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domingo, 30 de outubro de 2011

Dança do Ventre em Filmes: Kaf Al Amar


Lançado em Abril de 2011 no Festival de Cinema de Alexandria, Kaf Al Amar não é um filme sobre dança do ventre, é um filme sobre relações familiares estremecidas.

Do diretor egípcio Yusuf Khalid, o filme conta com a atriz Wafa Amer como a viúva Kamar, que após a morte de seu marido, seus cinco filhos se mudam para o Cairo, a fim de ganhar a vida. Com o tempo, sua saúde se deteriora e ela pede para rever seus filhos, mas morre antes de seu filho mais velho conseguir reunir seus irmãos.

O filho mais velho é interpretado por Khalid Salah, cujo personagem é um empreiteiro de construção antes de se tornar um traficante de armas. Sabri Fawaz interpreta o filho mais novo, Jawdat, um traficante de drogas em Alexandria. Hassan Raddad é o terceiro filho, vendedor de caldo de cana em uma loja em Ataba. O quarto filho, interpretado por Haitham, Ahmed Zaki, é um poeta e um artista que vive um romance com uma dançarina do ventre, interpretado por Huria Farghali. O ator Yassir Al-Masri representa o quinto filho, um verdureiro. Eu não sei exatamente qual é a temática do filme, mas me parece que fala sobre valores familiares, em como reunir novamente os irmãos com destinos tão diferentes.

A parte mais interessante do filme, para nós, fica por conta do filho artista Ahmed Zaki, que dança tanoura - dança de transe dos sufis - e de sua namorada, que é dançarina do ventre. O trailler mostra muitas cenas entre eles, e algumas imagens promocionais também aparecem com eles. Acho interessante para ver como a dança do ventre se insere na sociedade egípcia.

O trailler aqui embaixo:

sábado, 13 de agosto de 2011

At Night They Dance: As Noites do Cairo


O documentário canadense At Night They Dance está dando o que falar. E não é à toa: o filme de Isabelle Lavigne e Stéphane Thibault nos leva para dentro do fascinante e obscuro mundo das dançarinas do ventre do Egito.


Originalmente publicado em Hour Community

Esta é Reda, a matriarca de uma família de dançarinas do ventre

Cairo, a capital do Egito, é a maior cidade do continente africano e umas das mais populosas do mundo inteiro. Todos os conflitos políticos, religiosos e culturais convergem neste epicentro, que talvez tenha sido melhor definido pelos protestos que ocorreram em Tahrir Square este ano. Filmado antes da revolução egípcia, At Night They Dance, o premiado documentário dos cineastas Isabelle Lavigne e Stéphane Thibault, oferece um olhar diferente sobre o Cairo, centrando-se nas beldades egípcias que dançam por dinheiro, quando a noite cai.

Lavigne foi a primeira a ser sugada pelo ritmo hipnotizante do Cairo, quando ela e seu marido, Thibault, visitaram a cidade num feriado há cinco ou seis anos atrás. "Eu me apaixonei pelo Cairo, pelas pessoas", conta a cineasta. "Estávamos de férias no Egito há dois meses e decidimos ficar mais algumas semanas, que se tornaram mais algumas semanas, depois alguns meses e quando nos demos conta, já eram três anos."

Enquanto estava por lá, Lavigne ficou imersa na cultura local, aprendendo a falar árabe e a dançar. Ao passar tanto tempo com o povo do Cairo, Lavigne ficou fascinada com as mulheres que viu dançando nos cabarés e eventos sociais. Ela então dividiu suas observações com Thibault. "Eu conversei com Stéphane sobre o paradoxo das dançarinas de Dança do Ventre na sociedade egípcia. Elas são amadas e adoradas, mas são também desprezadas por suas práticas consideradas vergonhosas e pecaminosas."

Reda

É fácil perceber porque o filme está sendo tão elogiado. Em At Night They Dance, o espectador é levado a uma comunidade do Cairo e deixado lá para compreendê-la sozinho. Essa comunidade é onde vive Reda, mãe de sete filhos, com mais um a caminho. A família de Reda é formada por dançarinas de Dança do Ventre, uma tradição cada vez mais rara entre entre as famílias em razão da corrupção do ofício por lá, que vai desde o uso de drogas à prostituição.

"Nós não queríamos nos aprofundar no lado negro dessa atividade e, depois de quatro meses pesquisando famílias, pensamos que poderíamos não fazer o filme," diz Lavigne. "Então encontramos Reda e sua família e, na mesma hora, vimos quão carismática ela era, quão forte ela era. Eles nos lembraram os personagens do dramaturgo Michel Tremblay, sempre da classe trabalhadora, mulheres espirituosas."

Reda é uma personagem fantástica. Num momento, condena o comportamento dos filhos e, num outro, os defende veementemente. "Eu sempre a amei, desde o primeiro dia," declara Lavigne, com carinho. "Eu amo sua energia, sua complexidade. Ela é linda."

Mesmo linda, o que não falta é drama na casa de Reda, e ninguém de sua família parece estar nem um pouco tímido com a câmera que invade suas vidas. "O senso de intimidade deles é muito diferente do nosso," explica Lavigne, citando como exemplo vizinhos que sempre olhavam pelas janelas. "A câmera era apenas como uma outra pessoa entre eles."

Essa outra pessoa capta uma dicotomia que muitas vezes é bastante evasiva num filme. "Espera-se sempre que as mulheres sejam humildes e reservadas," diz Lavigne sobre um sentimento que conhece há algum tempo. "Então, você se depara com essas mulheres, numa sociedade tradicional, que têm essa força. Todas nós temos isso escondido lá dentro - o que esperam de nós e o que realmente somos."

Com toda essa pressão todos os dias, não é de se admirar que dancem a noite toda.

domingo, 12 de setembro de 2010

Dança do Ventre em Filmes: Salomé (2002)

Um filme que farei de tudo para ver! Carlos Saura, mestre espanhol, diretor de diversos filmes que me comoveram profundamente e do clássico Tango (indicado ao Oscar), traz uma narrativa em estilo documentário da obra de Oscar Wilde: Salomé.

Dica da blogueira Natália Salvo, a cena da dança dos sete véus com a dançarina Aida Gomez é simplesmente perfeita. Estou me rasgando em elogios, mas vocês precisam ver! Uma mistura de flamenco com dança do ventre, estilos que alguma vez na História já se encontraram e assim não se parecem totalmente estranhos um ao outro, ainda com toda a carga emotiva que falta em muitas Salomés que vemos por aí...


A cena da Dança dos Sete Véus:

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lola e o Egito: Tá a fim de dançar no Cairo?!

Finalmente consegui assistir ao filme "Tudo que Lola Quiser", que já comentamos aqui. Para quem não sabe, o filme fala sobre uma americana que vai para o Egito e se encanta com a dança do ventre. Apesar de mostrar tanto o lado bom quanto o ruim da dança do ventre por lá, a sensação que temos no final do filme é: AHHH, eu quero dançar no Egito também!!

Bem, a partir de agora, vou tentar ser o menos possível SPOILER, mas quem não quer saber nadica de nada do filme, NÃO LEIA!

O Egito de Lola não é plenamente fantasiado, como muitos críticos apontaram. Nós vemos o submundo da dança do ventre, a clara associação da dançarina do ventre à prostituição, a pobreza do Egito e, sobretudo, como a sociedade egípcia é conservadora e repressora com a mulher. A personagem de Ismahan, professora de dança de Lola, mostra perfeitamente como os erros ou os desvios de conduta de uma mulher jamais são esquecidos, independente de quem ela seja, uma famosa artista ou uma simples qualquer.

Isso me refletiu o que a Nawal Al Saadawi, médica egípcia e autora de diversos livros sobre a mulher muçulmana, fala sobre a situação das mulheres egípcias. É exatamente o que me causava a estranheza ao ver dançarinas tão bem-sucedidas por lá, como a Soraia Zaied e a russa Noor. A palavra feminina vale menos que a do homem, e uma mulher respeitável está sempre sujeita à sua família, seu corpo não é sua propriedade, mas a propriedade da sua família, sobretudo de seu pais e de seus irmãos. Qualquer suspeita de desvio de conduta, a punição não se resume ao ostracismo, mas à morte.

Claro que Nawal fala de uma sociedade egípcia dos anos 70, mas algumas coisas ainda refletem como essa "liberdade" feminina não é acessível a todas as camadas sociais. É o que vemos no filme, na baixa camada da sociedade, as únicas mulheres que vemos independentes, atuando na sociedade, são prostitutas/dançarinas, agora na alta camada, quanta diferença!

Nessa parte, o affair de Lola, Zach e sua família demonstram muitíssimo bem como a mulher rica se coloca na sociedade. A prima de Zach e sua irmã saem sozinhas, fazem compras, mas são extremamente ingênuas, é como se vivessem numa redoma de vidro. E a dança do ventre?! Menina, a dança do ventre para os ricos é arte, só que quem dança não são todas as mulheres. Isso me lembrou muito os meus amigos egípcios, eles adoram a dança do ventre, mas a sua noiva/esposa/namorada/amiga dança pro seu respectivo cônjuge ou numa festa privada de mulheres, nada de exposição da figura! Eles não se incomodam de ver uma mulher dançando, desde que não seja a sua!

Pelo que vemos no filme, existe a nata da dança do ventre, que a dançarina é reconhecida, é festejada, não só por turistas, mas por egípcios mesmo, pela alta sociedade. E existe o submundo, a dança do ventre para o povão, em que a dançarina se não se prostitui, corre o sério risco de ser confundida como tal. Será que todas as dançarinas que vão para o Egito têm acesso à dança do ventre como arte mesmo?

Ser dançarina do ventre pra mim já é o máximo, eu adoro! Mas ver no filme uma dançarina do ventre tão festejada como um astro pop, nossa dá mó vontade de ser igual! Quem não viu o apart-hotel da Soraia Zaied no Fantástico? Que escândalo, muito chique! Ela casou com um egípcio ainda! E ela ainda fala em como é seguro andar pelas ruas do Cairo de madrugada. Pelo visto, o problema não é dançar no Cairo, mas onde dançar no Cairo! E como a Soraia falou: você tem que criar seu estilo para fazer sucesso. O dela foi misturar axé, funk e samba à dança do ventre... Tem gente que canta, tem gente que fica seminua, tem gente que chora dançando, o que podemos fazer? Recitar poemas de Ibn Said?!

Aqui a entrevista de Soraia Zaied no Fantástico, para quem não viu. E aí? Alguém interessada em ser bem-sucedida dançando?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dança do Ventre em Filmes: Tudo que Lola quiser (2007)


Este filme marroquino é outro achado! Nossa, nem eu sabia que existiam tantos filmes interessantes sobre dança do ventre! Falado em inglês, esta comédia-romântica conta a história da norte-americana Lola (Laura Ramsey) que sonha em se tornar uma dançarina em Nova York (alguma semelhança com "Flashdance" para por aí!), e desencantada com a falta de perspetivas, é apresentada à dança do ventre por Yussef (Achmed Akkabi), um amigo gay egípcio, através de uma fita de vídeo antiiiiiiga que ele tem de Ismahan (Carmen Lebbos), uma das estrelas do Egito. Mas isso não é suficiente para fazer Lola embarcar no mundo da dança do ventre: ela encontra o charmosíssimo Zach (Assad Bouab), outro egípcio, que a deixa completamente apaixonada! No desenrolar deste romance com o gato, Lola acaba embarcando para o Egito, onde passa a "perseguir" Ismahan (já não mais a mesma dos áureos tempos) para lhe ensinar a dançar. Nessa aventura, Lola descobre não só os segredos da dança do ventre, mas também os segredos do passado de Ismahan... Uhhh, mistééério!

Diferentemente do filme chinês que comentei antes, este filme foi extremamente baladado no mundo árabe e na Europa. "Whatever Lola Wants" chegou a ser premiado no festival de cinema em Dubai, e acumula críticas positivas em todos os sites que se dedicam a fazer uma sinopse dele. Das atuações inspiradas, a mais comentada é de Carmen Lebbos, a Ismahan, descrita como uma personagem densa e única, como nunca vista no cinema. Além disso, a trilha sonora de Lola também é um sucesso, a música tema "Whatever Lola Wants" cantada por Natacha Atlas circula por nossos arredores sem que saibamos a sua origem cinematográfica!!

Um dos pontos altos, como comentam os críticos, é o tom de comédia que o filme dá, abrindo espaço, sem tocar na ferida, para abordar os preconceitos de "mão-dupla" que existem entre o Ocidente e o Oriente, e os mal-entendidos que acontecem pelo "choque de culturas" que Lola perpassa. O enfoque positivo que o filme dá também à dança do ventre é um dos seus atrativos, mostrando aqueles que a praticam de forma carinhosa, sem o característico olhar cheio de pudores e maledicências dos filmes em geral.

Assim, "Tudo que Lola quiser" é um filme sobre tolerância quanto às nossas diferenças entre o Ocidente e o Oriente, e sobretudo sobre esperança. A dança do ventre surge como um elo possível entre estes dois mundos, enfatizando mais uma vez que a arte, em todas as suas formas, é uma ferramenta capaz de aproximar os povos, além das fronteiras e da política.

Aqui abaixo o trailler do filme e o clipe da Natacha Atlas:



domingo, 20 de setembro de 2009

Dança do Ventre em filmes: Minha mãe é uma dançarina do ventre (2006)

PAREM O QUE ESTÃO FAZENDO!! Este filme é uma raridade pela inovação!!! O filme se chama originalmente "Seelai ng yi cho" ("Minha mãe é uma dançarina do ventre"), é um filme chinês sobre a vida de três donas de casa - e de certa forma, de muitas outras como elas - que sofrem com a perda da juventude, da beleza e da paixão. Cada uma delas sofre com um tipo de drama: a Sra Chan (Amy Shum) descobre que seu marido tem um caso com uma mulher muito mais jovem e quer o divórcio; Sra Lee (Sydney) é submissa aos caprichos do marido e do filho, que tentam a impedir de viver a sua própria vida; e a Sra Wong (Crystal Tin) tem um marido amoroso, mas quando ela perde o emprego, sua vida desmorona, por não ter dinheiro para sustentar a família. Na vida delas tudo parecia sem sentido, até elas descobrirem a dança do ventre!

A dança do ventre entra na vida dessas mulheres através de Pasha (Pasha Umer Hood), que infelizmente não consegui descobrir se é uma dançarina do ventre na vida real (ao que tudo indica, sim!), que vem para substituir o professor de dança do conjunto habitacional onde todas vivem. O filme discute a questão da imagem pejorativa que a dança tem, por ser vista como algo atrevido, indecente, mostrando o preconceito que muitas mulheres tem da dança, mas que no final acaba atraindo as três senhoras para ocupar o seu dia. A partir daí, a dança do ventre passa a representar o mais importante de seu dia, trazendo de volta a paixão e razão de suas vidas. Aos poucos, as três senhoras começam a recrutar outras mulheres para as aulas, e o número de alunos só vai crescendo, entretanto a dança começa a ser um problema local simplesmente por exibir os "umbigos" das mulheres, algo muito liberal para o conservador conjunto habitacional chinês.

Dos que apóiam e dos que reprimem, temos o marido da Sra Wong a apoiando por vê-la feliz, e o marido da Sra Lee tentando de tudo para fazê-la abandonar sua paixão. As aulas de dança do ventre acabam sendo canceladas, e fica a expectativa: elas conseguirão vencer os preconceitos e retomar as aulas no seu conjunto habitacional?

O que achei interessante foi a abordagem da dança do ventre como algo que pode melhorar a nossa qualidade de vida, tanto fisicamente como mentalmente, e não somente uma atividade puramente sensual e para "fins reprodutivos". Alguns críticos comentam que o filme, apesar de explorar essa ideia, acaba sendo superficial, não criando a inspiração necessária que tantos filmes de dança causam nas pessoas, como "Vem dançar comigo" e "Dança comigo?". Mas vale a pena ver no cinema algum filme que perceba a dimensão positiva - ainda que superficialmente - que a dança do ventre pode ter na vida de uma mulher, e assim, na vida de quem convive com ela!

Aqui abaixo o trailler do filme:

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dança do Ventre em Filmes: Rei dos Reis (1961)


Mais um pouco de Salomé no cinema! Afinal, diversos filmes retrataram a dança sedutora que em troca pediu a cabeça do profeta João Batista. Um desses filmes é "Rei dos Reis" de 1961, em que Brigid Bazlen, atriz norte-americana, interpreta este mito. Na época, a atriz foi criticada pelo papel, por não ser muito conhecida (só havia feito um filme!) e assim inexperiente para um papel de destaque. Posteriormente Salomé passou a ser considerado sua melhor atuação, e a cena de sua dança é constantemente referência para ilustrar a história de sedução.

Na sua dança podemos identificar alguns movimentos da dança do ventre americana de sua época e alguns passos indianos também, mas a maior parte de sua performance é quase acrobática. O figurino também é a la Nadia Gamal e um quê de Cleópatra, tudo para reforçar a imaginação orientalista do Oriente Médio.

Aqui abaixo a dança começa a partir do 04:00min aproximadamente. Apesar de não ter achado a dança em si lá sensual, realmente a expressão da atriz é tudo, ela encarna a perfeita psicopata, botou Yvone no chinelo! Herodes tinha tudo para ficar louquinho!

domingo, 6 de setembro de 2009

Dança do Ventre em Filmes: Salomé (1953)

Eis aqui um clássico do cinema: Salomé com Rita Hayworth. Eis aqui um dos assassinatos da história (nesse caso bíblica) feitos por Hollywood. Nesse filme Salomé é boazinha, afinal ela é a protagonista, como fazer uma heroína psicopata e amante do amante da mãe? Quem gosta de uma história açucarada e não se importa com a falta de fidelidade à história, é um clássico!

Inúmeros filmes - em sua maioria sobre a vida de Jesus - retrataram a dança sedutora que levou Herodes a decapitar João Batista; a dança de Salomé está presente no imaginário da dança do ventre, ainda que não se saiba que estilo a bendita dançou. Sabe o mito que Salomé dançou a dança dos sete véus? Pois bem: vem deste filme! Depois disso quantas dançarinas do ventre já não ouviram a perguntinha capciosa se já aprenderam a dança dos sete véus, hein?

Nesse filme parece que Rita Hayworth andou estudando as dançarinas egípcias de sua época. Para nós do séc. XXI, a impressão é que ela não está fazendo dança do ventre, mas tem lá as características de seu tempo, como os braços, a forma de se deslocar, a postura e o trabalho com os véus; segundo a própria atriz foi a performance mais trabalhosa de sua carreira, que necessitou ser filmada e refilmada diversas vezes. Não é à toa que ela virou referência como a Salomé do cinema.

Aqui abaixo a dança, com destaque para a cena em que ela vê a cabeça de João Batista na bandeja. Deixou a Maria do Bairro no chinelo com esta interpretação!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dança do Ventre em filmes: Ali Babá e os 40 ladrões (1954)

Segundo o Google Analytics, uma das buscas que mais trazem visitantes ao blog é a que contém as palavras "dança do ventre em filmes". Pois é, umas andanças pelo Google e não é difícil descobrir que não são só os filmes orientais que trazem essa temática. Os americanos e europeus, principalmente os mais antigos, são recheados de cenas com dançarinas famosas de dança do ventre.

Samia Gamal é uma das dançarinas que participou de diversos filmes nos EUA, França e Egito. Dentre eles, destaca-se 'Ali Babá e os 40 ladrões' (Ali Baba et les quarante voleurs, França, 1954) do diretor francês Jacques Becker. A história do filme é bem popular, mas para quem não conhecia muito bem ou só de passagem (como eu, hehe), lá vai: Ali Babá era um famoso ladrão que contava sempre com a ajuda de seus 40 homens. Um dia ele conhece a bela Morgiane (papel de Samia Gamal) por quem fica completamente apaixonado. Ele quer conquistá-la de qualquer forma, mas a jovem já está prometida a outro, o rico Kassim.

A entrada para o cinema acrescentou a Samia Gamal influências de balé clássico, jazz e dança espanhola e indiana.

Alguns vídeos com cenas de Samia em 'Ali Babá e os 40 ladrões':




*Algumas informações são dos sites e-Pipoca e Harem Dança do Ventre

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