova companhia de dança também oferece um selo de qualidade, que conquista a cada dia mais adeptos.

Mais de 20 anos de carreira, com certeza não é para qualquer um. E são 20 anos de sucesso ininterrupto, o que é mais digno de admiração ainda. Lulu segue invicta e hors concours para muitas dançarinas, e obviamente, o exemplo que todas desejamos seguir.


domingo, 8 de agosto de 2010

Darah Hamad

Força e determinação são as marcas da dançarina Darah Hamad. Paulista de Andradina, Darah agora é uma das dançarinas de referência no Rio de Janeiro, onde fixou residência em 1992. Seu primeiro contato com a dança do ventre foi em 2002 com a mestra Shaira Sayaad, agregando posteriormente à esta arte o conhecimento da dança flamenca com a professora Ângela Viegas, do ballet com Luciana Madeira e da dança cigana com Yasmin Rajal.

A partir de 2005, começou a despontar no meio da dança do ventre carioca ao conquistar o registro no Sindicato dos Profissionais da Dança do Ventre, passando a dar aulas e se apresentar como profissional. Desde então iniciou seu aprimoramento na dança do ventre, vindo a estudar com vários mestres, dentre eles Gisele Bomentre (Egito), Hayat El Helwa (SP), Kahina (SP), Lulu From Brazil (SP) e Gamal Seif (Egito). O resultado de tanto empenho veio com a conquista do padrão de qualidade KK em 2008, além da vitória em diversos concursos, como o 1º lugar no solo profissional do Rio Orient em 2010, sob a avaliação da dançarina russa Nour.

Atualmente Darah Hamad ministra aulas na Asmahan, realizando ainda apresentações pelo Rio de Janeiro ao lado de Jhade Sharif e Sara Caldas.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Micos na Dança do Ventre

Afinal, todo mundo está sujeito a pagar micos...

Cuidado com a cortina!



Use sempre um alfinete!(E não piore uma situação já péssima!)



Olhe por onde anda...



Não duvide da lei da gravidade...



Não faça movimentos que você ainda não sabe...



E por último: use absorvente com abas!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Shahrazad Sharkey

Você que visita nosso blog, que dança, que conhece a dança do ventre, por acaso já pensou como ela chegou aqui no Brasil? Se hoje temos muito o que falar e praticar na dança do ventre, devemos tudo à Shahzarad, a precursora da desta arte milenar no Brasil.

Shahrazad, nascida Madeleine Iskandarian, é palestina, da cidade de Belém, tendo se refugiado no Líbano após a Nakba (criação de Israel). Descendente de armênios, começou a dançar com apenas 7 anos de idade. Mais tarde, se mudou para Síria, onde se casou e teve seus dois filhos, Margarida e Richard.

Sua vinda ao Brasil ocorreu por volta de 1957, e por 18 anos trabalhou como cabelereira. Nos anos 70 voltou a se dedicar à dança do ventre, mas foi em 1979 que Shahrazad Sharkey nasceu, quando começou a se apresentar no Bier Maza, em São Paulo. Shahrazad não apenas dançava, como também cantava, sendo a primeira dançarina do ventre e cantora árabe do Brasil. Ao lado do Bier Maza, o restaurante Porta Aberta também passou a oferecer a dança do ventre como entretenimento para seus clientes, tornando-se os responsáveis pela difusão da música árabe e da dança do ventre, apresentando importantes grupos musicais como o Wadih Koury.

Shahrazad logo conquistou grande sucesso, passando a divulgar a dança do ventre por todo o país, viajando com o grupo Wadih Koury (que contava com o percussionista Fuad Haidamus, mestre e também precursor da música árabe no Brasil), e também dando aulas para as brasileiras, ainda sem qualquer conhecimento desta dança. Shahrazad criou um método para ensinar mulheres dos 7 aos 90 anos, tendo atualmente diversas discípulas, como a famosa dançarina Suheil, bellydance superstar, que atualmente divulga o estilo brasileiro pelo mundo.

O foco do trabalho da mestra Shahrazad é o trabalho com a feminilidade, com o corpo, considerando a dança do ventre aliada para o sexo e para o parto. Ela já possui diversos livros publicados, como o "Resgatando a Feminilidade", leitura recomendadíssima. A sua inspiração é voltada ao Egito, ainda que tenha sua "formação" libanesa. Ela diz que não busca uma coreografia na dança, o que lhe importa é o resgate da essência feminina.

Sharahzad formou a primeira geração de dançarinas do ventre brasileiras, e a partir delas, tivemos a dança do ventre difundida por todo o Brasil. Se não fosse a iniciativa desta palestina, que se considera "brasileira roxa", o que seria da Dança do Ventre no Brasil?

Abaixo Shahrazad num programa televisivo há séculos atrás. Aqui a música é "A Dança da Cobra", em referência a um programa de televisão árabe veiculado na TV Gazeta, o "Programa Árabe na TV", o qual possuía esta canção na abertura.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Boas dançarinas ou dançarinas boas?

Uma das coisas que mais me decepcionam na dança do ventre é a hipocrisia do corpo perfeito. Cara, eu entendo meeesmo, que no palco, num restaurante, as pessoas não querem ver pessoas "fora do padrão de beleza", mas daí colocar pessoas sem talento para dançar só por causa de um corpo bonito, me poupe, não é?

Talvez o público nem perceba, e aí está o grande trunfo: a dançarina é leve, mas executa os movimentos errados, braços tortos, não reconhece os ritmos, parece o tempo todo estar desfilando. Que importa aos olhares leigos? Ela é bonita, e isso basta. Mas nós que não estamos cotadas no conceito de beleza atual, que importa se dançamos bem? Uma ou outra pessoa pode perceber nosso talento, mas a maioria não. E pior: nós podemos estar na televisão, no palco, no restaurante, dançando maravilhosamente bem, o que todos estarão olhando? O nosso corpo. E quantos não estarão debochando de nós? (Digo isso por um vídeo que encontrei no youtube de uma dançarina com um quadril seco perfeito, mas gordinha, e as pessoas trataram de filmar a televisão e postar no youtube a dança da menina juntamente com o áudio dos seus risos debochados).

A minha revolta só bate de vez em quando, tem dias que estou bem conformada, deixo para lá, não vou me esforçar em dar "pérolas aos porcos". Eu danço para quem possa apreciar qualidade técnica, amor à arte, eu danço com a alma, quem me vê dançando, sempre comenta isso. Mas quem do grande público poderia notar? Das vezes que dancei em festinhas para amigos, de calça jeans, sem qualquer preparo ou coreografia, eu sempre fui muito bem recebida. Algumas vezes as pessoas vinham falar comigo, elogiar, pedir informações, para mim que tinha se empolgado com a música, e não tinha aparecido só para dançar. Acho isso muito válido, fico lisonjeada por "roubar a cena" sem querer, mas isso incomoda muita gente, especialmente quem acha que as gordinhas deveriam ficar em casas trancadas, se lamuriando por não ter um corpo esquálido e sem curvas.

Mas e as magras sem talento? Têm váááários vídeos no youtube delas, os comentários são sempre os mesmos: "você é linda, gostosa, charmosa, etc", quem diz: "nossa, quero dançar assim?". Quer dizer, até tem, mas logo você percebe que quem diz isso não sabe lá muito de dança do ventre. E nas festas em que essas mulheres lindas dançam? Coloque uma que dança bem ao lado dela, e olhe bem atentamente: por incrível que pareça, muita gente "leiga" vai notar de imediato que a lindinha não sabe dançar tão bem assim. Infelizmente eles precisam de parâmetros para perceber isso, e como não vamos dar um workshop de dança do ventre em toda apresentação, fica para quem consegue olhar além de um belo corpo.

Críticas à parte, é claro que não há somente dançarinas sem talento, óbvio que não! Temos inúmeras belas dançarinas que entretem um público que não faz parte do meio e são super talentosas, como a Virgínia Njainne, Serena Isthar, Sara Caldas, entre outras. Existem locais em que as dançarinas são escolhidas a dedo, mas em outros... Bem, nesses nosso apelo é que escolham boas dançarinas, não dançarinas "boas"! Sabe, o público não merece ser iludido com uma imagem deturpada da dança do ventre, com alguém que não é a sua melhor representante. Ok, as pessoas - até aquelas que não estão em forma - irão torcer o nariz para uma dançarina gordinha, ou em qualquer estado que não seja o famigerado "mulherão que merece viver e reproduzir", ok, coloque a bela dançarina, mas que ela realmente saiba dançar e encantar por seu talento. Acho que muita gente acha a dança do ventre chata e desinteressante porque só tem contato com essas moçoilas que só prendem a atenção na sua bela aparição, a dança sai quase como um esforço desesperado de parecer interessante, o que não é: a dança do ventre não é só um corpo, existe toda uma técnica envolvida. Já dizia o velho ditado: "Beleza não põe mesa", vamos lá encher os olhos do público com a arte da dança do ventre em seu mais puro talento.

Abaixo uma bela dançarina encantando a todos: Serena Isthar

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ambar

Uma nova dançarina vem ganhando notoriedade pela internet: Ambar! Quem não viu, verá agora!

A dançarina Ambar, nascida Lorena Rossi em Vila Gessell, Buenos Aires, é discípula de Saida. Dá para notar, não é? Aquela jogada de cabeça para trás é totalmente Saida. Mas Ambar tem o mérito de não ser simplesmente uma cópia "esculpida em Carrara" de sua mestra, ela tem muita personalidade e anda conquistando cada vez mais espaço com seu talento.

Ambar iniciou sua carreira na dança com o jazz, e só em 2000 começou a fazer aulas de dança do ventre com a mestra Amaj. No ano seguinte foi para a escola de Saida, e já em 2003 foi convidada pela própria para integrar o grupo Rakkasah. Em 2004, Ambar se tornou professora de dança do ventre, passando a dar aulas no instituto argentino "La Danza".

Ambar realmente deve ter conquistado Saida, pois passou a acompanhá-la nos eventos no exterior, inclusive dançando com a orquestra de Mario Kirlis, fiel escudeira de "la diosa". Enquanto realiza turnês com o grupo Rakkasah e ao lado de Saida e Kirlis, Ambar participou de vários workshops, com Amar Gamal, Tito, Amir Thaleb, entre outros.

Ainda que já tenha renome na Argentina, já seja professora de dança do ventre e viaje o mundo inteiro, Ambar permanece como aluna da escola de Saida. Para ela é necessário se aperfeiçoar ainda mais. Dá-lhe garota!

Agradeço à Meldelen, por disponibilizar na web as informações desta revelação na Dança do Ventre.

Aqui abaixo o vídeo de mais sucesso de Ambar: o solo de derbake com zaar!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Biografia - Sohair Zaki

Sohair Zaki é uma das dançarinas mais famosas das décadas de 60 e 70 e ícone da dança egípcia nos anos 80. Nasceu em Mansoura, no Egito, onde ela e sua família viveram até que ela completasse nove anos. Depois disso, mudaram-se para Alexandria. Souhair se apaixonou pela música e pela dança bem jovem, aprendendo a dançar sozinha, ouvindo o rádio. Seu talento natural se revelou muito cedo e, antes mesmo de que ela se desse conta, começou a se apresentar em festas de aniversários e casamentos de amigos e familiares. Mais tarde, Sohair mudou-se para o Cairo. Mesmo contra a vontade de seu pai, começou a dançar profissionalmente em casamentos e a fazer perfomances em casas noturnas. O pai da dançarina faleceu bem cedo e a mãe se casou novamente. Seu padrasto foi o responsável pelo lançamento de sua carreira como dançarina e foi quem a gerenciou, tornando-se mais tarde seu empresário. Sohair Zaki não se saiu bem num teste como apresentadora, mas esse fato acabou por ser apenas o início de sua carreira na televisão. O resto é história, como se costuma dizer.

Sohair pode ter se afastado das apresentações de dança e dos filmes, mas não perdeu seu glamour. Anwar Sadat se referiu a ela, numa ocasião, como "a Oum Kolthoum da dança". "Enquanto Oum canta com sua voz, você canta com seu corpo", disse uma vez (Sohair, aliás, foi a primeira bailarina a interpretar as reverenciadas músicas de Oum Kolthoum). O presidente americano Nixon a chamou de "Zagharit", quando descobriu que o termo se referia a uma espécie de gritaria estridente numa expressão de alegria.

Segundo a própria Sohair, sua maior rival era Nagwa Fouad. "Nós tivemos uma competição feroz. Se as duas estivessem contratadas para uma mesma festa numa noite, corríamos para mandar nossas orquestras e roupas na frente, vendo quem chegava antes ao local". Enquanto Nagwa Fouad adorava perfomances espetaculares no estilo ocidental, Sohair representava um estilo mais natural. A dançarina se orgulha em dizer que era constantemente escolhida para apresentações para autoridades em visitas ao Egito.

No final dos anos 80, ao perceber que o cenário da dança do ventre no mundo começava a mudar, Sohair Zaki começou a pensar a se retirar do meio elegantemente. Naquela época, profundas mudanças na visão que o mundo tinha sobre a dança começavam a acontecer.

Ainda assim, Sohair Zaki é reverenciada até hoje por seu talento. E ela mesma, é claro, jamais esquecerá de seus tempos de dançarina."Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança", disse.




quinta-feira, 30 de julho de 2009

Diferentes Estilos de Dança do Ventre - Estilo Turco

Os estilos turco e oriental e os estilos árabes de Dança do Ventre compartilham o mesmo vocabulário de dança. No entanto, o estilo turco é influenciado por várias danças folclóricas da Turquia, assim como as danças folclóricas dos ciganos que vivem no país. Muitas dançarinas e músicos são ciganos e deram seu próprio toque especial à dança.

Há geralmente ritmos populares com uma estrutura de 5, 7 ou 9 tempos juntamente com ritmos de 4 e 8 tempos. O Estilo Turco Clássico possui alguns pontos em comum com as eras de Ouro e Clássica do Egito e do Líbano, mas também possui um caráter patriótico muito forte oriundo da época do Império Otomano. No entanto, o atual estilo turco de Dança do Ventre é muito mais alegre e expansivo. Alguns nomes que valem a pena ser citados incluem Nesrin Topkapi, Princess Banu, Sema Yildiz, Asena, Didem, Tulay Karaca, Birgul Beray, Reyhan e Tanyeli, além de dançarinas estrangeiras como Artemis (EUA) e Eva Cernik (EUA).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Kaya

Kaya é uma dançarina e instrutora americana que vem conquistando fãs por todo o planeta com sua maneira única de dançar e entreter. Para nós brasileiros, Kaya é uma "gringa com samba no pé", pois além da dança do ventre, ela divulga e promove eventos de Samba nos Estados Unidos. Alguns de seus mais recentes feitos profissionais incluem uma série de DVDs com performances de Dança do Ventre e Samba. Kaya também ganhou um papel no musical "A Dança da Vida", de Lon VanEaton. Ganhou também um contrato para criar shows temáticos em sua estréia em Colorado e no 15ª Celebração Anual do Carnaval de Colorado ao lado de Manuel Molina, representante oficial do Brasil, apresentando "Samba no Pé".


Kaya foi recentemente considerada "A Melhor de Denver" por seu trabalho como dançarina e professora de dança em Denver e Cherry Creek.

Além de seu trabalho solo, Kaya é co-diretora e fundadora do "Groove du Monde", uma companhia de dança sediada em Denver, Colorado. Ela e sua parceira de dança e nos negócios, Sadie, criaram o Groove du Monde para desenvolver um entretenimento de qualidade em muitas áreas, incluindo: Dança do Ventre, Samba Brasileiro, Circus-Burlesque, Dança Taitiana, Salsa, entre outras.

Kaya e Sadie foram consideradas "As Melhores Dançarinas de Dança do Ventre de 2006" pela revista Westword, e os seus shows inspirados em temas no estilo "fantasia" receberam o prêmio "A Escolha da Crítica" do jornal Denver Post.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Jamila Salimpour

Jamila Salimpour é uma das pioneiras da dança do ventre na América. Ela nada mais é do que a criadora do estilo tribal de dança do ventre e foi uma figura influente no mundo bellydancer por 50 anos! Sua forma de ensino e de desenvolvimento dos movimentos de dança ainda é utilizada em todo o mundo.

Nascida em 1926 em Nova York, de família siciliana, começou sua carreira como dançarina em 1942, trabalhando no grupo Ringling Brothers Circus. Neste grupo, ela desempenhou o papel de acrobata e dançarina, passando a compor em seu show elementos da dança oriental, influenciada por um filme de Tahia Carioca, o que para a audiência era como a verdadeira dança do ventre. Esta fusão de elementos orientais e o circo deu origem ao American Tribal Style (o que seria o estilo tribal que conhecemos), o qual ela começou a ensinar na década de 60, em Berkley. Em 1968, ela criou o grupo Bal Anat (Dança da Deusa Mãe), se apresentando no festival Renaissance Pleasure Faire, mostrando ao mundo uma forma diferente da tradicional dança do ventre de então, com grupos coreografados, compondo uma atmosfera mística, usando cobras, espadas, tatuagens, todo tipo de adereços: era a dança do ventre performática (American Cabaret), da qual Jamila era uma das precursoras.

Após esse festival, seu nome só cresceu, se tornando uma referência para a dança do ventre americana. Sua família passou também a se dedicar à dança do ventre: sua filha, Suhaila Salimpour começou a dançar aos 3 anos de idade, e hoje é uma dançarina renomada, e sua neta Isabella parece percorrer o mesmo caminho. Jamila, já com 83 anos, não mais se apresenta em shows, mas oferece workshops e aulas de American Tribal Style na escola de sua filha, permanecendo como um ícone da dança do ventre em todo o mundo.

domingo, 5 de julho de 2009

Saida

A dançarina argentina Saida tem mais do que a dança do ventre como forma de contato com a cultura árabe: filha de imigrantes sírios, seu verdadeiro nome é Verónica Helou, já possuindo uma carreira de 18 anos na dança do ventre.

Bailarina clássica desde 1983, ingressou na dança do ventre em 1991 com o mestre Amir Thaleb (diretor da Arabian Dance Company), estudando folclore árabe e a dança árabe performática. Por dez anos, Saida foi a primeira bailarina desta companhia, e em 1994, ela fundou sua primeira escola de dança do ventre, atualmente com mais de 700 alunas.

No ano 2000, Saida passou a divulgar seu trabalho internacionalmente: primeiramente, se apresentou com a companhia de Amir Thaleb em Miami, ao lado do grupo Middle Eastern Dance Exchange de Tamalyn Dalal. Após este show, começou a realizar workshops com o músico Mario Kirlis por vários países, inclusive no Brasil, nos anos de 2003, 2005 e 2006 através do Festival Luxor.

Em 2002, Saida criou o grupo Rakkasah, com o qual realiza apresentações periódicas na Argentina, já tendo se apresentado também no Peru e na Colômbia. E em 2004, passou a integrar o grupo Bellydance Superstars do produtor Miles Copeland, gravando no ano seguinte o DVD "Solos From Monte Carlo" com a música "New Baladi" de Mario Kirlis e a música "El Baston" (presentes no CD Bellydance Superstars 3). Também em 2005, gravou seu primeiro DVD instrucional com o maestro Mario Kirlis.

Saida é uma dançarina reconhecidíssima na Argentina, a única que organizou por lá um seminário internacional de dança do ventre (trazendo nele Amar Gamal), e que é conhecida por todo o mundo. Em 2008, ela obteve o diploma de honra por ser a melhor bailarina de danças árabes na Argentina.

sábado, 6 de junho de 2009

Suheil

Aqui temos uma dançarina sem par para a Dança do Ventre no Brasil: Suheil é uma das mais talentosas dançarinas do mundo, sendo a primeira e única brasileira qualificada no "Bellydance Superstars" em Los Angeles em 2004.

Com uma formação sólida no Ballet, Suheil já conta com mais de 20 anos de experiência na Dança do Ventre, tendo já recebido mais de 30 prêmios em reconhecimento de sua atuação como coreógrafa, além de ser também referência em danças orientais. Já teve aulas com estrelas nacionais e internacionais, como Shahrazad (sua mestra e a precursora da Dança do Ventre no Brasil), Tamalyn Dalal, Suhaila Salimpour, entre outros, e já foi até convidada para gravar um vídeo em Los Angeles com o "Ya Amar! Middle Easten Dance Company".

Aqui no Brasil, Suheil foi a primeira a apresentar um bloco na TV brasileira voltado para a Dança do Ventre: "A Arte da Dança do Ventre" no programa "Simplesmente Mulher" durante duas temporadas na TV Caju de Sergipe, o qual ensinava as telespectadoras a dançar. Estas aulas podem ser encontradas também compiladas num DVD duplo produzido por ela mesma.

Além deste programa, Suheil também produziu outros DVDs didáticos para a Dança do Ventre, como o "Dança do Ventre, Coreografia Pop", comentado pela Amar El Binnaz, o qual recebeu o "Selo de Marca de Excelência". Ela também possui um DVD de seus shows - "Trajetória" - e uma coleção intitulada "Lição de casa". O seu método - o "Método Acadêmico para Dança do Ventre" - já tem mais de 10 anos e propõe uma forma diferenciada e exclusiva para todas as modalidades da Dança do Ventre e do Oriente Médio, o que conquista cada vez mais adeptos (vendo o vídeo dela percebo que minha professora também foi influenciada...rs).

Atualmente, Suheil se promove através de shows e workshops por todo o Brasil. Aqui embaixo fica um dos vídeos de Suheil ensinando Dança do Ventre na TV.

sábado, 30 de maio de 2009

Melinda James

Melinda James é uma dançarina de grande destaque no Rio de Janeiro. Desde 2006 possui sua renomada escola de dança do ventre, o "Espaço Mosaico", criado em parceria com Luciana Midlej e Adriana Almeida (e onde se vende roupas lindíssimas!), referência em qualidade para várias bailarinas.

Melinda iniciou seus estudos em Dança do Ventre em 1996, se identificando com esta arte após percorrer vários outros estilos de dança. Desde então, tem se dedicado exclusivamente à Dança do Ventre construindo uma carreira de destaque no Rio de Janeiro. Em 2002, ela adquiriu o padrão de qualidade Khan El Khalili.

Além do "Espaço Mosaico", Melinda criou o grupo artístico Al Qamar em 2004, composto somente por bailarinas de dança do ventre profissionais, tendo no mesmo ano trabalhado no Clube Sírio & Libanês na área artística, promovendo a aproximação da colônia árabe carioca com os amantes de sua cultura. Ainda em 2004, Melinda se tornou uma das organizadores do Festival Lumina, renomeando-o como Festival Lumina-Qamar.

Atualmente Melinda é professora, bailarina e coreógrafa de Dança do Ventre e Folclore Árabe, realizando intercâmbios culturais de danças árabes em todo o mundo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Luciana Nogueira

Carioca, a bailarina Luciana Nogueira iniciou seu estudos em dança do ventre aos 22 anos na Cia Vanessa Costa, com a qual aprendeu toda a base dessa arte. Em 2002, dois anos após iniciar seus estudos, ela começou a se dedicar profissionalmente à arte da dança do ventre e à cultura árabe, passando a se especializar com aulas e workshops com mestres como Jade El Jabel (Khan el Khalili), Aysha Almeé, Lulu From Brazil, Shakar Badri, Carlla Silveira, Nar, Dunia La Luna, e internacionalmente com Dina, Randa Kamel, Raqia Hassan, Yoursy Sharif, Jillina e Saida.

Luciana é uma dançarina premiada, já ganhou diversos concursos e já foi avaliada e aprovada por estrelas como Randa Kamel e Saida. O seu estilo é apreciado por diversas bailarinas, as quais buscam encontrar o mesmo equílibrio entre técnica e leveza que possui.

Além da dança do ventre, Luciana é concluinte da faculdade de Educação Física, agregando mais conhecimento à sua profissão. Ela ministra aulas no Rio de Janeiro, e também faz shows e workshops por todo o Brasil. Luciana também possui uma loja virtual com CDs, DVDs e artigos para dança do ventre, a Loja Nefertiti, oferecendo, assim, difusão e acesso à cultura árabe a todos os interessados.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Matéria: Música árabe na UFRJ

Olá, olá! Hoje eu tive o prazer de fazer a minha primeira "matéria", se assim posso dizer! Com exclusividade, o Dança do Ventre Brasil, esteve na apresentação de dança e música árabe dos alunos da UFRJ num simpósio sobre cultura árabe na Idade Média.

Este simpósio faz parte de uma semana de cursos de extensão promovidos pela Faculdade de Letras (I Simpósio dos Cursos de Graduação do Centro de Letras e Artes), no qual havia o tema "Um panorama geral do Mundo Árabe Medieval com foco na Filosofia (Falsafa)". Os seminários estão sendo apresentados na sala F-206 até o dia 27/05. Mais informações podem ser conferidas no site da faculdade.

Hoje especialmente estive lá para prestigiar a apresentação de música, que encantou a todos os presentes. Karif Savah tocou o derbake e o pandeiro, Bruno Tenório, o violino, e Giselle Negreiros dançou para todos, divulgando a arte da dança do ventre. Todos eles são alunos da UFRJ, Karif é do CLAC (meu colega de classe!), e Bruno e Giselle são graduandos em Letras-Árabe! Mais uma demonstração de como a cultura árabe nos encanta de diversas maneiras!

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