domingo, 30 de agosto de 2009

I Simpósio de Arabistas Luso-Brasileiros

Minha semana já está com a agenda cheia e definida! Estarei nos 3 dias do evento, em todos os horários!

Este simpósio acontecerá no campus da Praia Vermelha, na UFRJ (para quem não sabe, é do lado do Pinel), e contará com a participação de diversos estudiosos da cultura árabe, provenientes da UFRJ, USP e do Instituto Camões de Portugal. Aqui abaixo, para quem tiver interesse, a programação:

Dia 31 de agosto – segunda-feira

· Das 8:00 às 9:00h: Credenciamento

· Das 9:00 às 10:00h: Solenidade de Abertura

· Das 10:00 às 11:00h: Conferência a ser proferida pelo Patrono, Alphonse Nagib Sabbagh

· Das 14:00 às 17:00h: Mesa-Redonda I:

História e políticas dos estudos árabes em países lusófonos
Coordenador: João Baptista M. Vargens - UFRJ/UERJ
Participantes:
António Dias Farinha – Universidade de Lisboa
Mostafa Zekri – CHAM - Universidade Nova de Lisboa
Safa Jubran – USP
Mona Hawi – USP
Eva Maria von Kemnitz - Universidade Católica Portuguesa
Suely Lima - UFRJ

19:00h
Homenagem do Jockey Club Brasileiro aos simposistas

Dia 1 de setembro – terça-feira

· Das 9:30 às 12:00h: Mesa-Redonda II:

História e políticas do ensino de português em países árabes
Coordenadora: Arlene Clemesha – USP
Participantes:
Godofredo de Oliveira Neto – UFRJ/MEC
Adriano Jordão – Diretor do Instituto Camões no Brasil
João Baptista M. Vargens – UFRJ/UERJ
Paula Caffaro - ex-professora de português na Universidade de Damasco

· Das 14:00 às 17:00h – Mesa- Redonda III:

História e representações históricas de países árabes
Coordenador: Mamede Jarouche - USP
Participantes:
Mostafa Zekri – CHAM - Universidade Nova de Lisboa
António Dias Farinha - Universidade de Lisboa
Arlene Clemescha – USP
Hani Hazime – UFRJ
Paulo Renato Rocha Santos – Diplomata - Brasil

Dia 2 de setembro – quarta-feira

· Das 9:30 às 12:00h: Mesa- Redonda IV:

Vertentes do pensamento árabe
Coordenador: Cristina Riche – UFRJ
Participantes:
Beatriz Machado – Doutoranda da USP
Miguel Attiê Filho – USP
Michel Sleiman – USP
Jamil Ibrahim Iskandar – UNIFESP

· Das 14:00 às 17:00h: Mesa-Redonda V:

Tradução árabe/português/árabe
Coordenador: Miguel Attie Filho – USP
Participantes:
Alberto Mussa – Escritor – Rio de Janeiro
Ibrahim Georges Khalil – UFRJ
Mamede Jarouche – USP
Michel Sleiman – USP
Safa Jubran – USP
Geni Harb - UFRJ

· Das 17:00h às 18:00h: Aprovação dos Estatutos da Associação Luso-Brasileira de Arabistas e Eleição da Diretoria

· 19:30h: Lançamento do novo número da revista Tiraz e da separata do Dicionário Árabe-Português, de Alphonse Nagib Sabbagh

· 20:00h: Coquetel de Encerramento

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tradução: Mosh Adra Astana

Tradução da música Mosh Adra Astana da Haifa Wehbe



Mosh Adra Astana - Não posso esperar

Não posso esperar mais um dia
Volte para mim, sinto sua falta
Meu querido, o sonho da minha vida é encontrar você por um momento
Você está me privando de mais uma chance
Meu querido, este é último lamento dos lamentos
Ficaremos juntos aqui
Você já ficou longe de mim o suficiente
Perceba quantos anos eu não tenho tido o seu aconchego e segurança

Minha vida é com você
Minha vida é propriedade sua
Estou esperando por você e é difícil viver ao menos que seja por você
Desde o dia em que meus olhos encontraram os seus, eu quis estar com você

Não vou te esquecer enquanto eu viver
Prometo que vou continuar assim
Continuarei te amando com este amor imenso
E não vou viver um dia sequer neste mundo sem você
Os meus mais belos dias foram os em que estive em seus braços
Meu eterno desejo é estar com você
Minha alma está me deixando
Venha me ver, eu realmente sinto saudade de seu olhar, meu querido

Letra:

Mosh Adra Astana
Mosh 2adra Astana Youm Kaman
2erga3 Ba2a Metshawa2a7abiby
7elm 3omry La7zet Lo2aYa
7aremny Menak Ba2ali Zaman
Ya 7abiby 5alas An El Awan
Nefdal Hena Ma3 Ba3dena
Kefaya Ghebt 3any Shof Kam Sana
Mal2etsh Fehom Ra7a We Aman
x2
3omry Ma3ak 7aiaty Melk 2edek Bastanak
We Sa3b A3esh Gher Lek Dana Men Youm
Ma 3eny Gat Fe 3eneik Wana 3aiza Akon Wayak
x2
Mosh 2adra Astana Youm Kaman 2erga3 Ba2a Metshawa2a
7abiby 7elm 3omry La7zet Lo2a
Ya 7aremny Menak Ba2ali Zaman
Ana 3omry Ma Hansa Wa3di Lek 7afdal Keda
Bel Shakl Da 7afdal A7ebak Inta El 7ob Da
Wala A3esh Fel Donia Youm Ba3dek
A7la El Aw2at Wana Ben 2edek Kol El Mona
Tefdal Ma3aia Ana Ro7y Rai7a Meny Ta3lali
Ba2a Wa7ashetny 7abiby Begad 3enek
3omry Ma3ak 7aiaty Melk 2edek Bastanak
We Sa3b A3esh Gher Lek Dana Men Youm
Ma 3eny Gat Fe 3eneik We Tamaly Fe 2albi Hawak
x2
Mosh 2adra Astana Youm Kaman 2erga3 Ba2a Metshawa2a
7abiby 7elm 3omry La7zet Lo2a
Ya 7aremny Menak Ba2ali Zaman

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Biografia - Sohair Zaki

Sohair Zaki é uma das dançarinas mais famosas das décadas de 60 e 70 e ícone da dança egípcia nos anos 80. Nasceu em Mansoura, no Egito, onde ela e sua família viveram até que ela completasse nove anos. Depois disso, mudaram-se para Alexandria. Souhair se apaixonou pela música e pela dança bem jovem, aprendendo a dançar sozinha, ouvindo o rádio. Seu talento natural se revelou muito cedo e, antes mesmo de que ela se desse conta, começou a se apresentar em festas de aniversários e casamentos de amigos e familiares. Mais tarde, Sohair mudou-se para o Cairo. Mesmo contra a vontade de seu pai, começou a dançar profissionalmente em casamentos e a fazer perfomances em casas noturnas. O pai da dançarina faleceu bem cedo e a mãe se casou novamente. Seu padrasto foi o responsável pelo lançamento de sua carreira como dançarina e foi quem a gerenciou, tornando-se mais tarde seu empresário. Sohair Zaki não se saiu bem num teste como apresentadora, mas esse fato acabou por ser apenas o início de sua carreira na televisão. O resto é história, como se costuma dizer.

Sohair pode ter se afastado das apresentações de dança e dos filmes, mas não perdeu seu glamour. Anwar Sadat se referiu a ela, numa ocasião, como "a Oum Kolthoum da dança". "Enquanto Oum canta com sua voz, você canta com seu corpo", disse uma vez (Sohair, aliás, foi a primeira bailarina a interpretar as reverenciadas músicas de Oum Kolthoum). O presidente americano Nixon a chamou de "Zagharit", quando descobriu que o termo se referia a uma espécie de gritaria estridente numa expressão de alegria.

Segundo a própria Sohair, sua maior rival era Nagwa Fouad. "Nós tivemos uma competição feroz. Se as duas estivessem contratadas para uma mesma festa numa noite, corríamos para mandar nossas orquestras e roupas na frente, vendo quem chegava antes ao local". Enquanto Nagwa Fouad adorava perfomances espetaculares no estilo ocidental, Sohair representava um estilo mais natural. A dançarina se orgulha em dizer que era constantemente escolhida para apresentações para autoridades em visitas ao Egito.

No final dos anos 80, ao perceber que o cenário da dança do ventre no mundo começava a mudar, Sohair Zaki começou a pensar a se retirar do meio elegantemente. Naquela época, profundas mudanças na visão que o mundo tinha sobre a dança começavam a acontecer.

Ainda assim, Sohair Zaki é reverenciada até hoje por seu talento. E ela mesma, é claro, jamais esquecerá de seus tempos de dançarina."Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança", disse.




sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tradução: Haboso

Tradução da música Haboso do Hakim a pedido da Nathália Mesquita.


Haboso - Eu a beijaria

Hee, heee,

Pela vida em seus olhos, oh lua, pergunte sobre nós
Ainda se lembra de nós, oh lua, ou já nos esqueceu?
Ah, se eu te alcançasse, oh lua, o que você faria?
Eu correria para ela e a beijaria... O que ela faria? Eu a beijaria
E com desejo eu alcançaria suas mãos e te diria, Oh Deus,

Te prometi em verdade, venha para mim, minha preciosidade
Venha, vamos voltar aos velhos tempos
Dois dias de mel e três de ternura
E um dia como este, e um dia como aquele em que se deprende do sofrimento
Junte suas mãos às minhas, e venha!
Vamos viver a vida sem culpa
Vamos ser felizes os 30 dias do mês
E vou te mimar e te fazer ouvir palavras que a farão perder o sono
Ah, se eu te alcançasse, oh lua, o que você faria?

Eu te amo e te imploro e te mimo
Venha, vamos nos livrar deste peso, e nos amar como no ínicio novamente
Vamos nos apaixonar imediatamente nesse reinício e deixar o fogo aumentar nosso desejo
Com duas palavras e um olhar seu, minhas forças se desmantelam, com um piscar dos seus olhos
Viveremos para nós dois dias de vida
E encontraremos nosso caminho para começarmos a viver

Ah, se eu te alcançasse, oh lua, o que você faria?
Eu correria para ela e a beijaria... O que ela faria? Eu a beijaria

Letra:

w7yat 3younak ya amar es2al 3alina
lessa fakerna ya amar wala tnaseena
aah law atoulak ya amar

law te3mel eih
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
w b sho2 hamed eedi w 2a2oulo hena seedi
ya seedi
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
haboso

mwah, mwah (kissing sounds)

7aleftak bel ghali, ta3ala ya ghali
ta3ala nerga3 zai zman
yomein 3asal w talata 7anan
w yom keda w yom keda
w yom agaza mn 7erman

7ott eedak b eedi w yallah ya seedi
n3eeesh 7ayatna la ahh wla loom
fel shaher nefra7 thalatheen yom
w adala3ak w asama3ak kalam yenasa 3ainaik el nom
ahh law atoulak ya amar

law te3mel eih
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
w b sho2 hamed eedi w 2a2oulo hena seedi
ya seedi
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
haboso

mwah, mwah

b7bak w raadi adala3 w adaari
ma teegi nerma3 hmoumna b3eed
wn7eb mn awel w gdeed
w ndoub sawa ma3 el hawa
nkhalee nar ashwa2na tseeb

b kelma b nazra b da7da7 b hazar
b kelmetein ma3 nazret 3ain
ydoub khesamna b ghamdet 3ain
w nehtedi w nebtedi n3eesh leena mnel donya yomein
aahh law atoulak ya amar

law te3mel eih
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
w b sho2 hamed eedi w 2a2oulo hena seedi
ya seedi
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih aboso
hagrih 3alih w aboso
law ye3mel eih haboso
haboso

mwah, mwah, mwah, mwah

Haboso!

domingo, 16 de agosto de 2009

Tradução: Albi W Sho Badi 2illo

Tradução da música Albi W Sho Badi 2illo do Wael Kfouri a pedido da Maira Nogueira.


Albi W Sho Badi 2illo - Este é meu coração, o que eu deveria dizer a ele?

Ele é meu coração, o que eu deveria dizer a ele?
Ele está cansado, o que posso fazer?
Não há remédio para ele
Você estava dentro dele
Após o ter habitado, o que mais o poderia curar?
É esta voz que o machucou
Ele está chamando por você, traga a alma dele de volta
Enquanto você ri, este eco me acompanha
Você é a voz que está me queimando por completo
Eu sinto falta das suas mãos para me roubar de mim mesmo
Ele é meu coração, o que eu deveria dizer a ele?
Ele está cansado, o que posso fazer?
Não há remédio para ele
Você estava dentro dele
Após o ter habitado, o que mais o poderia curar?
É esta voz que o machucou
Ele está chamando por você, traga a alma dele de volta

Letra:

Albi w sho badi 2illo
Ta3ban w sho ba3milo
Ma 3ndi dawa
Intali knt feh
Ba3dak kif bdaweh
Sawto majrou7
b yndahlik rdelo el rou7
Ya da7ke sadaha mraf2ni

Ya sawt ele bo3do 7ar2ni
Mshta2 l edaik tsra2ni
Mn 7ali ana
Albi w sho badi 2illo
Ta3ban w sho ba3milo
Ma 3ndi dawa
Intali knt feh
Ba3dak kif bdaweh
Sawto majrou7
B yndahlik
Rdelo el rou7

Tradução: Sho Mbakiki

Tradução da música Sho Mbakiki do Wael Kfouri a pedido da Maira Nobrega.


Sho Mbakiki - O que está te fazendo chorar?

Quero saber o que está te fazendo chorar
Se está aborrecida comigo, eu te farei se sentir melhor
Deixe o mundo todo ficar aborrecido,
Contanto que você não frustre a minha vida.
A cada lágrima que cai em sua bochecha,
Eu fico doente por uma semana
Perdido, incapaz de me encontrar
E apenas não sou eu

Ao menos se eu te visse sorrir, eu não posso descansar
Permita que seus olhos falem de paixão
Até que você relaxe e esqueça o que aconteceu
Eu continuarei falando belas palavras para você

Letra:

baddi 3aref sho mbakiki
baddi 3aref sho mbakiki menni za3lani bradiki
tz3al haddani w mataz3al 7ayati ana
kel matanzal mennak dama3h beb9a mish 3ala ba3di jma3h
daya3 mabala9i 7ali wana mish ana
ila mashof addahkeh mish momken erta7
khalli 3ayneeki ta7ki gharam 7atta tkoni marta7ah wa tensi yalli ra7
beb9a a7ki lek a7la kalam
baddi 3aref sho mbakiki menni za3lani bradiki
taz3al haddani w mataz3al 7ayati ana

Tabu: "Panelinha" na dança do ventre?

O google é nosso aliado... Pai Google que estás online! Muita coisa encontro na internet, muito que sei não veio de professores, de workshops, de amiguinhas... Aqui no Rio de Janeiro as grandes escolas se restringem em localidades nem sempre acessíveis a todos, e assim as informações e novidades muitas vezes também só se divulgam nesse meio. Eu, menina da Zona Norte, estagiária, não tinha dinheiro nem tempo para gastar em diversos workshops, cursos e especializações, fiquei na minha escola de dança que me trazia aquilo que eu achava importante para minha vida, e o resto? O resto eu buscava na internet!

Após criar este blog, acabei tendo maior contato com os grupos da nata da dança do ventre carioca, e a troca tem sido boa, apesar de eu não abandonar minhas raízes suburbanas. A minha primeira professora buscava maior embasamento principalmente com as dançarinas egípcias, das dançarinas estrangeiras eu conheço muita coisa, mas é engraçado como eu pouco conhecia das brasileiras, afinal eu sou brasileira! What a shame!. Recentemente vi trabalhos excelentes e outros pavorosos, mas o que me incomodou nesse meio brazuca bellydancer é a falta de críticas: elogios aos montes, ainda que rasos, mas criticar é somente tarefa das invejosas, algo um tanto hipócrita, não?

Da mesma forma vemos isso repercutindo nos blogs: muitos possuem excelente qualidade, mas tão poucos se dignificam a criticar algo na dança do ventre. E quem "ousa" fazer isso? Parece que as pessoas se armam contra qualquer crítica, como se esta só viesse de pessoas ignorantes que não sabem o que estão dizendo, que não estudaram a dança, que não tem a profundidade intelectual/artística para compreender o maravilhoso trabalho daquela dançarina ou grupo de dança (que só é acessível a poucos e nobres escolhidos, oh!). Eu fico até com medo de criticar também, pois nós podemos ser rechaçadas (ou processadas!) simplesmente por termos concepções diferentes, sermos tachadas de diversos adjetivos pejorativos, porque não concordamos com o que a "grande maioria aceita"... Será que é a maioria mesmo?

Eu amo dança do ventre desde que eu me entendo por gente! Eu colocava saias longas e ficava dançando pela casa. O que me atraía era exatamente você ser autêntica na dança, era o fato de eu ver várias formas da pessoa dançar e ser bonito, era a originalidade, o que anos mais tarde percebi que era porque não é você que se adapta à dança, mas ela que se molda ao seu corpo, à sua personalidade, é a sua alma que caracteriza sua dança: leve, graciosa ou densa, agressiva, é você quem dá a cara à sua interpretação. Mas vejo em muitos grupos a necessidade de fabricar bailarinas em massa, igualzinhas em tudo, encaixa uma pecinha aqui, outra alí, no final você estará buscando anular de alguma forma aquela naturalidade, para forjar um pseudoprofissionalismo que é colocado como objetivo de uma perfeita dançarina do ventre.

Dois exemplos que uso, que nem todos precisam concordar comigo, mas eu quero expor minha crítica: Aziza Mor Said e Suheil. Qual a diferença entre as duas, para mim? Sentimento. A primeira eu vejo um vocabulário extenso, técnica para deixar qualquer bailarina admirada, mas para mim falta alguma coisa quando a vejo dançar, por mais linda e maravilhosa que seja (e hors concours para a grande maioria das dançarinas). A interpretação de Aziza em Tales of Sahara é um dos vídeos que tem mais opiniões divergentes sobre dança do ventre no Youtube, por que será? Depende do que você está olhando quando ela dança. Eu busco algo a mais que passos corretos e diversificados. Caímos em Suheil, a dançarina que dança com a alma, para mim. Ela parece tão feliz e à vontade dançando, opa, ela repetiu aquele passo de novo, olha ela balançando a cabeça, diferente, não? Suheil está dançando, ela está dançando para ela mesma, não para os críticos, está dançando para você, para ela, para a mosquinha que está voando... Sabe o que faz uma perfeita bailarina para mim? Saber dançar com a sua essência, ouvir a música e querer expressá-la não em passos complicados ou em uma técnica extremamente elaborada, mas sabendo transmitir cada nota com seu corpo, por mais simples que seja a sua coreografia.

Nossa, Celia, muito bonito isso, mas qual o propósito? Como tornar uma atividade respeitada, passível de avaliação, estruturada, se não estabelecer o que é certo e o que é errado? Sim, mas nós estamos criticando o que consideramos errado mesmo, ou só criticamos aquilo que é diferente para nosso mundinho bellydancer? E onde estão os críticos? Será que eu só poderei criticar uma dançarina quando ninguém mais ousar me criticar? Odeio quem fala mal por falar, e só fala "lindo" para as amiguinhas, mesmo que elas dancem com a perna aberta, façam careta quando tremem e expõem as mãos como garras num básico egípcio. "Vai, amiga, você é linda, te adoro", como eu odeio isso, porque a gente poderia melhorar em tanta coisa se alguém viesse criticar para nos ajudar, e não só para nos colocar pra baixo. Claro, há críticas e "cri-críticas"... A crítica foi equivocada? Avise à amiguinha, ela merece aprender com os erros dela também...

Espero continuar ouvindo diversos "porquês" por críticas feitas, e não somente porque"ela é feia, horrorosa, é gorda, etc...". É preciso sermos sinceras quando não apreciamos tal estilo de uma dançarina, e não temos que ser moldadas até ficarmos irreconhecíveis para nós mesmas. Não estou dizendo também que a dança tem que se adequar aos vícios da bailarina, nada disso, correção neles! Braços esticados, postura, quadril encaixado, quadril e tronco separados! Criticar por isso é válido, é necessário! A bailarina tem que se desenvolver a tal ponto que a dança - milimetricamente correta - saia natural do seu corpo, agora ela tem que ser criticada e elogiada pela sua dança, e não segundo de onde veio, quem é seu professor, quantos anos se dedica à dança, se é gorda ou magra. E a ótica para analisar a dança tem que se focar em como esta bailarina nos toca: eu não quero ver nomes dançando, eu quero ver leitura musical, interpretação, entrega numa apresentação de dança do ventre!

Por isso acho bom as dançarinas começarem a criticar aquilo que lhes é estranho... Quem sabe depois você não vira admiradora de quem você criticou? Eu sempre comento "sou uma pessoa que me permito mudar de opinião", não sou uma pedra, eu sinto, eu vejo, eu conheço cada vez mais coisas e pessoas, hoje aquilo que é feio para mim pode vir a ser interessante, se eu buscar me aprofundar. A crítica fomenta o estudo e o próprio autoconhecimento, o que não podemos jamais ter é uma opinião formada simplesmente pelo grupo a que "pertencemos", temos que descobrir aquilo que verdadeiramente nos atrai. A amizade é comum, ainda mais num meio predominantemente feminino, mas ser amiga não é anular a si mesma, não é ser injusta com os outros, é preciso se libertar dessa postura egoísta!


Para todos formarem sua opinião, aqui abaixo Aziza Mor Said em Tales of Sahara, e Suheil em um solo de percussão.



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dança do Ventre em filmes: Ali Babá e os 40 ladrões (1954)

Segundo o Google Analytics, uma das buscas que mais trazem visitantes ao blog é a que contém as palavras "dança do ventre em filmes". Pois é, umas andanças pelo Google e não é difícil descobrir que não são só os filmes orientais que trazem essa temática. Os americanos e europeus, principalmente os mais antigos, são recheados de cenas com dançarinas famosas de dança do ventre.

Samia Gamal é uma das dançarinas que participou de diversos filmes nos EUA, França e Egito. Dentre eles, destaca-se 'Ali Babá e os 40 ladrões' (Ali Baba et les quarante voleurs, França, 1954) do diretor francês Jacques Becker. A história do filme é bem popular, mas para quem não conhecia muito bem ou só de passagem (como eu, hehe), lá vai: Ali Babá era um famoso ladrão que contava sempre com a ajuda de seus 40 homens. Um dia ele conhece a bela Morgiane (papel de Samia Gamal) por quem fica completamente apaixonado. Ele quer conquistá-la de qualquer forma, mas a jovem já está prometida a outro, o rico Kassim.

A entrada para o cinema acrescentou a Samia Gamal influências de balé clássico, jazz e dança espanhola e indiana.

Alguns vídeos com cenas de Samia em 'Ali Babá e os 40 ladrões':




*Algumas informações são dos sites e-Pipoca e Harem Dança do Ventre

Dança do Ventre Cigana - "Gipsy Belly Dance"

O estilo cigano na Dança do Ventre vem de uma interpretação ampla e liberal das danças ciganas, primeiramente da Turquia, Espanha, dos Balcãs e do Egito. Acredita-se que os ciganos (também chamados de 'romanichéis') são originários do norte da Índia. Estes teriam migrado em direção norte e leste no Oriente Médio e na Europa, desenvolvendo cada vez mais o estilo original de sua dança ao acrescentarem elementos das diferentes culturas com quem tinham contato. Na década de 1960, as dançarinas americanas começaram a incorporar elementos do vestuário, da música e dos passos ciganos às suas apresentações de Dança do Ventre.

Movimentos: o estilo cigano utiliza técnicas e movimentos de dança do ventre, adicionando a eles passos ciganos e do folclore oriental. A dança cigana, aliás, é conhecida por sua paixão, exuberância e energia. As dançarinas ainda utilizam adereços como pandeiros e snujs. Já as saias, tão comuns hoje em dia na dança do ventre cigana, não eram vistas com bons olhos entre as dançarinas no passado.

Música: As canções ciganas mais "puras" e tradicionais são usadas na dança do ventre, porém são mais comuns as músicas que trazem uma mistura de elementos ciganos, turcos, árabes e europeus. Violinos, guitarras e pandeiros são alguns instrumentos bastante comuns também.

Roupas: Tecidos pesados em tons opacos são usados em saias volumosas e calças no estilo "harém"; na parte de cima, as dançarinas usam e abusam de blusas e tops decotados e/ou com mangas também volumosas. As saias são geralmente onduladas (como no flamenco). Nos quadris, é comum o uso de xales com franjas e de cinturões de metal. Na cabeça, a dançarina ainda pode usar uma espécie de lenço ou adorno.

Nos vídeos a seguir, o primeiro traz uma curta apresentação da fusão entre a dança cigana e a dança do ventre. Já o segundo traz uma apresentação um pouco mais voltada para a fusão com o flamenco.



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dança do Ventre Gótica

Pegando carona no post que vi no blog da Luana Mello e me chamou bastante a atenção, o que seria a dança do ventre gótica (gothic bellydance)?

À primeira vista podemos perceber que é uma faceta da dança do ventre tribal, tanto que aqui no Brasil não há uma distinção clara entre estes dois estilos, as dançarinas assumidamente tribais investem em elementos comuns ao estilo gótico, mas não se posicionam como dançarinas puramente góticas. Muito diferente do que acontece nos Estados Unidos, berço do estilo tribal e do estilo gótico, este último é visto como um estilo independente, já com uma produção própria de dançarinas, vídeos e shows. Todas essas variações criadas no berço norte-americano, em sua maioria, se caracterizam pelo termo Bellydance Fusion, e não só encontramos o estilo gótico, mas também cigano, nipônico, indiano, entre outros, associados à dança do ventre.

O estilo gótico já existe há quase 10 anos, tendo se definido melhor há uns 5, proveniente das tribos urbanas góticas dos EUA, combinando música indiana e do Oriente Médio com música ocidental, especialmente Metal Gótico, Metal Punk e recentemente techno. As bandas que contribuíram para compor o repertório dessas dançarinas, por exemplo, foram The Sisters of Mercy, Dead Can Dance, Vas e Faith and The Muse.

O estilo gótico se divide em duas subcategorias: a dança profundamente fundamentada na cultura gótica, seria o puramente gótico, e a outra seria a de inspiração gótica, isto é, que agrega elementos, mas não se estrutura em estudos e composições desta cultura. Podemos dizer que a primeira é para os aficcionados, aqueles que mergulham e trazem na dança elementos percebidos por quem é do meio, e a segunda é para quem busca o entretenimento simplesmente. A dança do ventre gótica não visa parecer "estranha", ou um "filme de terror caseiro", ela tem como finalidade transformar em arte o lado obscuro da alma (profundo, não?). Para isso a bailarina, sozinha ou em grupo, procura desenvolver um vocabulário de dança que mostre compenetração, sedução, sofrimento, usando até mudras (posições sagradas indianas) para evocar uma aura de encantamento e mistério. As apresentações são sempre coreografadas, trabalhadas, toda a dança segue um objetivo: criar uma dimensão nova, que exprima dança e sentimento unidos em uma densa interpretação.

O figurino das bailarinas não fica atrás das dançarinas tribais, mas alguns elementos se destacam: o preto, as peças metálicas e as roupas feitas de materiais plásticos. As bailarinas investem em maquiagem drag e um penteado elaborado, assim como no estilo tribal, mas todo o visual tem um quê dark, podem usar meias arrastão, couro, espartilhos, tudo preto, beeeem preto! Maquiagem para ficar bem pálida também é o objetivo, resumindo: o visual é vampiresco mesmo!

Aqui abaixo ficamos com a música Cantus da banda gótica Faith and The Muse (já pensei numa coreografia para ela!) e também uma compilação/trailler do DVD Gothic Bellydance Revelations. Realmente é um outro mundo!



terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tradução: Ana Bastanak

Tradução da música Ana Bastanak da Nagat a pedido da Alessandra Campioni.


Ana Bastanak - Eu te espero

Eu te espero... Eu... Eu...
Eu te espero... Eu... Eu...
Eu te espero, e minhas noites são como velas acesas para uma noite de amor

E venha, venha, venha, venha docilmente
Mantendo seus olhos de amor
E meu coração está guardando um lugar para você feito de seda
E eu embelezarei esta noite, e me embelezarei para a mais bela promessa
E eu deixarei rosas em sua sobremesa
E te direi, prove, prove, prove a doçura da proximidade
Após a distância
E digo a você, prove, prove, prove a doçura da proximidade após a distância, a distância, a distância
Eu te espero, eu te espero...

Da janela, e minhas bochechas estão na janela
Eu e o anseio e este doce fogo estão te aguardando
E a felicidade do mundo te espera, oh, espera por você

Na mais bela noite da minha vida, meu amado chegou
Com uma rosa branca no meu cabelo, meu amado chegou
Com um colar de jóias em meu pescoço, meu amor chegou

E eu embelezarei esta noite, e me embelezarei para a mais bela promessa
E eu deixarei rosas em sua sobremesa
E te direi, prove, prove, prove a doçura da proximidade
Após a distância
E digo a você, prove, prove, prove a doçura da proximidade após a distância, a distância, a distância
Eu te espero, eu te espero...

Oh, espelho, me diga
Meu amado ainda não voltou
E me deixou sozinha com você

Eu me encaro e fico angustiada
Por que meu amado me esqueceu? Ele é mais precioso que minha alma
Por que ele esqueceu?

Oh, meu amado, onde você está?

Na mais bela noite da minha vida, meu amado chegou
Com uma rosa branca no meu cabelo, meu amado chegou
Com um colar de jóias em meu pescoço, meu amor chegou

E eu embelezarei esta noite, e me embelezarei para a mais bela promessa
E eu deixarei rosas em sua sobremesa
E te direi, prove, prove, prove a doçura da proximidade
Após a distância
E digo a você, prove, prove, prove a doçura da proximidade após a distância, a distância, a distância
Eu te espero, eu te espero...

Letra:

ana bastannak ana ,ana
ana bastannak ana, ana
ana bastannak w lily sham3a sahrana li lilet 7ob

we ahlan ahlan ahlan 7elwa
shaylaha 3oyoon bet7eb
we 2albi 7arir shayillak matra7ak fil 2alb
wa zawa2 lili watzawa2 li 2agmal wa3d
wa dawiblak fi sharbati shafayf elward
wa 2oollak doo2 doo2 doo2 7alawt el2orb
ba3di elbo3d
wa 2ollak doo2 doo2 7alawte el2orb ba3d elbo3d elbo3d elbo3d
ana ana bastannak , bastannak ana

min eshebbak wana khadi 3ala shebak
ana we shoo2 we naro l7elwa bastanak
we far7e eddoniya mestanni , aah mestanni ma3adi ma3ak
min eshebek wana khadi 3ala shebek
ana we shoo2 we naro l7elwa bastannak
min eshebak ana we khadi 3ala shebek
ana we shoo2 we naro l7elwa bastanak
we far7e eddoniya mestanni , aah mestanni ma3adi ma3ak

ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga
ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga
ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga
wa zawa2 lili watzawa2 li 2agmal wa3d
wa dawiblak fi sharbati shafayf elward
wa 2oollak doo2 doo2 doo2 7alawt el2orb
ba3di elbo3d
wa 2ollak doo2 doo2 7alawte el2orb ba3d elbo3d elbo3d elbo3d
ana ana bastannak , bastannak ana
I wait you , I wait you

Mirayti , 2olili ya mrayti
7abibi magash la dilwa2ti
we fatni le wa7deti wenti
Mirayti , 2olili ya mrayti
7abibi magash la dilwa2ti
we fatni le wa7deti wenti
Mirayti , 2olili ya mrayti
7abibi magash la dilwa2ti
we fatni le wa7deti wenti

abos lro7i was3ab 3ala ro7i
nessini lih 7abibi w aghla min ro7i nessini lih?
abos lro7i was3ab 3ala ro7i
nessini lih 7abibi w aghla min ro7i nessini lih?
abos lro7i was3ab 3ala ro7i
nessini lih 7abibi w aghla min ro7i nessini lih?
abos lro7i was3ab 3ala ro7i
nessini lih 7abibi w aghla min ro7i nessini lih?

7abibi enta feen enta
7abibi enta feen enta
7abibi enta feen enta
7abibi enta feen enta
7abibi enta feen enta
7abibi enta feen enta

ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga
ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga
ya gmal lila fi 3omri , 7abibi ga
ya warda beyda fi sha3ri , 7abibi ga
ya 3e2di ya2oot 3ala sadri , 7abibi ga

wa zawa2 lili watzawa2 li 2agmal wa3d
wa dawiblak fi sharbati shafayf elward
wa 2oollak doo2 doo2 doo2 7alawt el2orb
ba3di elbo3d
wa 2ollak doo2 doo2 7alawte el2orb ba3d elbo3d elbo3d elbo3d
ana ana bastannak , bastannak ana

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fadel Shaker

Fadel Shaker é um famoso cantor libanês, descendente de uma família palestina refugiada no Líbano, nasceu em 1° de abril de 1969 em Saida, cidade do sul do Líbano.

O talento musical de Fadel começou cedo, mais exatamente aos 15 anos. Ainda novo na carreira de cantor, Fadel interpretou muitas músicas de verdadeiras lendas árabes como Umm Kulthum, Abdel Halim Hafez, Farid Al Attrach, Mohammed Abdel Wahab e muitos outros cantores famosos de sua geração. Fadel precisou ultrapassar muitos obstáculos e privações antes de alcançar o sucesso.

A sorte do cantor começou a mudar justamente no ano de 1997, quando foi descoberto por um agente da gravadora Stallions Company e assinou contrato para gravar três álbuns. O primeiro, Wallah Zaman, foi lançado em 1998. Com o segundo, intitulado Baya'a El Qolob, lançado em 1999, Fadel obteve o 1° lugar em todas as paradas com a música que dava título ao seu álbum.

Em 2003, Fadel lançou a música Ya Ghayeb. Com grande sucesso, antes mesmo do lançamento do álbum ou de qualquer vídeo, a canção recebeu o prêmio de Melhor Música de 2003 das estações de rádio locais.

Fadel Shaker sempre se preocupou em cantar no estilo maqamat, considerado o mais difícil das melodias árabes. Além disso, o cantor sempre tentou preservar o verdadeiro estilo musical árabe em todas as suas músicas. Estas, por sinal, são conhecidas por não terem nenhuma influência ocidental.

Fadel conquistou muitos prêmios musicais durante toda a sua carreira e, em apenas 4 anos (1998 - 2002) ele se tornou uma das grandes lendas musicais do Oriente Médio. O cantor foi apelidado por seus fãs de Malek El Romansia, ou seja, O Rei do Romance.

Desde 2007, Fadel Shaker está trabalhando em um novo álbum com músicas compostas por ele mesmo.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ritmos: Soudi

O ritmo Soudi, ou Aadany, é característico do estilo folclórico Khaleege, uma dança presente no Golfo Pérsico. O nome Soudi, por sinal, vem de "Saudi" - saudita - uma homenagem, tanto no nome do país quanto do ritmo, à dinastia Al-Saud, unificadora da nação.

O ritmo Soudi, apesar dessa forte relação à Arábia Saudita, está presente em outros países, como o Yemen, Bahrain, Kuwait, Oman, Qatar e os Emirados Árabes Unidos. O ritmo Soudi, como muitos confundem, não é o Khaleege: este folclore tem variações dependendo do seu país de origem, logo não pode ser associado diretamente ao ritmo Soudi. Ainda que não sejam a mesma coisa, tanto o Soudi quanto o Khaleege terão basicamente os mesmos movimentos de leitura.

O ritmo segue a estrutura 2/4: DUM TAKATA, variando conforme a aceleração da música. No Khaleege, este ritmo pode aparecer com estruturas diferentes, de acordo com a região de origem do estilo (apesar de continuar sendo o Soudi para muitos, nessas versões alguns músicos passam a chamá-lo de acordo com o nome usado na região, como Aadany no Yemen, procurando diferenciá-lo), como, por exemplo, iniciar com dois DUM no início. Numa música clássica, o ritmo Soudi aparece para marcar o folclore da música, a sua leitura portanto é a de um Khaleege. Após a sua identificação, os instrumentos melódicos não poderão ser ignorados, pois estão acima da percussão e tem prioridade na leitura.

Abaixo, a música "arroz de festa" Azez Alaya para exemplificar o Soudi. Atire a primeira pedra quem nunca viu uma bailarina ignorar completamente o ritmo desta música e dançar totalmente fora do contexto!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diferentes Estilos de Dança do Ventre - Tribal

FatChanceBellyDanceCarolena Nericcio, de início uma aluna de Masha Archer que, por sua vez, era aluna de Jamila Salimpour, criou um grupo de dança em São Francisco (Califórnia, EUA) com o nome de 'FatChanceBellyDance'. Com uma estética alternativa e o desenvolvimento de um estilo codificado de improvisação, o grupo rapidamente ganhou popularidade mundo afora ao trazer uma nova forma de dança no mundo Belly Dance: o estilo Tribal. A música usada era de origem norte-africana, indiana, turca e árabe. As roupas traziam elementos da India, Turquia, Afeganistão e África do Norte. Tudo isso misturado aos movimentos trazidos do estilo americano, do Flamenco e da dança indiana. As tatuagens também são muito populares entre as dançarinas de tribal. Algumas dançarinas diferenciam o puro FatChance e o Estilo Tribal Americano do Estilo Tribal Improvisado. Como bailarinas de tribal conhecidas, pode-se citar Carolena Nericcio do FatChanceBellyDance, Kajira Djoumahna do BlackSheep BellyDance e Paulette Rees-Denis do Gypsy Caravan.

Tribal Fusion

Estilos derivados do Estilo Tribal Americano incluem o Tribal AsharaFusion e a Dança do Ventre Tribal Moderna. Estes, por sua vez, utilizam bastante da estética do tribal americano. No entanto, em vez de ter como base a improvisação, as danças do Tribal Fusion são geralmente coreografadas. Os estilos se fundem ainda mais com outras formas de dança como break dance, hip hop, dança indiana, polinésia, do Oeste Africano, entre outras. Além disso, usam músicas contemporâneas como breakcore e etno-rock. O Tribal Fusion é ainda fortemente influenciado pelo Yoga, tendo muitas de suas dançarinas como praticantes da modalidade. Alguns nomes conhecidos incluem Rachel Brice e o Indigo, Zafira Dance Company, Unmata, Jill Parker e o Ultra Gipsy e Ashara.


Tradução: Laf W Dawaran

Tradução da música Laf W Dawaran da Somaya a pedido da Tania Marinho.
OBS: O nome Laf W Dawaran literalmente significa "enrolando a negociação". Na verdade é uma expressão idiomática (tipo "tem caroço nesse angu"), que quer dizer "mandar indiretas", em árabe egípcio.


Mandando indiretas

O que há com você, homem?
Deixe-me ir
Não importa o que diga, não voltarei para você
Você está me causando problemas
Você se lembra de mim, por acaso, dizendo que ia voltar?

Eu não quero mandar indiretas
Eu sei que seus olhos se desviaram (isto é, estão olhando outras garotas)
Então você acha que quando me engana, está me fazendo feliz?

Honestamente, você está se fazendo de idiota
Se quer mentir, minta direito
Vá em frente e tente fazer de boba outra pessoa
Eu sinto muito por você

Enquanto me preocupei, te tirei da minha cabeça
Na verdade, o que aconteceu entre nós foi muito difícil de esquecer
Oh meu Deus, você está voltando
Dizendo "falsos doces nadas", que eu não comprendo

É assim que me sinto
Pare de falar besteiras!
Acorde, meu querido, e me ouça
Por que você está tornando isto um suplício?
Pare de fazer isso comigo e vá embora, já chega
Me poupe!

Você realmente tentará me fazer sentir culpada por você?
Estou chocada ao te encarar
Como pode pensar que facilmente vou desistir e amolecer diante de você?
Você está mentindo para si mesmo
E sou mais capaz de te repelir do que ficar com você
Eu já conheço todas as suas frases
Então desista, pobre rapaz!

Letra:

Malak Khaialtily ya aam haliny darmar mal ourtily
Mush rasmah
a'almali muskala maddhida mush kedar fakerni 'al kedar
'al ana haragaa

Laf W dawaran ana mush alizar ana alrifan min anta anikazaigh
umfakar lamal ritkhada'ani ana rufurah bik
Bet raka ala sheklak benselaha
Ekdin nassekdin benassalaha
ruh matil uedakhak ala ghair
Ana sa'aba alik

Ana Belnis bali shiltak min bali
Assal Alli Garali ma'ak assa'ab min ani ansak
Ah minek yani raga'a min tani batuli kalam haluim zau'a
ana mush farmak
Malak Khaialtily ya aam haliny darmar mal ourtily
Mush rasmah

Ana 'albi reidedy balash kalam foudi asshali ya habibi
uesma'ani
A'amal hela rakeia balash kedar ma'aya uruh kedar kufaia
Ah ur hamuni
Gueie battemas kan ma'a ula
Ana ua'fa 'assadak maz hula
umfakar ally bas ula rada'afu ralin
ti' anta btik dina'ala nafissak
u Ana 'aldira a'ssudu ku ana afsak
da ana rafssa kalamak bilmeli yalla ya maskin

Ana Belnis bali shiltak min bali
Assal Alli Garali ma'ak assa'ab min ani ansak
Ah minek yani raga'a min tani batuli kalam haluim zau'a ana mush farmak
Malak Khaialtily ya aam haliny

La la la la la

Laf W dawaran ana mush alizar ana alrifan min anta anikazaigh
umfakar lamal ritkhada'ani ana rufurah bik
Bet raka ala sheklak benselaha
Ekdin nassekdin benassalaha
ruh matil uedakhak ala ghair
Ana sa'aba alik

Malak Khaialtily ya aam haliny darmar mal ourtily
Mush rasmah

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Look Rosa e Preto para Dança do Ventre

Para dança do ventre, assim como para o dia-a-dia, temos um tipo de maquiagem para cada ocasião. Claro que se a gente pensar nas inúmeras hipóteses que podem moldar a maquiagem para nosso rosto, passaríamos meses fazendo posts para elas... Bem, por que não? Alguma dúvida para uma maquiagem para um show? Eu admito que não sou a maquiadora profissional, faço cursinhos, vejo vídeos, compro muiiita maquiagem (quando entro numa loja, fico louca!), mas tem certas coisas que vemos aqui, aprendemos ali, que são de muita serventia para qualquer bailarina.

Claro, cada uma possui um tipo de rosto, eu sempre falo para minhas amigas que elas devem aprender a se maquiar errando mesmo, testa o que for, até você perceber o que dá certo em você, o que realça o que você tem de bonito e disfarça os defeitos. Um maquiador profissional realmente faz milagres em qualquer pessoa, mas quem pode ter um à disposição? Então que nós sejamos nossas próprias maquiadoras profissionais!

Então, testando uma nova maquiagem: Olhos árabes com tom rosa! Para que local: ambientes menos suntuosos, restaurantes, pocket shows! Nenhum mistério! Vamos às etapas:

*Uma dica para se obter um desenho no
olhar mais angulado é colocar um durex (Isso mesmo! Fita crepe também serve!) no canto do olho até a sombrancelha (assim: /), e assim você pinta os olhos até o limite estipulado pela fita. Quando você a tirar, a sombra vai estar milimetricamente perfeita!*

1 - Limpe a pele, passe a base e o corretivo. Foi?
2 - Aplique a sombra preta na parte interna da pálpebra. Para ilustrar melhor, vamos dividir as áreas da pálpebra: interna, transição e externa. A interna vai até a dobrinha do olho, a transição é exatamente o côncavo dos olhos e a externa é a parte próxima às sombrancelhas.
3 - A parte da transição da pálpebra, passe a sombra rosa.
4 - Na parte externa, você pode optar por um tom mais claro da sombra rosa, uma sombra branca ou o iluminador, se sua pele não for muito clara.
5 - Delineie os olhos com lápis preto, delineador ou pincel chanfrado com sombra preta, o que preferir!
6 - Na parte abaixo dos olhos, se não quiser passar a cor preta, você pode usar um pincel chanfrado com o tom de rosa que você passou na parte da transição da pálpebra, seguindo a linha dos olhos. O efeito desse tom claro embaixo ilumina todo o rosto.
7 - Pó de arroz para finalizar e tirar o brilho da pele! E não se esqueça das sombrancelhas e dos cílios! Rímel neles!

Não reparem, meninas, eu não sou muito fotogênica e não mexo muito bem na câmera (eu fico tremendo)! O que vale é a intenção! O que usei foi: sombras 01, 02 e 08 da Vult (Preto, branco e rosa), lápis de olho e rímel pretos da Contém 1g, e o Duo Perfect para sombrancelhas da Contém 1g.

Tradução: Baeed Annak

Tradução da música Baeed Annak da Oum Khaltoum a pedido da Lucy Linck.
Obrigada pelo carinho!! :)

Baeed Annak - Longe de você

Eu havia esquecido o sono e os seus sonhos
Eu havia esquecido suas noites e seus dias
Longe de você minha vida é uma tortura
Não vá para longe de mim!
Eu não tenho nada, a não ser lágrimas
Com minhas lágrimas eu vivo distante de você
O desejo me tomou
E as noites sem sono me desfizeram
E não importa quanto o desejo me mantém desperta
E não importa quanto a separação me deixa confusa
Nenhum fogo do amor me mudará
Nem os dias me distanciarão
De você

Nem sono, nem lágrimas em meus olhos
A separação acabou para mim
Eu havia esquecido o sono e os seus sonhos
Eu havia esquecido suas noites e seus dias
Isso é o que há entre o desejo e o desespero
Isso é o que há entre o medo e as suas ilusões
Estou preocupada com você e temo que me esquecerá
E o desejo por você sempre me acordará
O desejo me tomou
E as noites sem sono me desfizeram
E não importa quanto o desejo me mantém desperta
E não importa quanto a separação me deixa confusa
Nenhum fogo do amor me mudará
Nem os dias me distanciarão
De você

Lembre de mim num momento bonito
Nós o vivemos por amor
Talvez esta canção te faça recordar de mim
O dia em que nossos corações estiveram unidos
Leve meus anos
Leve todos eles
Com exceção dos segundos em que eu te vi
Desejo, oh, o desejo e os seus efeitos
Oh, como eu escondi isso... Oh, como eu dizia isso
Eu estou preocupada e temo que você me esquecerá
E o desejo por você sempre me acordará
O desejo me tomou
E as noites sem sono me desfizeram
E não importa quanto o desejo me mantém desperta
E não importa quanto a separação me deixa confusa
Nenhum fogo do amor me mudará
Nem os dias me distanciarão
De você

Eu estava esperando por você
Quando há apenas dois passos entre nós
Veja como isso está agora
Onde eu estou, meu amor, e onde você está?
O que fazemos?
Não me diga o que fazer
Você está esperançoso
Por que você me priva disso?
Meus olhos estão me tornando ciumenta por causa deste amor
E agora eles choram por você por causa da minha derrota
Onde você está, luz dos meus olhos?
Oh, alma do meu coração, onde você está?
E as noites sem sono me desfizeram
E não importa quanto o desejo me mantém desperta
E não importa quanto a separação me deixa confusa
Nenhum fogo do amor me mudará
Nem os dias me distanciarão
De você

Letra:

naseet en noum wa ahlaama
naseet layaleeya wa ayaama
baeed anak hayaati azaab
matbaadneesh baeed anak
maleesh gheir ad damoua ahbaab
maayaa baeesh baeed anak
ghalibni ash shouq waghlibni
waleil assahad dowibni
wa mahma ash sgouq yasaharni
wa mahma al baad hayarni
la naar ash shouq tagheerni
wala al ayam bitbaadni
baeed anak

laa noum wal dama fi anaya
ma khalaash al foraaq feeya
naseet en noum wa ahlaama
naseet layaleeya wa ayaama
ma bein ash shouq walama
wabein al khouf wa awhaama
bikhaaf aleik wabkhaaf tinsaani
wash shouq ileik ala toul sahaabi
ghalibni ash shouq waghalibni
waleil as sahad dowibni
wa mahma ash shouq ash shouq yasaharni
wa mahma al baad heerni
la naar ash shouq tagheerni
wala al youm bitbaadni
baeed anak

aftakarni fi lahza helwa
ashna feeha lil hawa
eftakar li ai ghanwa
youm samaanaha sawa
khod min amri
amri kola
ila thawaan ashwafak feeha
ash shouq ah min ash shouq wamaayalu
saa ahkeeha wasaa adaareeha
ghalibni ash shouq wa ghalibni
waleil il baad heerni
la naar ash shouq tagheerni
wala al ayaam bitbaadni
baeed anak

kont baashtaaq lak
wana beeni wabeenak khatuteen
shouf baqeena izay
ana feen ya habeebi wanta feen
walamal iya alamal
ma taqouli aamal iya
wal amal anta al amal
taharmini mina leeya
ayoun kaanat bithasadni ala hobi
wadlowqat bitbiky aleiya min ghalbi
wafeen anta ya nour aini
ya rouh qalbi feen
feen ashki lak feen
kol ma yatahyaa li haajaat
feen abkeelak feen
beeryahni bikaaba saat
ghalibni ash shouq waghlibni
waleil as sahad dowibni
wa mahma as sahad saharni
wa mahma al baad heerni
la naar ash shouq tagheerni
wala al ayam bitbaadni
baeed anak

Diferentes Estilos de Dança do Ventre - Estilo Americano

Ao longo do século XX, surgiram casas noturnas de imigrantes do Oriente Médio onde vários deles se reuniam para apreciar a música e a dança de seus países. Geralmente, eles eram um grupo misto formado por árabes, armênios, turcos, gregos e persas. A música seria uma mistura de canções populares de todas essas diferentes culturas. As dançarinas eram as próprias imigrantes e, mais tarde, seriam americanas que se apaixonaram pelo Oriente Médio após conhecerem sua cultura, música e dança. Elas aprenderam através de filmes, postais, pinturas e qualquer outra coisa que chegasse às suas mãos. E assim surgia um estilo único de Dança Oriental que misturava influências de diferentes países do Oriente Médio e muita imaginação.

Algumas das características que diferenciam o Estilo Americano, além de uma grande mistura de elementos de várias culturas do Oriente Médio, incluem uma maior utilização dos snujs, danças com véus, espadas e cobras. Alguns nomes importantes desse estilo incluem Nejla Ates, Ozel Turkbas, Semra, Morocco, Serena Wilson, Ibrahim Farrah, Bert Balladine, Jamila Salimpour, Nakish, dentre muitos outros. Da nova geração, Ansuya e Piper são grandes representantes do Estilo Americano.

Estilo Americano Contemporâneo

Muitas dançarinas americanas e outras dançarinas em todo o mundo dão continuidade à eclética tradição do Estilo Americano de Dança do Ventre, fundindo vários elementos de diferentes culturas do Oriente Médio. Muitas delas levaram a coisa mais adiante e incorporaram elementos como Jazz, Balé, Dança Moderna, Dança Latina, Dança Espanhola e Flamenco, Dança Cigana, Hip Hop, Dança Indiana, etc. Além disso, as dançarinas procuraram viajar para o Oriente Médio para saber o que as comunidades de dança do Egito, Líbano e Turquia estão desenvolvendo atualmente.

Enquanto as dançarinas continuam tendo um forte vocabulário com base árabe ou turca em seu repertório, uma grande variedade de fusões é aceita sob o título de "Dança do Ventre". Dessa forma, há também uma tendência maior de apresentações no estilo teatral.

Ainda que existam estilos definidos de Dança do Ventre, uma constante troca de elementos entre todos eles. Muitas dançarinas que poderiam se encaixar na categoria de Estilo Americano podem ao mesmo tempo se encaixar em outro estilo. Por exemplo, a dançarina Jillina, coreógrafa do Belly Dance Super Stars, inclui uma boa dose de fusões em suas coreografias em grupo, mas como dançarina solo utiliza um estilo próximo do que pode-se chamar de Estilo Egípcio Moderno.

Algumas notáveis dançarinas e alguns grupos que realmente representam as tendências da Dança do Ventre Americana Contemporânea incluem: Suhaila Salimpour, Belly Dance Super Stars, Bellyqueen, Dalia Carrella (para sua "Dunyavi Gipsy"), Elena Lentini e Tamalyn Dahlal (para as suas apresentações teatrais), para citar apenas alguns nomes.





segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tradução: Es-salamu Aleikum

Tradução da música Es-salamu aleikum do Hakim à pedido da Nathália Mesquita.


Es-Salamu Aleikum - Que a paz esteja com vocês!

Que a paz esteja com vocês

Após as saudações
As palavras ficam mais amigáveis
Nós vamos dormir tarde, para testar os amores
A vida está chegando
Vamos lá!
Vamos abraçar os dias.

Que a paz esteja com vocês!

Meu coração diz olá
Responda de volta às minhas saudações
E abra seu coração para mim
E esqueça as lutas
Ame e dance e cante
Não vá para longe de mim
Dê-me suas mãos
Saudemos a Deus
O suficiente para que fiquemos obstinados

Que a paz esteja com vocês!

Vamos juntar meu amor com o seu amor
Venha para perto de mim, minha menina, sim!
Para um mundo mais belo e mais limpo
Depois eu estive distante, sim!
Estive onde suas piscadelas me levam
Venha para meu abraço
Ria com suas covinhas (da bochecha)
Apenas apareça com sua voz suave
Tudo é permitido

Que a paz esteja com vocês!

Eu só quero que você me dê um pouco de amor
O mais belo amor
Você me faria esquecer os dias tristes, sim!
Se eu estiver errado, me acuse!
Vamos, você é quem eu sinto falta
Viva e me deixe viver
Não desperdice a noite aborrecida!

Que a paz esteja com vocês!

Letra:

Es--es--esalaamu alaykum (X 4)

Esalaamu alaykum (X 4)

Baad issalam
yahla L Lkalam
Nisher Niduuq hubbi w gharam
Dal hayaa halu
yalla bina yalla
nuh dun ilayaam!

Esalaamu alaykum (X 4)

Ana 'albi sallm yahabibi
ruddissalaam
Wif tahli 'albak yahabibi
winsa L Khisam (X2)
Hibwi r'us hanni
iwea tibed eanni (x2)
Hot idek yalla
dassalaam l'allah
La kifaya enaad!

Esalaamu alaykum (X 4)

Maddumi shu'ak 3ala shu'i
'arrab ya wald*--ah
wihlawi ya dinya wru'i
baedil beead--ah (X2)
Fenrumushak khudnii
witaela fi hudni (X2)
Dahka maea ghamza
Lazar ma3a hamsa
Kullu yab'a tamam

Esalaamu alaykum (X 4)

Ana bass 3ayzak tiddini habbit** hanaan--ah
wib ahla hubb
tnassini murri zaman--ah (X2)
Law ghilitt 3atibni
mish tiruh witsibni (X2)
Yala ya wahishni
3ish 3ayyashni
mish tibat za3laan!

Esalaamu alaykum (X 4)

Baad issalam
yahla L Lkalam
Nisher Niduuq hubbi w gharam
Dal hayaa halu
yalla bina yalla
nuh dun ilayaam!

Es--es--esalaamu alaykum

Related Posts with Thumbnails