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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bailarinas Brasileiras e suas Qualidades - Pt. 1


Pessoal, lá na página do facebook do blog estamos fazendo uma singela homenagem de fim de ano às bailarinas do nosso país. Em maio deste ano houve uma votação, na qual as pessoas que curtem nossa página podiam dar seu voto nas bailarinas brasileiras que mais admiram. Sendo assim atribuímos às 15 primeiras mais votadas do público uma qualidade, a característica mais marcante de cada uma e elaboramos textos para refletirmos sobre essas qualidades. Dá uma passadinha lá e veja todos os vídeos e textos que preparamos para elas. Aqui vamos colocar parte do que você encontra lá.

1ª LULU BRASIL - "Refinamento"

Essa palavra me passa a sensação de algo que vai se polindo cada vez mais. E assim é Lulu, com seus quase 30 anos de dança: sutileza dos movimentos, apuro técnico e requinte expressivo. Refinamento é deixar só o que interessa. Só o que é e deve ser. Por isso é uma qualidade incrível. Como que tão pouco pode ser tudo. Tudo que precisa ser e é. E pra poder ser o que é, precisa de muita PRESENÇA. A dança de Lulu é o refinamento que todas nós buscamos. Não me impressionou ter ganhado, até porque esta qualidade, provavelmente é uma das mais difíceis de se alcançar e também a mais almejada. Daí Lulu e Refinamento estarem em primeiro lugar.

2ª NANDA SALÍMA - "Feminilidade"

Nanda Salima nos mostra a complexa arte de ser mulher - esses seres estranhos, mal compreendidos. Lutadoras das causas perdidas, mas vencedoras. Cheias de dúvidas, mas com certeza pia. Ser mulher é ter coragem do que é, mesmo não sabendo o que é, ou porque é, mas é. E sabe disso e então assume isso. Sou. E o mundo que se prepare para me ver do jeito que sou. Porque sem mulheres não há mundo. Só ela pode entender a misteriosa Lua e suas fases, pois ela mesma se confunde com o astro e tem suas próprias fases. Múltipla e única. No coração dela convivem o amor ao próximo, o amor a si mesma, sua atual paixão, seu amor aos sapatos e bolsas, a tudo que brilha e é colorido, os sorrisos inocentes, o desejo da independência. A dança - nas nuvens e na terra.


3ª KAHINA - "Elegância"

Existe outra qualidade mais sobressalente nesta bailarina? A primeira, a segunda e a terceira impressão da Kahina é sempre de elegância. Distinção não só no se mover, na postura, mas também na escolha dos trajes, do comportamento no palco. Pra mim, elegância é estar no lugar certo sempre. Sabe aquele cabelo de novela, sem nenhum fiozinho pra cima? Então. Li uma vez sobre a elegância que não é um dom que se adquiri, é um instinto com o qual se nasce. Sinceramente, considero tarefa difícil falar da Kahina e de elegância. Eu me impressiono tanto com essa qualidade/capacidade de estar num alinhamento perfeito, talvez por não ser elegante. É quase "imaterial". Existe mesmo alguém assim? Kahina. Mas, como? Kahina, ué. Ser elegante é algo complexo. É, na verdade, estar sempre adequado ao que lhe pedem. É o encontro com a harmonia e o equilíbrio. Harmonia pra estar adequado e equilíbrio para nunca ser mais nem menos. É eficácia, ser o que precisa ser, e simplicidade, pra ser na medida certa. Como pode? Kahina...

4ª JU MARCONATO - "Carisma/Magnetismo"

Nossa 4ª colocada, foi difícil atribuir uma qualidade pra este mulherão. Então escolhi dois que se complementam quando vejo Ju Marconato dançar. Porque eu não sei se ela possui um magnetismo forte por causa de seu carisma, ou se é o contrário. A mulher é um evento. É a inspiração de muuuitas meninas que vejo na Dança. Encanta a todos, não só pela belíssima bailarina que conhecemos no palco, mas como professora e pessoa que é, sempre espalhando boas mensagens. O vídeo abaixo tem mais de 1milhão de visualizações! A Ju Marconato exerce fascínio nas pessoas. Se falamos que a elegância é um instinto, quando falamos da Kahina, o Carisma e o Magnetismo são um dom que nascem com a pessoa. Não se aprende, não se conquista, é algo natural de algumas pessoas e a Ju claramente tem esse dom. Quem não admira de alguma forma a Ju Marconato? Não conheço ninguém. E quem gosta também, é amor puro. Ju Marconato é uma bailarina muito especial.

5ª JADE EL JABEL - "Sensualidade"

Não teria outra qualidade melhor para definir Jade. Tem uma coisa de pele quando assisto Jade, não sei o que é, fico arrepiada. A sensualidade dela vem da entrega. Até porque a sensualidade nada tem a ver com estética, beleza, mas sim com atitude. Jade nos presenteia a cada dança com sua personalidade, sua ousadia para nos inebriarmos, nos perdemos em seu labirinto com fragrância de mulher. Cuidado pra não se perder nesse mar de sentimentos, sensações e sabores. É pra assistir se lambuzando de Jade. Essa mulher é uma explosão de feminilidade. Jade nos leva ao êxtase a cada apresentação com sua intensidade e profundidade. Irresistível. Artista completa. Sentidos à flor da pele. 


Gostou das primeiras bailarinas/qualidades? Curta nossa página.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dança do Ventre e Michael Jackson

Pois é, não há barreiras para a dança do ventre! Coreografia afiada da Kahina e certamente muiiiiiita criatividade, produção impecável, mas causa um baita estranhamento: homenagem da Cia de Dança Lulu From Brazil a... Michael Jackson!! Música escolhida: Thriller!

Você que pensou que já tinha visto de tudo na dança do ventre...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Workshops para a Dança do Ventre

No início da minha experiência na dança do ventre, eu olhava esse negócio de "workshop" e achava que era uma maneira das professoras arrumarem um trocado de vez em quando. Eu pensava que o que eu tinha de aprender devia estar na aula! Como fazer um curso de alguma coisa que não é completa, senão com atividades extracurriculares? Eu acreditava que a formação da dançarina do ventre deveria estar na sua escola, e os workshops seriam apenas "luxos", "curiosidades", que poderiam ser agregadas, mas não deveriam ser vitais para a bailarina. Pois é, eu já não penso exatamente assim.

Primeiramente, eu tenho ainda muiiiiiiiiiiiiiitas críticas aos workshops que vejo de dança do ventre. Já vi professoras que só ensinam o básico egípcio, e para suas alunas aprenderem ritmos ou a segurar o véu, ela dá um workshop. Cá entre nós, isso é exploração! A aula tem que dar a base para a pessoa que quer aprender, e os workshops devem reforçar o aprendizado (sobre ritmos, técnicas com véu, ondulações, etc), e não ser a única fonte de conhecimento que as alunas terão sobre algo essencial. Conheço meninas que fizeram 6 anos de aula, e não sabem naaaaaaada, pois não pagaram pelos workshops onde teriam um pouco mais de conteudo.

Outra crítica que tenho sobre os workshops são a falta de preparo que vejo em alguns deles. Eu aprendi a dançar com véu wing, faço umas coisas que muita gente não sabe, mas eu não estou preparada para dar um workshop, cobrar para que as pessoas me vejam dizendo: "bem, gente, acho que é assim, ops, não, não, é o contrário". Já me pediram para dar workshop, e eu digo NÃO, por mais que eu saiba mais que as outras pessoas sobre isso, pra mim não é suficiente para cobrar por umas explicações. Se surgirem dúvidas, não sei se poderei sanar, e se a pessoa aprender errado, e depois descobrir, que péssima fama vou levar! Esse mal assola ainda mais os workshops de maquiagem, pois muita bailarina se pinta maravilhosamente, mas não tem a menor ideia sobre técnica de maquiagem. Motivo? Ela maquia o próprio rosto, que ela conhece muito bem, mas e o seu? Ela tem olhos puxados, os seus redondos, aquele lápis ao redor dos olhos vai te deixar a cara do Frankstein, na dela vai sair divino. E isso seria um erro seu, óbvio, elas vão culpar a sua genética que não te fez linda como ela (mesmo você sendo muito mais bonita), ao invés de admitir que nesses workshops que ela cobra caro, na verdade ela está te ensinando a maquiá-la, e não a maquiar você mesma.

Bem, mas eu tenho também boas experiências com os workshops de dança do ventre. Para mim, meu maior ganho foi vendo e copiando (na aula) uma boa dançarina, e assim agregando passos novos ao meu vocabulário, percebendo uma nova forma de movimentar meus braços, meu tronco, minha cabeça. Quando fazemos aula com a mesma professora, simplesmente nós ficamos "viciadas" nos movimentos dela, sem notar nós representamos da mesma forma a sua postura de dança, e nosso vocabulário se resume ao que ela nos ensina. Agora quando fazemos um workshop, seja ele qual for, para saidi, para dança moderna, véu wing, nós não só aprendemos aquele passo específico (às vezes nem aprendemos, hehe, por isso tanta gente filma), mas uma nova forma de explorar nosso corpo para a dança, e assim montar nosso próprio estilo.

Assim acredito que os workshops são importantes, mas temos que olhar bem a quem estamos "dando crédito" para que isso se reverta num investimento em nós mesmas. Nada de fazer vários workshops também para jogar dinheiro fora, faça algo que você se interesse, e passe um tempo amortizando aquele aprendizado, para que ele seja válido, e acrescente realmente algo de bom ao seu estilo de dançar. Que tal a Lulu?

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