Sim, estou sumida. E é verdade que estou desiludida com a dança do ventre. Estava sem saco, sem inspiração, sem ânimo e sem tempo. Hoje estou com tempo e vou escrever algo que me fez retornar ao blog para novamente trazer minhas impressões: a beleza da dança do ventre.


E a beleza? Tava eu na alta madrugada com Lívia no chat do facebook, e ela me fez uma pergunta que nunca tinha pensado na vida: "Celia, vc tem alguma ídolA?". Meu Deus, eu sou órfã! Será que ninguém me inspira ou eu só não tinha elevado o nome de uma diva pra minha top list? Bem, eu gosto da pose "dig din dig din" da Saida, eu queria ser tão imponente quanto ela dançando, chegar chegando, e eu tenho um carinho enorme pela Ansuya, mesmo que o estilo dela

Parei então num momento de intensa reflexão, pensando em algo que fosse além de bonito, de perfeito, de impactante, aí lembrei de um vídeo que eu via e revia quase todos os dias porque adorava. E quem disse que eu lembrava o nome da bailarina?! Sabia que era das antigas, era egípcia e que hoje dava aula velhinha com tornozeleira. Informações precisas, não? :p
Foram 40 min de procura pelo google/youtube, até que pensei no meu sobrenome de dança, e lembrei de quem eu tinha essa tamanha admiração: Aida Nour. Esse era o vídeo que eu via e revia:
Tipo, ela não faz nada de mais. Mas eu adoro a placidez dela, a calma em sentir cada movimento e olhar para si e para o público. Eu sou muito mais ligada na conexão da bailarina com a música do que com passos complexos e tecnicamente perfeitos. Desde que não dance frevo no samba, ou baladi no soudi, nem pareça uma lagartixa com caimbrã, eu gosto de ver gente curtindo só por dançar!
Olha só o som deste snuj! Quero chegar a idade dela dançando assim! A dança dela vem de dentro, ainda que não haja grandes coisas no que ela faça, ela faz bem e faz com alegria. O que eu sempre gostei na dança do ventre é o fato dela se moldar ao nosso corpo, a nossa personalidade, nós que fazemos a dança, não somos CTRL+C CTRL+V de ninguém. Eu fico muito triste em ver dançarinas buscando conhecimento e aprendizado para se adaptarem a determinado estilo, e não para se aprofundar nesta arte para estabelecer o seu próprio estilo. Para mim, a beleza da dança do ventre é ser livre ao dançar.
E quem inspira vocês?