quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010!

Maravilhosos leitores deste blog amado e querido! Pois é, o ano chegou ao fim, e nós estamos muito orgulhosas do trabalho que conquistamos. Começamos este blog em Abril e olha só no que chegamos: já acumulamos mais de cem mil visitas, e temos 90 seguidores!! Um ótimo resultado para quem começou a escrever para matar a saudade das aulas de dança do ventre, e quem sabe, encontrar outras pessoinhas tão interessadas quanto nós.

E foi o que conseguimos, Masha Allah (que bom!). No final deste ano voltei a fazer dança do ventre na prática, mas o blog ainda é nosso maior contato com o mundo Belly Dance. Apesar da ausência neste mês de Dezembro por causa da faculdade, ano que vem pretendemos ter muitas novidades! Estamos já trabalhando para que este blog cresça mais e seja ainda mais atrativo para as amantes desta arte maravilhosa. Contamos com a presença de vocês nesta jornada, que apenas está começando...

Feliz Ano Novo, Feliz 2010, muitas realizações e muitos shimmies!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

10 dicas para quem está aprendendo a dançar

Algumas dicas para fazer seu aprendizado mais divertido e ajudá-la a tirar mais de cada aula.

Originalmente publicado em ShemiranIbrahim.com

1. Respire e sinta o momento

Respire bem durante cada movimento; mantenha sua atenção focada em seus pés, seu ventre, sua pélvis e em sua respiração. Tente viver esse momento em seu ventre e em sua pélvis, sentindo seus pés tocando o chão e o fluxo de sua respiração passando pelo nariz e pela boca.

2. Relaxe os lábios

Aproxime os lábios de uma maneira mais sensual. Não force o maxilar ou a boca, deixe-os relaxados. Isso também fará com que você expire melhor pela boca e inspire mais profundamente o ar pelo nariz - dando mais energia a cada movimento.

3. Deixe a tensão de lado

Faça uma análise: você fica tensa o tempo todo durante a aula? Por que se a resposta é 'sim' e você de fato não consegue se divertir durante esse momento, talvez esteja perdendo o melhor disso tudo. Você sabe: o estresse se reflete no corpo, em seus movimentos. Faça da alegria o seu foco principal e uma mágica vai acontecer de repente, juntamente com seus movimentos: eles fluirão mais facilmente e melhor.

4. Monitore seus pensamentos

Comece mudando aqueles pensamentos negativos, de auto-crítica. Essa é uma chave poderosa para abrir a porta e encontrar sua verdadeira beleza feminina.

5. Tente deixar de lado a ambição e a concorrência

Pode parecer difícil, mas críticas demais a si mesma e aos outros só tornarão o momento da dança menos alegre e produtivo para você. Se esses pensamentos andam te atrapalhando, tente focar sua atenção em outros detalhes: sinta seus pés no chão, corrija sua postura, ou simplesmente ouça a música e se entregue a ela.

6. Faça amizades

Faça amigos, não se isole durante a aula. Tente conhecer a personalidade das outras mulheres de sua classe. Pode acreditar: isso dará mais sentido à sua dança.

7. Capriche no visual

Lembre-se que as roupas são parte importante da dança do ventre. Compre alguns adereços para enfeitar seu lenço de quadril ou qualquer outro complemento para dar mais cor e tempero ao momento. Isso aumentará ainda mais seu interesse.

8. Atenção redobrada para os pés

Aprenda de verdade sobre o movimento dos pés. Eles são a sua base, da qual seus quadris e todo o seu corpo dependem. É como a base de uma pirâmide segurando toda sua estrutura. Então, não menospreze esse "detalhe".

9. Pergunte

Não tenha medo de fazer perguntas à sua professora. É como na escola: elas sempre servem para todo mundo, porque as outras alunas podem ter as mesmas dúvidas que você. E lembre-se: você é uma cliente, está pagando!

10. Mergulhe de cabeça na música árabe

Fique por dentro da música árabe, compre CDs e tente escutá-los sempre. Comece pelos ritmos lentos e, com o tempo, passe para os mais agitados.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Tradução: Kadaaba

Tradução da música Kadaaba do Mustafa Amar a pedido da Elisângela Isaque.


Kadaaba - Mentira

Aquela que eu amo, por que está indo embora?
Por quanto tempo eu a chamei?
Por quanto tempo perguntei por ela?
Por que ela me esqueceu, se meu coração está com ela?

Perdi meus dias por ela
Seu perfume me deixou perdido
Seus olhos negros estavam mentindo
Seus olhos negros estavam mentindo
Seus olhos negros estavam mentindo

Porque eu a amo
Ela me deixou e deixou meu coração perturbado por ela
Ela fez com que eu esperasse por uma lembrança dela

Letra:

Elly ana 7abeetoh ya 2alby da 3anny beyeb3ad leah

Da ana yama nadeetoh ya 2alby, we yama sa2alt 3aleih
x2

Tab leah ya3mel naseeny we ana 2alby ma3ah
Daya3t ma3ah seneeny, daya3ny hawah
x2

Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, de 3eyoonoh el soda yaba
Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, yaba
Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, de 3eyoonoh el soda yaba
de 3eyoonoh el soda yaba, yaba

Elly ana 7abeetoh ya 2alby da 3anny beyeb3ad leah
Da ana yama nadeetoh ya 2alby, we yama sa2alt 3aleih

Ekmenny ba7ebbo yesebny we yesh3'el 2alby 3aleih
we ana eah ye7'aleeny da kollo astanna afakar feeh
x2

Tab leah ya3mel naseeny we ana 2alby ma3ah
Daya3t ma3ah seneeny, daya3ny hawah
x2

Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, de 3eyoonoh el soda yaba
Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, yaba
Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, de 3eyoonoh el soda yaba
de 3eyoonoh el soda yaba, yaba

Elly ana 7abeetoh ya 2alby da 3anny beyeb3ad leah
Da ana yama nadeetoh ya 2alby, we yama sa2alt 3aleih

Kadaba 3eyoonoh el soda yaba
Kadaba 3eyoonoh el soda yaba, yaba
De 3eyoonoh el soda yaba
yaba
x4

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ambar

Uma nova dançarina vem ganhando notoriedade pela internet: Ambar! Quem não viu, verá agora!

A dançarina Ambar, nascida Lorena Rossi em Vila Gessell, Buenos Aires, é discípula de Saida. Dá para notar, não é? Aquela jogada de cabeça para trás é totalmente Saida. Mas Ambar tem o mérito de não ser simplesmente uma cópia "esculpida em Carrara" de sua mestra, ela tem muita personalidade e anda conquistando cada vez mais espaço com seu talento.

Ambar iniciou sua carreira na dança com o jazz, e só em 2000 começou a fazer aulas de dança do ventre com a mestra Amaj. No ano seguinte foi para a escola de Saida, e já em 2003 foi convidada pela própria para integrar o grupo Rakkasah. Em 2004, Ambar se tornou professora de dança do ventre, passando a dar aulas no instituto argentino "La Danza".

Ambar realmente deve ter conquistado Saida, pois passou a acompanhá-la nos eventos no exterior, inclusive dançando com a orquestra de Mario Kirlis, fiel escudeira de "la diosa". Enquanto realiza turnês com o grupo Rakkasah e ao lado de Saida e Kirlis, Ambar participou de vários workshops, com Amar Gamal, Tito, Amir Thaleb, entre outros.

Ainda que já tenha renome na Argentina, já seja professora de dança do ventre e viaje o mundo inteiro, Ambar permanece como aluna da escola de Saida. Para ela é necessário se aperfeiçoar ainda mais. Dá-lhe garota!

Agradeço à Meldelen, por disponibilizar na web as informações desta revelação na Dança do Ventre.

Aqui abaixo o vídeo de mais sucesso de Ambar: o solo de derbake com zaar!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Tradução: We Hekaytak Eih

Tradução da música We Hekaytak Eih do Amr Diab a pedido de Elisângela Isaque.


We Hekaytak Eih - E qual é a sua história?

E qual é a sua história?
Você que é como um anjo
E sempre está fazendo com que os corações pensem em você
Fazendo com que os corações das pessoas pensem em você
E que culpa eu tenho? Me diga!
Como isto aconteceu comigo?
Por que me faz pensar em seu amor?
Por que seu amor me faz pensar neste amor?

O charme de seus olhos fez com que eles se derretessem
Eles me deixaram e foram com você
Eles me confundiram e foram com você

Sonhei que você estaria aqui por mim
E que sentiria o meu amor algum dia
E assim eu viveria com você
Por todo resto da minha vida

Letra:

w 7ekaytak eih yally
zay el malak w tamally
shaghel oloub wayak
shaghel oloub en-nas wayak
wana zanby eih? oully
ba2a kol dah ye7sally
teshghelny leih be hawak?
yeshghelny leih ya 7abiby hawak?(2x)

se7r el-3oyoun khalla el-alb dab wallah(2x)
sabny w ra7 wayak, sabny fe 7eera w ra7 wayak

w 7ekaytak eih yally
zay el malak w tamally
shaghel oloub wayak
shaghel oloub en-nas wayak
wana zanby eih? oully
ba2a kol dah ye7sally
teshghelny leih be hawak?
yeshghelny leih ya 7abiby hawak?

ba7lam tekoun leya, w te7es youm beya(2x)
w a3eesh 7ayaty ma3ak, w a3eesh 7ayaty w 3omry ma3ak

w 7ekaytak eih yally
zay el malak w tamally
shaghel oloub wayak
shaghel oloub en-nas wayak
wana zanby eih? oully
ba2a kol dah ye7sally
teshghelny leih be hawak?
yeshghelny leih ya 7abiby hawak? (3x)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Algumas dicas para melhorar sua apresentação

Originalmente publicado em Zara's Zouk

Você pode melhorar bastante sua dança com pequenos cuidados que às vezes passam despercebidos, como uma boa postura e posição correta dos braços.

Postura

A primeira coisa que você deve fazer para ser uma dançarina do ventre é se comportar como uma. Você deve passar uma imagem de confiança, beleza e elegância. Você não pode parecer uma dançarina fraca ou cansada.

Ter uma postura correta não pode ser tão difícil, né?

Seu pescoço deve estar sempre reto e alongado. Mas tenha cuidado para não levantar demais o queixo e ficar com aquele ar de "superioridade", sabe? :)

Seus ombros devem estar relaxados e voltados para trás. Se você é um pouco desleixada com a postura, pode acabar passando a imagem de uma pessoa tímida ou depressiva. Quando as pessoas assistem a uma apresentação sua - não importa há quanto tempo você dance - elas querem se sentir convidadas a ver você dançando, a prestar atenção em seus movimentos. Ombros na posição correta - voltados para trás - produzem esse efeito. No entanto, tenha cuidado para não jogar os ombros para trás e empurrar demais os seios para frente. Pode ter certeza de que essa posição também não vai ser nada agradável para a sua platéia.

Confiança

Be happy. Tenha mais confiança em você e em sua dança. SORRIA sem medo. Interprete a música com seu corpo. Tudo isso contribui para que você pareça mais bonita e digna de toda a atenção da platéia.

Pense só: pode não ser muito legal parecer tímida e desconfortável numa apresentação, porque isso faz com que a platéia se sinta desconfortável também.
Confie em sua dança. Mas, independente do que fizer, tente não parecer esnobe ou "cheia de si" demais. Os motivos são óbvios: assitir à apresentação de uma dançarina que parece estar apaixonada por si mesma, e não por sua arte, não é lá muito agradável, não é mesmo? É claro que você deve se amar (e muito!). Mas sua dança pode mostrar muito mais do que isso.

Seja confiante durante suas aulas também. Faça perguntas e esclareça todas as suas dúvidas.

Espelho, espelho meu

É importante ter sempre um espelho na sua frente quando se está dançando, mesmo em casa. Na maioria das vezes, fazemos movimentos errados, mas não percebemos. Com um espelho por perto você pode ter certeza de que está fazendo tudo certinho, não apenas no que diz respeito aos movimentos, mas também em relação à postura e à posição dos braços.

Braços

Os braços fazem parte de todo e qualquer movimento na dança do ventre. Portanto, não os esqueça. Eles precisam parecer tão elegantes quanto os outros movimentos que você realiza durante sua apresentação. Seus pulsos devem estar abaixados e as mãos, levemente levantadas.

Movimentos com os braços: uma boa dica para aquele movimento no estilo "cobra" é começar levantando o cotovelo, seguindo com o pulso e por fim, as pontas dos dedos.

Joelhos travados

Nunca trave os joelhos. Nenhum movimento na dança do ventre necessita disso. Além de ser prejudicial às suas pernas, travar os joelhos tira toda a beleza do movimento dos seus quadris. Os joelhos devem estar levemente flexionados.

Ritmos: Vox

Um ritmo pouco conhecido das dançarinas, o Vox (podendo aparecer como Foks ou Fox) é uma marcha. É considerado uma variação rápida do Foxtrot, logo é um ritmo importado para a dança do ventre! Ele começou a ser usado por compositores egípcios, como Mohamad Abdel Wahab.

O ritmo Vox segue a estrutura 2/4: DUM TAKA. Ele está presente nas entradas de músicas clássicas (alguém lembra da música Ísis?). Ao ouvir este ritmo, diferentemente do Malfuf e do Ayoub, a entrada não poderá ser feita com deslocamentos em chasse, mas como um desfile. A bailarina entrará caminhando com uma postura triunfante, firme, e fará movimentos com o véu nas variações da melodia.

Eu gostaria de colocar a música Ísis, mas não encontrei no youtube! Então fica Rakkasah com Fifi Abdo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tradução: Hessa

Tradução da música Hessa do Saad el Soghayar a pedido da Viviane.
OBS: Mais uma música "obscena" e sem sentido do Saad. Hessa é equivalente a "celebração-bagunça", então decidi traduzir por "gandaia".


Hessa - Gandaia!

Gandaia, gandaia,
Esta moça é bonita e será bem tratada
E quem discordar que vá para o inferno
Ela será mimada, mimada, mimada
Oh moça, pegue o ladrão!

Querida, juro milhares de vezes que conquistarei seu coração com ternura
E se ela não vier, vocês sabem o que farei com ela
Gandaia, gandaia, gandaia, gandaia
Não vou a deixar! Gandaia!
Eu jurei que a teria! Gandaia!
E vou implorar a ela! Gandaia!
E vou beijar suas mãos! Gandaia!
Oh galera! Gandaia
Esta é a garota! Gandaia!
Eu jurei pela vida de seu pai! Gandaia!
Eu falarei com o pai dela! Gandaia!
Que ele não é uma boa pessoa e eu morrerei por isso.

Eu juro a Deus que não a deixarei
E eu farei com que o povo a vigie e a capture

Eu juro pelo pai dela! Gandaia!
Eu falarei a seu pai que ele está matando meus olhos!
Aqui está a garota! Gandaia!
Aqui está minha querida! Gandaia!
E estamos nesta festa! Gandaia!
Ela quer algum dinheiro para beijar e abraçar! Gandaia!
Oh mãe de Abdallah!

Letra:

Hessa, hessa
al-walad da halu bindala
Alli mush ajb aiula
bindala, bindala, bindala, bindala
Emsak iala haramy wash iala haramy

Habibi kult tultumit iamin thalata
rahala barthu bil lahdaur tata tata
ulu ma jash arfin ia nash hamil ruhir

Hessa, hessa, hessa, hessa
Ana mush rasibu, hessa!
Halif laguibu, hessa!
Wa halil fi, hessa!
Wa habus aidir, hessa!
Ya nas ya ho, hessa!
Al wala ho, hessa!
Wa hiata bo, hessa!
La ra'ul la bo, hessa!
Anm aq'dir win har fir

Oul khala al-khala dana marrasibu
khali mali al-khala
dana wah raguibu
Emsak iala haramy wash iala haramy

Habibi kult tultumit iamin thalata
rahala barthu bil lahdaur tata tata
ulu ma jash arfin ia nash hamil ruhir

Hessa, hessa, hessa, hessa
Ana mush rasibu, hessa!
Halif laguibu, hessa!
Wa halil fi, hessa!
Wa habus aidir, hessa!
Ya nas ya ho, hessa!
Al wala ho, hessa!
Wa hiata bo, hessa!
La ra'ul la bo, hessa!
Anm aq'dir win har fir

Wa hiata bo, hessa!
La ra'ul la bo, hessa!
Anar maazebni, hessa!
Abir mushta eini, hessa!
Al wala ho, hessa!
Habibi ya ho, hessa!
Wa fil farah, hessa!
Albu sharar, hessa!
marrit rous, ya ruidous
Ya am assad, abush assad, ya am abdallah...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tradução: Maarifnash

Tradução da música Maarifnash da Natacha Atlas em homenagem à tia Vivi.



Maarefnash - Nós não sabemos

Nós não sabemos, nós não sabemos
Não sabemos o que há em nossos corações

Meu coração e seu coração conversavam um com o outro

Aqueles que são amados estão destinados a viver juntos
À noite você machucou meu coração, meu querido

Por que você não retorna, e diz "olá" (salam, a paz, forma de cumprimento)
Oh, meu amigo, o que é paixão?
Por que você está me deixando para viver nosso sonho, para viver nosso sonho?

Nós não sabemos, nós não sabemos
Não sabemos o que há em nossos corações

Meu coração e seu coração conversavam um com o outro

Venha, volte para que possamos viver juntos como amantes

Por que você não retorna, e diz "olá"
Oh, meu amigo, o que é paixão?
Por que você está me deixando para viver nosso sonho, para viver nosso sonho?

Aqueles que são amados estão destinados a viver juntos
À noite você machucou meu coração, meu querido

Letra:

Haaa... yaa... leyl... aah...

marifnaash
marifnaash
marifnaash ma qil bel-qulub

albi oul albi
choa nour
biglid mi ni nour
saan...

min zigi a zin zag
min rigi a rahlin
min albi
ya habibi

le la drogris
a salaam
dya a salaam
el haran
a salamni
ayirsh alahan
ayirsh alahan.......

marifnaash
marifnaash
marifnaash
ma qil bel-qulub

albi al ya lou...
biglid mi nour... san...
aaa... yi a mirdan
ya... lish
ahbab sawa...
ya la nirdan
yairish...
ahbab sawa.....

yaaaaa...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Leques de Seda - Fan Veil

O leque de seda para a dança do ventre, além de acessório, é a marca de uma fusão com a cultura sino-nipônica. Alguém já viu "O Clã das Adagas voadoras", a dança chinesa DunHuang? E também já viu a dança do leque japonesa, conhecida como Odori? O leque de seda seria uma combinação dessas duas danças com a dança do ventre. Interessante, não?

E quem nunca viu um leque de seda? Ele é a última moda entre as dançarinas do ventre! E quem viu uma boa coreografia com ele? Hummm, pois é... Grande problema, tão belo e tão poucas pessoas sabendo usar!

Eu acredito que muitas dançarinas ficam encantadas com a beleza dele, com o efeito que ele dá. A impressão que temos é que ou a bailarina não consegue unir dança do ventre com o leque de seda, ou então até consegue, mas o leque fica naquela mesmice, e em alguns minutos todos já estão enjoados dele.

É importante lembrar que por mais lindo que seja este leque, ele sozinho não faz a apresentação. Ele está no mesmo patamar que o véu wing, enche os olhos à primeira vista, mas se a dançarina não souber o que fazer com ele, vai deixar a sua performance no mínimo monótona, para não dizer sem-graça mesmo. Usá-lo para inovar é muito interessante, mas antes é preciso aprender a manuseá-lo!

Então para nos inspirar, encontrei na internet uma coreografia do grupo Sahlala Dancers da Jillina. Ela é beeem diferente das coreografias que vemos por aí com os leques de seda, é dinâmica e muito criativa. Claro, não precisamos dançar só músicas modernas com ele, mas aqui fica um exemplo de como podemos explorá-lo de diversas maneiras!



E a dica da Lory Moreira, a dançarina russa Yallar:

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Noite Superstar: Ansuya!

Coisas de fã!! Vi e falei com a Ansuya, que emoção! Inglês do cais do porto, ok, até porque quando a vi minhas palavras foram embora, meu discurso bonitinho também, eu ainda boboca comecei a chorar... Coração de manteiga derretida! Mas gente, eu comecei a dançar e lá estava ela nos DVDs que eu assistia, morria de rir com as piadas dela, achava que ela era um máximo, uma pessoa super simpática, e não me decepcionei! Ela é tudo isso e muito mais bonita pessoalmente, o que é difícil entre os artistas.

Ah, por mais que a Ansuya esteja bem distante do estilo brasileiro de dança do ventre, ela ainda é estrela magnânima aqui! Todas as performances, com fusion com dança indiana e tribal, deixaram muita gente de boca aberta, o que também não impediu de muitas outras torcerem o nariz. Quando a gente vê uma dançarina de perna aberta a gente fica meio "nããão, isso tá errado", mas é aquilo: é outro estilo de dança do ventre, não menos válido, não menos bonito e apreciável.

Nessa época de vacas magras, o workshop dela ficou como algo inalcançável para mim, infelizmente. Eu até poderia ir se: deixasse de almoçar na faculdade, não tirasse xerox para as matérias e talvez matasse uns dias de aula para economizar passagem. Mas como eu acho que tietagem tem limite, achei melhor dar uma de louca e catar a Ansuya no camarim durante o show! Foi o que consegui!

Eu e minha amiga Nathália, proprietária da maior comunidade da Ansuya no orkut, Simply Ansuya, não marcamos bobeira! Por incrível que pareça (ou increça que parível), a bendita mulher passou em direção ao camarim na frente das mesas!! Pode? Eu com minha visão de lince, percebi a movimentação e... Fomos correndo para lá! Como minhas amigas já haviam dançado no Lumina Qamar, nós sabíamos como chegar ao camarim, mas um probleminha com o salto me impediu de chegar a tempo e ela já tinha entrado... Nada que esmoreça uma fã! Sentamos na escada e ficamos esperando! Uma hora ela tinha que aparecer! Só a gente lá, vidão, câmera na mão, maaaas... Eis que surge Heloísa Caridade, a porta-voz de Ansuya, para dizer que ela não gostaria de tirar fotos antes do show, que ela precisa se concentrar, etc, etc... Bem, não vamos tirar foto então, só queremos vê-la e falar com ela... Nada resolvido! Continuamos esperando! Até que... Ansuya abre a porta para procurar alguém conhecido, e nos vê paradinhas na porta, que emoção! Meus olhos se encheram de lágrimas, que vergonha, acho que ela ficou surpresa. Aí começou a falar com a gente sobre a roupa que estava muito apertada (engraçado que a roupa dela é exatamente a mesma que a minha, até a mesma cor!, tive também o mesmo problema que ela, é coisa "do fabricante"), que precisava do véu para dançar e também não sabia quando ia entrar para se apresentar. Nós ficamos lá embasbacadas, respondendo algo como "sim", "não", "fulana?", até falarmos em tirar uma foto, e a mulher fugiu, "depois, ok?", disse ela, e nós "siiiimmm". Claro depois de alguns "We love you", "Wonderful", e por aí vai...

O show rolou ao playback. Me disseram que ela não dança com música ao vivo, acho que isso depende do cachê que ela vai receber, quem nunca viu "Ansuya at Al Amir"? Tem uma banda tocando ao vivo! Ela dançou 5 músicas, e fez aquele passos que já conhecemos: cambrê com shimmy, deslocamentos e o famoso snuj! Engraçado que achei que ela tocasse o tempo todo, mas ela só dá uns "tim tim tim", e pára... De repente era nesta coreografia, eu queria ter visto ela tocando por mais tempo!

No final da sua apresentação, lá fomos correndo para tirar nossa fotinho; ela ainda nem tinha chegado ao camarim! Pediu para esperarmos um pouco, ok! De repente, fomos descobertas! Umas meninas que iam dançar viram nosso grupinho lá à espera, e juntou mais gente! Quando a Ansuya abriu a porta, caiu pra trás! "Oh my God", disse ela, acho que ela viu que não dava mais para fugir. Tiramos a nossa fotinho finalmente, e ela nos disse que esperava nos ver no dia seguinte... Que pena, não deu! Mas fica pra próxima, já estou muito feliz em vê-la e ter falado com ela!

domingo, 22 de novembro de 2009

Homens na Dança do Ventre: Fim dos Tempos?

Geeeente, to passada! Andei lendo na internet as justificativas das pessoas que defendem a dança do ventre como exclusividade feminina, e me senti na obrigação de esclarecer certos equívocos que eram afirmados como a verdade encarnada!

Bem, a história da dança do ventre é mera suposição, está basicamente na mesma linha que a descoberta da agricultura pelo homem, da roda, a domestificação dos animais, nada é certo, tudo é lenda. A teoria mais aceita é que as mulheres no Egito passaram a realizar cultos em adoração à deusa da fertilidade (que não quer dizer necessariamente procriação humana, mas também a agricultura) com uma versão primitiva da dança do ventre, e descobertas pelos romanos, começaram a utilizar essa dança para fins mais eróticos, como entretenimento masculino. Sabendo ou não a verdadeira origem da dança do ventre, fato é que não temos hoje em dia a mesma dança de 5.000 anos atrás, sequer sabemos que movimentos sinuosos do ventre e do tronco eram, e se não foram adicionados após vários encontros culturais, não só pela mão dos romanos, mas de macedônios, babilônicos e por aí vai. Se há inscrições que mostram mulheres dançando, adorando a deusa da fertilidade, nada impede que homens dançassem também fora dos rituais.

Mas não importa fazer conjecturas a respeito disso, afinal o que nos importa mesmo é o elo que a dança do ventre encontrou para chegar até nós: o mundo árabe. Pensamento reducionista: os árabes dominaram o Egito e automaticamente a dança do ventre se incorporou ao mundo árabe... Não!! Novamente foi um encontro cultural. E a dança do ventre se manteve nesse meio com outra finalidade: prostituição. Não torçam o nariz ao ler estas palavras, quem dançava não era a esposa, mas as jawari, as concubinas. Nem toda mulher nascia para ser esposa, aquelas que não tinham a mesma sorte se tornavam concubinas, o que naquela época não era algo necessariamente degradante. Diferentemente das ghawaaze (que também dançavam), as jawari eram mulheres instruídas, elas deveriam entreter seu amante (elas só tinham 1 senhor) não só com a dança, mas com poesia, canto, diálogos filosóficos, e de certa forma, possuíam mais liberdade que as esposas. (Quem quiser saber mais sobre elas, leiam o livro "A sexualidade no Islã" de Abdelwahab Bouhdiba).

Mas onde entram os homens nessa história? Nos haréns, na Era de Ouro do Islã Clássico, não apenas as mulheres dançavam... Os homens também, e da mesma forma. A sua atividade não era com fins sexuais (claro que existiam exceções, vide o poeta árabe gay Abu Nuwas), mas para entretenimento. Um dançarino era tão valorizado quanto uma dançarina, e muitas vezes, nos grupos onde havia certa misoginia e conservadorismo, não havia dançarinas, apenas homens dançando.

A partir do séc. XIII do calendário cristão, começou a haver um certo declínio da produção filosófica no mundo árabe, o conservadorismo se exacerbou, as mulheres começaram a ser relegadas em segundo plano, a ponto de ignorarem sua sexualidade, e os homens... Bem, aos homens foi exigido um modelo machista que resiste até hoje, não só entre os orientais, mas entre os ocidentais também. Dança do ventre passou a ser prática de sharmuta, e homens dançarinos do ventre passaram a ser vistos como pervertidos. A dança regional abarcou o estilo masculino, e se diferenciaram claramente o que era dança masculina e o que era feminina.

Então, por que falar que homem na dança do ventre é uma afronta à arte milenar? Isso já aconteceu em outros tempos, não é novidade do séc. XXI, não é o fim dos tempos! Agora temos uma abertura na cultura que aceita a participação masculina, por que nos revoltamos com isso? Muitas das pessoas vieram me falar que a dança do ventre é uma arte da sensualidade, que um homem se insinuando na dança do ventre no mínimo é algo medonho... Ok, é estranho porque estamos sexualizando a dança do ventre! Que tal olharmos como entretenimento, da mesma forma que nos séc. IX ao XII os homens dançavam para divertir as pessoas, e não para realizar fantasias sexuais? E cá entre nós: uma mulher dançando mal é tão feito quanto um homem dançando mal, e não é o formato do corpo que impede de sair uma boa dança, é a falta de talento. Se eu defender que a dança do ventre só deve ser praticada por quem a sociedade considera "bonito" e "na moda", então fora homens, fora mulheres gordas, fora anãs, fora deficientes, fora, fora! Péssimo, não? Vamos tentar se condescendentes, e não buscar justificativas mirabolantes para impedir uma pessoa de fazer aquilo que a torna feliz!


Olha aí o dançarino egípcio Tito entretendo a plateia num "duelo" com uma mulher:

Evento: Quimera de um Faraó II


Para quem mora em Belo Horizonte, ou para quem é fã de Henry Netto, aqui há uma oportunidade de ver um show único na dança do ventre: uma mistura de dança e teatro, que busca levar o público ao Egito da época dos faraós. Entretenimento puro, com a qualidade de um dos maiores dançarinos do Brasil!

Aqui abaixo o vídeo de divulgação do evento:

domingo, 15 de novembro de 2009

Folclore: Khaleege


Ai, eu amo Khaleege! Só que eu não tenho um labirinto muito bom para girar a cabeça... Lembro uma vez quando comecei a dançar, minha professora estava fazendo uma coreografia de khaleege linda, e no final todas giravam a cabeça num rodopio e paravam lindas e loiras... Quem disse que eu consegui? Eu consegui foi cair no chão estatelada, tentando lembrar quem eu era, onde eu estava, o mundo rodaaaando!!

O Khaleege é a dança do Golfo Pérsico, lá o ritmo tradicional é o soudi! Aqui no Brasil nós conhecemos apenas uma versão do Khaleege: a feminina. Neste folclore, os homens também dançam, mas separados das mulheres (ou seja, eles não dialogam na dança, cada um tem a sua parte, e geralmente nem dançam sequer no mesmo espaço). Apesar de ambos serem Khaleege, as características mudam para cada gênero, o que vamos explicar aqui.

Khaleege Feminino

A principal característica que percebemos nesta dança é a famosa "ginga", a dançarina precisa movimentar os ombros, balançar o corpo para frente e para trás. Um pé fica na frente do outro nos deslocamentos, e a jogada de cabelos é essencial.

Além dessa expressão do corpo, evidente quando ouvimos o ritmo soudi, podemos utilizar alguns movimentos mais elaborados com as mãos e os braços, mas nada "Imagem & Ação", você não precisa simular o fogo crepitando nas areias do deserto (eu já vi...), mas fazer um charme, tocando a testa com o pulso nos dois lados da mão (em forma de concha), no peito (podemos colocar uma das mãos no peito quando jogar o cabelo), bater os pulsos (com delicadeza), e por aí vai.

A túnica do Khaleege é outra característica marcante deste folclore: chamada Tobe el Nashar, a longa túnica apresenta cores fortes, é bordada e muitas vezes possui uma textura ou bordado brilhantes, e é usado por cima de alguma roupa (muitas dançarinas do ventre usam o cinturão e o bustiê por baixo nas apresentações). Esta túnica ainda pode ser usada para compor os passos, ao segurá-la nos giros e nos deslocamentos. Os cabelos longos são fundamentais para compor este visual, devem vir soltos, podendo usar arcos para enfeitá-los.


Khaleege Masculino

Este folclore é uma dança beduína, os passos basicamente são a famosa "ginga" e um quê de malabarismo. Os homens dançam com o bastão ou com um rifle (Yoolah), o primeiro serve como uma espécie de apoio, para balançarem para frente e para trás em fila, também movimentando-o de forma semelhante ao Saidi (segurando com os braços para cima e o apoiando no ombro) e o segundo o giram sem parar, o jogando para cima e também usando como apoio. Os homens, além disso, dão uns saltinhos - tímidos - para acompanhar o acento do ritmo, semelhante ao das mulheres.

A roupa deste folclore é a roupa tradicional dos árabes do Golfo Pérsico. Isto é, muitos deles não usam só essa roupa para dançar, mas na sua vida cotidiana também.


E claro, eu não podia deixar de mostrar o cantor que me fez "descobrir" o Khaleege masculino pensando "aquilo é uma arma na mão deles?". Com vocês Al Wasmi, e sua sensualidade ao cantar movimentando apenas a sombrancelha!

sábado, 14 de novembro de 2009

Laila e o Louco


Decidi compartilhar com vocês esta linda história de amor: de origem persa, esta história verídica se tornou uma lenda entre os beduínos árabes, Laila & Majnun (Majnun quer dizer louco), na verdade era o caso de amor entre Layla e Qays, dois jovens persas.

Qays, ou melhor, Qays ibn al-Mulawwah ibn Muzahim, era um poeta beduíno. Sua história com Layla começou em uma noite qualquer, quando cavalgava em seu camelo e se deparou com um grupo de belas mulheres que iam a um banquete: dentre elas encontrava-se Layla. Ao vê-la, Qays se apaixonou perdidamente, e essa paixão o tomou de tal forma que posteriormente tirou sua razão. Layla também se apaixonou por Qays, o que motivou a ele pedir sua mão em casamento.

No entanto, o pai de Layla havia prometido a mão da filha a um senhor tribal, Ebn-e Salaam, que só não a havia desposado por considerá-la jovem demais. Com a recusa do pai de Layla, Qays ficou desolado e passou a vagar pelo deserto, abandonando a vida em sociedade. Durante seu exílio forçado, escreveu vários poemas para Layla, citando o nome da amada, os quais ficaram famosos e irritaram profundamente o pai dela. O pai de Qays tentou, em vão, convencer o pai de Layla a conceder o casamento, pois ele estava muito preocupado com o filho, mas o homem foi irredutível, uma vez que a honra de sua filha havia sido manchada.

Ebn-e Salaam não desistiu de Layla, e acabou se casando com ela, mas eles não foram felizes. O pai de Qays, desesperado com a situação do filho, que após o casamento da amada, perdeu completamente a razão, morre de desgosto. Ao saber disso, Layla, mesmo casada, foi ao encontro de Qays para fazê-lo retomar a consciência, mas ele não a reconheceu, atitude que deixou seu marido transtornado. Layla não se importava com seu nome, nem com sua condição social, apenas com seu amado. O seu marido tentou de todas as maneiras conquistar a esposa, mas ela a cada dia parecia amar mais o poeta louco, e ele percebe que jamais terá o seu amor; mesmo casada e com a loucura de Qays, a jovem não abandonara a esperança de ficar ele. Ebn percebe que este amor é grande demais para ser destruído, pois nada parece fazê-los perceber que sua história é impossível de ser concretizada, e assim acaba adoecendo e morre logo em seguida.

Segundo as tradições tribais, quando Layla se torna viúva, precisava esperar dois anos sem ter contato com nenhuma pessoa, em sinal de luto pelo marido. Entretanto esta situação é muito angustiante para Layla, que não sabe como está seu amado e se poderá ficar com ele de fato. O tempo passa e Layla não suporta, e também morre antes de realizar seu desejo.

Qays, já conhecido como Majnun, em um momento de lucidez, toma conhecimento da morte de Layla, e se desespera. Ele vai até o túmulo de uma mulher, que julga ser o de Layla, e fica lá chorando copiosamente, sem comer, sem beber, até finalmente morrer. Nas pedras ao redor do túmulo, ele escreveu ainda versos para sua amada, e enquanto não enfraqueceu completamente, repetiu o seu nome incessantemente. Com um amor tão intenso, que não conheceu barreiras, a história ganhou repercussão por todo o mundo árabe, e Qays ficou conhecido como o "louco por Layla" (Layla Majnun).

Essa triste história de amor só chegou até nós através do filósofo árabe Nezami, livro o qual já está traduzido para português no Brasil. Há diversos filmes e seriados sobre esta história de amor, e eu espero ansiosamente que cheguem ao Brasil! Em homenagem à história de amor destes jovens, Eric Clapton escreveu a música Layla, que pode ser conferida abaixo com a letra em português:



E alguns versos de Majnun para conhecermos a dimensão de seu amor:

"Eu caminho por esses muros, os muros de Layla

E eu beijo este muro e aquele,

Não é o amor pelas casas que tomou meu coração

Mas o amor daquela que nelas habita"

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tradução: Baatereflek

Tradução da música Baatereflek do Wael Kfouri a pedido da Monika Soarez.


Baatereflek - Confesso a você

Confesso a você que te amo
E que esta é a primeira vez que estou apaixonado
E que eu achava que meu coração já havia amado milhares de vezes

Então descobri que toda a minha vida era uma mentira
Então descobri que toda a minha vida era uma mentira
Eu confesso a você, eu confesso a você a minha alma
Esta é a primeira vez que estou apaixonado.

Sem você ao meu lado
Eu caminho e me perco em meu percurso

E eu digo a você, venha, venha!

Eu te encontro em meu coração, oh meu coração
E você me diz: "Assim como você, é a primeira vez que estou apaixonada"
A primeira vez que estou apaixonada.

Letra:

Baateriflik ani bahebak wady awel mara bihob
Wana kont faker albi alf mara hob
Etaary ya hayati kan kelou kelou kazab
Etaary ya hayati kan kelou kelou kazab
Baateriflik Baateriflik Baateriflik ya rouhi
Awel mara bihob awel mara bihob
Min gheir ma tekouni ganbi
Emshy wa tayi fi darby
Wa anda aleiky taali taali
El eiky bi albi ya albi
Ti'ouleely ana zeik awel mara bihob
awel mara bihob

Tradução: El Kalam Ala Meen

Tradução da música El Kalam Ala Meen do Saad Al Soghayar a pedido do Pros Pisos.
OBS: Que música mais louca!! Muitas gírias! Pessoas, vamos nos situar: o Saad canta para um homem, mas ele pode estar se referindo a uma mulher, pois na cultura árabe é desrespeitoso falar diretamente a uma mulher (por isso 99 % das músicas são para o gênero masculino). Como a ideia da música é um tanto complicada, preferi manter como masculino mesmo. O "rapaz" pode ser substituído por "querida" também!


El Kalam ala meen - Quem faz os discursos?

Ei rapaz!
Nós fizemos tudo que podemos
E desejamos um bom dia a todos

Quem faz os discursos?
Aqueles com o coração grande
Eles são "show" (cem, gíria árabe)
Nós não precisamos de redatores profissionais

Quem faz os discursos?
Aquele do coração grande
Ele sempre faz as críticas por mim

Ei rapaz!
Como?
Desse jeito!

Quem faz os discursos?
Aquele que nunca me magoou

Quem faz os discursos?
Aquele que nunca me esquece
Aquele que está me enganando
Que zomba de mim, como um ladrão

Como?
Desse jeito!

Quem faz os discursos?
O jovem que... Ah...
Eles são "show"
Esqueça os redatores profissionais

Quem faz os discursos?
Aquele que me ludibria, oh!
E aquele que está me enganando
Vou chegar lá e chutá-los

Rapaz!
Como?
Desse jeito!

Quem faz os discursos?
Para o rapaz gostoso (laziz!heheh)
Totoso? (é isso mesmo...)
Eles são "show"
Esqueça os redatores profissionais

Quem faz os discursos?
Aquele que ainda não tem um amor
Aquele para quem contarei esta piada também
A proposta malandra por um melão judeu (uma comida das arábias)

Rapaz!
Como?
Desse jeito!

Quem faz os discursos?
Os açogueiros daqui
Quem?!
Eles são "show"
Esqueça os redatores profissionais

Quem faz os discursos?
Todos os barbeiros
Quem?!
Aquele que cortam o cabelo
De toda nação árabe

Rapaz! Você está louco?
Que droga, hein?

Quem faz os discursos?
Quem está sempre comigo
Conosco?
Ele é "show"
Esqueça os oradores profissionais

Quem faz os discursos?
Aquele que pensa que sou um pedaço de borracha
Borracha?!
Aquele que não consegue ver meus sentimentos
Aquele que me deixou derrubado

Como?
Assim...

Letra:

Wela!
Ihna amelna elli aleyna aleyna
we binsabbah aal kul

El kelam ala meen?
Ala abu qalb kebir
El miyya miyya
Insa el kenebengiya

El kelam ala meen
Da bu qalb kebir
Daimen yetabtab aleyya

Wela!
Izzay?
kida hoh!

El kelam ala meen
Alli ma gerrehnash

El kelam ala meen
Alli elli ma yinsash
Elli beyitsellaa biyya
Addani maqleb haramiya

Izzay?
Kida hoh!

El kelam ala meen
Ala el shabab elli AAAh!
El miyya miyya!
Insa el kelamengiya

El kelam ala meen
Ala elli biyughdur yah
We alli beyilaab biya
Qomt shutta be rigleyya

Wela!
Izzay?
Kida hoh!

El kelam ala meen
Ala el shabab el leziz
Zeez
El miyya miyya!
Insa el kelamengiya

El kelam ala meen
Elli ma loush aziz
We aqullo el nokta diyya
El lus khatab el meluxxiya

Wela! Izzay?
Kida hoh!

El kelam ala meen?
Ala el maalemeen
Meen?
El miyya miyya!
Insa el kelamengiya

El kelam ala meen
Kul el helaqeen
Feen?
Elli halaqet liya
Ihna el omma el arabiya

Wela! Izzay?
Kida hoh!

El kelam ala meen?
Aali daiman maana
Aana
El miyya miyya!
Insa el kelamengiya

El kelam ala meen?
Alli fakirni lebaneh
Baneh
Elli mehessish biyya
Aal mingeltartah biyya

Izzay?
Aho?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Professores de Dança do Ventre: Henry Netto


Para quem mora em Belo Horizonte, a dica é: Henry Netto! Não só por ele fazer muito sucesso na mídia, por ser um dançarino excelente, mas principalmente porque seus alunos são tão bons quanto ele! Esse sim sabe ensinar com qualidade!

Professor: Henry Netto
Local: Rua dos Timbiras, 2764, sala 103, Barro Preto
Referência: Perto da Praça Raul Soares.
Contato: (31) 3042-4145

Aqui abaixo a prova do que estou dizendo: os alunos do Henry Netto arrasando!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tradução: Al Shaky

Tradução da música Al Shaky do Hussein Al Jasmi a pedido da Semíramos Lins.


Al Shaky - O Autor

Ela disse que passou as noites lutando contra o sono
O sono a vencerá, não importa o quanto ela espere
Ela se mantém rezando e ele vem por dentro de sua mente
E suas palavras rumam para as mentes mais orgulhosas

Sou o autor, o criador, o sensitivo
Sou o único que abaixa a cabeça para o amor
E minha cabeça não se abaixa para mais nada, só para o amor
E quantos por aí são cruéis com o amor?

Ela disse que passou as noites lutando contra o sono
O sono a vencerá, não importa o quanto ela espere
Ela se mantém rezando e ele vem por dentro de sua mente
E suas palavras rumam para as mentes mais orgulhosas

O seu amor me trouxe problemas, o seu amor está em meu coração
Minha querida, aquela que possui minha alma e meu sentimento
Eu a amo com um amor puro, não há amor como esse
E o sentimento dela e o meu sentimento aumentam meu amor

Ela disse que passou as noites lutando contra o sono
O sono a vencerá, não importa o quanto ela espere
Ela se mantém rezando e ele vem por dentro de sua mente
E suas palavras rumam para as mentes mais orgulhosas

Aquele que descreve as pessoas diz: as pessoas são diferentes
O que Ele diz é verdade
A janela do Criador mostra muito de algumas pessoas

Ela disse que passou as noites lutando contra o sono
O sono a vencerá, não importa o quanto ela espere
Ela se mantém rezando e ele vem por dentro de sua mente
E suas palavras rumam para as mentes mais orgulhosas

Letra:

يقول اللي قضه ليله حريب انعاس
ygol elly getha layla 7reeb en3as
جفاه النوم ما غفى بالأنعاسي
jefah el nwm ma ghefa bel an3asy
حني الهم بات في خاطره وسواس
7eny el ham bat fe khatera weswas
هو النادي تهدى شامخ الراسي
hwa el nady tehdy shamkh el rasy

يقول اللي قضه ليله حريب انعاس
ygol elly getha layla 7reeb en3as
جفاه النوم ما غفى بالأنعاسي
jefah el nwm ma ghefa bel an3asy
حني الهم بات في خاطره وسواس
7eny el ham bat fe khatera weswas
هو النادي تهدى شامخ الراسي
hwa el nady tehdy shamkh el rasy

انا الشاكي انا الباكي انا الحساس
ana el shaky ana el baky ana el 7assas
انا اللي فالمحبه خاضع راسي
ana elly fel ma7aba khade3an rasee
وانا الغير المحبه ما خضعت الراس
w ana el ghair el ma7aba ma kheda3t el ras
وكم في كم غيري فالهور جاسي
w kam fee kam ghairy fel hawa gasy

انا الشاكي انا الباكي انا الحساس
ana el shaky ana el baky ana el 7assas
انا اللي فالمحبه خاضع راسي
ana elly fel ma7aba khade3an rasee
وانا الغير المحبه ما خضعت الراس
w ana el ghair el ma7aba ma kheda3t el ras
وكم في كم غيري فالهور جاسي
w kam fee kam ghairy fel hawa gasy

يقول اللي قضه ليله حريب انعاس
ygol elly getha layla 7reeb en3as
جفاه النوم ما غفى بالأنعاسي
jefah el nwm ma ghefa bel an3asy
حني الهم بات في خاطره وسواس
7eny el ham bat fe khatera weswas
هو النادي تهدى شامخ الراسي
hwa el nady tehdy shamkh el rasy

بلاني بلاني حبه من فالقلب حب احساس
belany belany 7oba men fel galb 7ob e7sas
حبيبي ممتلك روحي مع احساسي
habiby memtelk rou7i m3 e7sasy
احبه حب صافي ما وراه اخلاص
a7ba 7ob safee ma warah ekhlas
واشاوقنا شوقي سيد وماسي
w eshawagna shogy sayd w masy

بلاني بلاني حبه من فالقلب حب احساس
belany belany 7oba men fel galb 7ob e7sas
حبيبي ممتلك روحي مع احساسي
habiby memtelk rou7i m3 e7sasy
احبه حب صافي ما وراه اخلاص
a7ba 7ob safee ma warah ekhlas
واشاوقنا شوقي سيد وماسي
w eshawagna shogy sayd w masy

يقول اللي قضه ليله حريب انعاس
ygol elly getha layla 7reeb en3as
جفاه النوم ما غفى بالأنعاسي
jefah el nwm ma ghefa bel an3asy
حني الهم بات في خاطره وسواس
7eny el ham bat fe khatera weswas
هو النادي تهدى شامخ الراسي
hwa el nady tehdy shamkh el rasy

يقول اللي وصف الناس ناس اجناس
ygol elly wesaf el nas nas ejnas
صدق وصفه وراعي الوصف حساسي
sedag wasfa w ra3y el wasf 7sasy
تجلى حكمه بالخالج ببعض الناس
tejala 7ekma bel khaleg beba3d el nas
وسبحان الذي فنج بالأجناسي
w sob7an el lathy fenj bel ajnasy


يقول اللي وصف الناس ناس اجناس
ygol elly wesaf el nas nas ejnas
صدق وصفه وراعي الوصف حساسي
sedag wasfa w ra3y el wasf 7sasy
تجلى حكمه بالخالج ببعض الناس
tejala 7ekma bel khaleg beba3d el nas
وسبحان الذي فنج بالأجناسي
w sob7an el lathy fenj bel ajnasy

سبحانه
sob7ana
يقول اللي قضه ليله حريب انعاس
ygol elly getha layla 7reeb en3as
جفاه النوم ما غفى بالأنعاسي
jefah el nwm ma ghefa bel an3asy
حني الهم بات في خاطره وسواس
7eny el ham bat fe khatera weswas
هو النادي تهدى شامخ الراسي
hwa el nady tehdy shamkh el rasy

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tradução: Wayah

Tradução da música Wayah de Amr Diab.



Wayah - Com ela

Isso é o que eu sempre quis
Uma chance de tê-la junto a mim
Por que eu desperdiçaria a chance de uma vida inteira?
Nem pensar

Ela está olhando nos meus olhos
Isso é mais do que eu já sonhei um dia
Este é o dia pelo qual eu estava esperando
Então eu poderia dizer...

Com ela
A vida vai ser mais doce ao seu lado
É por isso que tenho esperado
E quando eu a vejo, sinto
Que ela é a pessoa mais linda e especial
Ela fez meu coração me dizer "é isso, fique tranquilo, nós a encontramos"

Sim, eu vou dizer de novo e de novo
Ela está aqui ao meu lado, não está longe
Meu coração está tão feliz, é como se fosse um dia especial
Esperando por ela

Vamos lá, chegou a hora
Eu não vou esperar mais um dia
Tenho que dizer a ela que meus olhos não deixam de olhá-la há muito tempo

Letra:

da elli kan nefsi fih
lo tigi sodfah tigma'ni bih
forsat omri adaya'ha leyh, mish ma'oul
eyni oddam eynah
Tda aktar min elli halamt bih
da elyom elli ana mestanneyh alashan aqoul
weyyah el hayat
howwa da elli ana betmannah
welli eyni shayfah
ihsasi ana ahla we aghla elnas
khalli albi yequl ghalas ahdi ba'ai leqinah
aywah haqul wa'eyd maho baqa ganbi we mish ba'id
farhet qalbi kanet 'eid mestanni
yalla aho ga el alwan mish hatensa elyom kaman
lazim aqul ana min zaman 'eyni 'aleyh
weyyah el hayah hatehla wana ma'ah
howwa da elli ana betmennah
welli 'eyni shayfah
ihsasi ana ahla we aghla elnas
khalli qalbi beyqul khalas , ihda baqa leqinah

domingo, 1 de novembro de 2009

Tradução: Akhasmak Ah

Tradução da música Akhasmak Ah da Nancy Ajram a pedido de Aline Silva Guimarães.


Akhasmak Ah - Vou te irritar, sim

Vou te irritar, sim
Vou te deixar, não
Dentro de minha alma você permanece, meu querido, porque estou apaixonada por você
Eu te amo, sim
E te deixo, não
Seu amor me conquistou, meu querido, não posso te esquecer nem por um dia.
Você é meu querido e minha esperança, quem me fez ficar caidinha
E você realmente está criando muitos problemas por causa do meu amor...

Se você concordar, vou te paquerar, sou insistente com seu amor
E logo vou me compadecer de você e vamos fazer as pazes, oh meu querido, e vou pedir seu reconhecimento
Você é meu querido e minha esperança, quem me fez ficar caidinha

E você realmente está criando muitos problemas por causa do meu amor...
Vou te irritar, sim
Vou te deixar, não
Dentro de minha alma você permanece, meu querido, porque estou apaixonada por você
Eu te amo, sim
E te deixo, não

Seu amor me conquistou, meu querido, não posso te esquecer nem por um dia.
Eu não tenho nenhum ganho com seu amor, minha vida é como uma noite
Eu não me distanciarei
Pois a vida sem você é impossível
E noite a noite minha compaixão por você aumenta

Você é meu querido e minha esperança, quem me fez ficar caidinha
E você realmente está criando muitos problemas por causa do meu amor...

Vou te irritar, sim
Vou te deixar, não
Dentro de minha alma você permanece, meu querido, porque estou apaixonada por você
Eu te amo, sim
E te deixo, não

Seu amor me conquistou, meu querido, não posso te esquecer nem por um dia.
Ahh, deixo você, não, ahh, ahh
Não, vou te irritar, sim... Não...

Letra:

Akhasmak Ah, ah, Aseebak, la
Wi gowah ilroah hatifdhal habeebi illi ana bah-waah
Bahibbak ah, Wa afarkak, la
Malakni hawak wala akdar habeebi if yoam ansaak
Dah inta habeebi wi monaya illi dawibni
Wi inta illi bardo a'an hawaya be-yita'ibni
x2

In kan a'alaik ba-sook dalaali wi yikh-tor bibaali aa'anaid hawak
Lakain awam bahinni tani wa salhak ya ghaali we batlob ridhaak
x2

Inta habeebi wa monaya illi dawibni.
Wi inta illi bardo a'an hawaya be-yita'ibni
x2

Akhasmak ah (ah ah), Aseebak, la, (la...)
Wi gowah ilroah hatifdhal habeebi illi ana bah-waah
Bahibbak ah, Wa afarkak, la
Malakni hawak wala akdar habeebi if yoam ansaak

Bihobbak inta maali heelah wi a'omri fi laiyla ma ha iba'aid bia'eid.
Wil dounya baa'dak mostahilaih we laylaih, fi laylaih haneeni ye zeed
x2

Dah inta habeebi wi monaya illi dawabni
Wi inta illi bardo a'an hawaya be-yita'ibni
x2

ah, Aseebak, la
Wi gowah ilroah hatifdhal habeebi illi ana bah-waah
Bahibbak ah, Wa afarkak, la
Malakni hawak wala akdar habeebi if yoam ansaak
(Ah) Aseebak, la (ah ah)
La ah la..

sábado, 31 de outubro de 2009

Instrumentos Musicais: Derbake

Música árabe sem derbake? Até existe, mas o som deste instrumento é a essência de uma música árabe, ao menos para nossos ouvidos ocidentais!

Este instrumento proveniente do Oriente Médio (alguns dizem que do período neolítico!), possui variações de nomes e de estrutura dependendo da região e do país em que se situa. Segundo o derbakista Pedro Françolin, por exemplo, derbake, derbak, durbak ou dirbakki são nomes utilizados na Síria, Jordânia, Líbano e Palestina. Já Tabla é o nome egípcio, sendo um instrumento semelhante ao derbake. Na Turquia seu nome é Darbuka, também diferente do derbake original em sua estrutura, por ter aros e parafusos de afinação em seu interior; e por fim, no Iraque, ele é o Dunbug ou "tabla iraquiana", que diferentemente dos demais que possuem 15 cm de comprimento de pele, ele possui 3 cm, servindo para entoar o soudi, ritmo tradicional iraquiano.

O derbake pode ter o corpo de madeira, barro ou madrepérola. Os primeiros são os tradicionais, forrados com pele de animais, entretanto esse tipo de pele possuía o inconveniente de necessitar aquecer o instrumento para afiná-lo quando o clima estava frio. Hoje existem derbakes com forro de pele artificial de nylon ou então com estrutura de alumínio, ainda assim é possível encontrar com pele de carneiro ou de peixe.

Cada região do derbake é específica para um som: DUM é no centro, TA ainda é na pele, mas no canto, e o KA é no corpo, na borda, seu som precisa ser o mais estridente. O derbake, como todo instrumento de percussão, é quem dá o ritmo da música, essencialmente todo derbakista deve conhecer os ritmos, mas ele também pode florear, isto é, entre uma frase e outra, o derbakista pode inovar com frases mais elaboradas, alterar o tempo da batida e até mesmo inserir batidas sem se atrelar a qualquer ritmo.

Quando a dançarina está num solo de derbake, ela e o derbakista precisam ter uma conexão, algo como "pergunta e resposta". O ritmo que o derbakista "produzir" precisa ser interpretado pela bailarina, e eles podem tanto estar em sintonia como estarem se confrontando. Eu digo isso porque já vi muitas bailarinas sendo realmente "desafiadas" num solo de derbake! Como minha professora dizia: "Se o derbakista não for com a sua cara, você está 'perdida'!" (não exatamente com essa palavra...)." O que ele tocar deverá ser automaticamente lido, então ele pode desafiar a bailarina com as nuances e os ritmos mais escabrosos. Para não passar por um momento "no limite", é bom conhecer os ritmos para saber identificá-los e dançá-los corretamente, assim como ter calma e saber "disfarçar" com aquela tremidinha lenta básica ou uma paradinha charmosa quando o ritmo não estiver evidente, ou for um floreio. Nada de cara de "ai meu Deus", o sorriso dá a impressão que você está linda, leve e solta, mesmo que esteja querendo esganar o derbakista.

Aqui abaixo o derbakista Joussef Bichara em um solo extremamente floreado. Tentem dançar ouvindo o vídeo pela primeira vez, e percebam se o ouvido de vocês está afiado nos ritmos e nos floreios! Boa Sorte!



E claro! La diosa: Saida! Abalando no solo de derbake!

Ritmos: Falahi

O Falahi (ou Felahim) é um ritmo egípcio, que segundo a dançarina Hayat el Helwa, provém de uma espécie de confraternização dos camponeses egípcios, quando iam preparar a terra para a colheita. Este ritmo é uma variação acelerada do Maqsum, e pensando um pouco com este exemplo da Hayat, provavelmente começaram tocando Maqsum, e na empolgação transformaram num ritmo novo: o Falahi (viagem de Celia, pelo amor de Deus, não é nada científico! ^^).

O Falahi segue a estrutura 2/4: DUM TA TA DUM TA. Ele está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbake e especialmente para compor o folclore Ghawazee e o próprio folclore Falahi. Nas músicas clássicas e nos solos de derbake, este ritmo surge para acelerar a performance, e no folclore... Bem, no folclore é mais específico!

No folclore Ghawaaze, praticamente ele é a base da música, assim também como no Falahi Folclórico, este possuindo ainda variações, como a dança das flores, a dança do jarro e a dança dos pescadores Muitas dançarinas veem esses dois folclores como um só, o que seria no final Ghawazee com jarro ou Ghawaaze com flores, mas quando pensamos nas origens de cada povo, não faz lá muito sentido: Ghawaaze são ciganos originários da Índia e Falahim são camponeses egípcios! Não que isso impeça de uma ghawaaze dançar com flores ou o jarro, mas se focarmos na origem do ritmo com a origem do folclore, temos dois estilos diferentes. Mas isso fica para um post sobre folclore!

O ritmo Falahi tem uma batida marcante, o que quero dizer com isso: ao ouví-lo, por mais que andemos ou façamos movimentos elaborados com os braços, nosso corpo sempre se conecta ao acento do ritmo, seja pela marcação com os quadris ou com as pernas. Então, não o ignore!!

Para exemplificar este ritmo uma só música em dois vídeos: a primeira é um grupo feminino dançando a Dança do Jarro, e o segundo é um grupo egípcio com três homens e uma mulher dançando o Falahi "puro". Masha Allah! (O nome da música é Halawa).


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