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terça-feira, 12 de maio de 2009

Shahira Burkan

De Ribeirão Preto, Shahira Burkan tem uma história de paixão e de grande envolvimento com a dança.

Bailarina clássica desde os 6 anos de idade, iniciou os estudos na dança do ventre aos 28 anos. Ela já recebia apoio do pai, integrante da Sociedade Cultural Árabe Brasileira de sua cidade, desde os 15 anos para ingressar na dança do ventre em São Paulo, mas este debut foi adiado, sendo em homenagem a ele que Shahira iniciou seus estudos.

Além da dança do ventre, Shahira é formada em jazz, balé, sapateado americano, tendo já estudado Contemporâneo, Lambada, Sapateado Flamenco, Dança Afro-Brasileira, Danças Circulares Sagradas e Folclore Árabe Turco.

Ela é fundadora e diretora da Cia Yesim de Danças Orientais Árabes proveniente de sua escola de dança, a Jade Centro Cultural Árabe, realizando shows desde os dois primeiros meses de existência! É também diretora da Cia Najmat El Shark Professional Bellydancer Group, ministrando ainda aulas de tribal e promovendo workshops em sua cidade.

Tabu: Gordinhas na Dança do Ventre

Muito bem, para este tema temos os dois lados da moeda! Primeiro: dança do ventre é feita para mulheres gordinhas. Segundo: dança do ventre não combina com mulheres gordinhas. Afinal, qual dos dois lados simetricamente opostos está com a razão? Pois é, nenhum dos dois! Dããã, ninguém sabia! Ok, mas vamos às explicações para poder nos defender das perguntas capciosas sobre nosso hobby...

Da onde veio a ideia que a dança do ventre é para as gordinhas? Eu acredito que seja por causa da suposta preferência dos "árabes" pelas mulheres cheinhas, fazendo com que algumas pessoas confundam esse "gosto" com o direcionamento da dança do ventre. De qualquer maneira, se ele prefere se casar com uma mulher mais cheinha, então esse não é o padrão que vê mais frequentemente pelos shows do Cairo, nos concursos de dança da televisão libanesa e das próprias dançarinas brasileiras exportadas para lá. Fato é que a dança do ventre é para a mulher, gorda ou magra, ela é uma arte da sensualidade feminina. Já vi movimentos tão bonitos em mulheres magras quanto em gordas, não foi aquela gordurinha marota que fez o movimento ficar perfeito!

Dança do ventre não combina com as gordinhas? Bem, infelizmente isso é uma questão de estética, e está muito mais arraigada a um consenso cultural do que a realmente uma inaptidão à dança. Eu como gordinha sei o quanto fui discriminada por naquele shimmy maravilhoso estar sendo avaliado pelos pneuzinhos saltitantes, e não pela dança. Para isso tem solução também: tapa-barriga, para quem não tem o abdomên definido - uso e recomendo! - mas levando o assunto um pouco mais sério, a desmistificação deste tabu não virá da audiência, mas das próprias bailarinas. Como? Quantas meninas não são praticamente pressionadas a emagrecer por suas professoras (eu sei, eu já vi), e acreditam mesmo que sua qualidade como dançarina é inferior por não ter o corpo esquálido ansiado por uma mídia que não enxerga pessoas, e sim produtos? Somos nós mesmas que criamos e fomentamos esse preconceito.

Para quem não conhecia, fica o exemplo de uma dançarina que superou essas expectativas que se encontram fora do nosso corpo, exteriores a nossa identidade, dançando e encantando a todos independente de uma forma física perfeita! Ela com certeza acredita nela mesma! Com vocês, Shahira Burkan!

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