sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012


Obrigada a todas que continuaram nos prestigiando em 2011!! Desejo a todas um Feliz 2012 com muitos shimmies! XD

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Lendas do Oriente: Aladim e a Lâmpada Maravilhosa

Começamos hoje uma série de posts que contam um pouco do significado e da história de alguns dos símbolos e lendas que evocam imagens do Oriente Médio. Estamos falando de lâmpadas, gênios, esfinges, fênix, serpentes, dentre outros. A maioria das pessoas é capaz de reconhecer facilmente essas imagens, mas não conhece o significado e a história da cultura que lhes deu origem. Tais símbolos são muitas vezes relacionados e representados juntos à Dança da Ventre, visto que possuem um berço comum.

Falemos hoje de lendas. A primeira delas é Aladim e a Lâmpada Maravilhosa. Espero que gostem.


Bases

A imagem que conhecemos hoje de Aladim e sua Lâmpada Mágica vem do conhecido livro As mil e uma noites, uma coleção de histórias e contos populares originárias do folclore indiano, persa e árabe compiladas a partir do século IX. A obra é, aliás, tema de um dos posts que estamos preparando para mais adiante (aguardem!).

Como a maior parte dos contos populares, as origens de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa são incertas. A sua inserção no livro As mil e uma noites, no entanto, foi feita pelo tradutor francês da obra, Antoine Galland, o qual ouvira a história de um contador sírio chamado Hanna Diab.

Ainda que Aladim seja um conto do Oriente Médio, a história original se passa na China. O próprio Aladim é explicitamente chinês. No entanto, a "China" da história é um país islâmico, onde a maioria das pessoas é muçulmana. Existe até um comerciante judeu, que compra algumas louças de Aladim, mas não há menção alguma sobre budistas ou confucionistas. Todos os personagens possuem nome árabe e o monarca do país se parece mais com um governante muçulmano do que com um imperador chinês. Alguns estudiosos acreditam que isso sugira que a história se passe no Turquestão (que compreende a Ásia Central e a moderna província chinesa de Xinjiang).

Para um narrador que desconhecia a existência da América, a "China" de Aladim representaria o "Extremo Ocidente", enquanto Magrebe, a terra natal do feiticeiro do conto, seria o "Extremo Oriente". No começo da história, o feiticeiro está se empenhando para fazer uma longa viagem, a mais longa viagem segundo a percepção de mundo do narrador, o que enfatiza ainda mais a determinação dessa personagem para encontrar a lâmpada devido ao incrível valor do objeto.

Quem era ou ainda é fã dos desenhos da Disney, como eu, conhece muito bem a história de Aladim. Eu já perdi a conta de quantas vezes assisti ao filme. Não exatamente por vontade própria, mas porque a minha irmã, Celia, já demonstrava desde essa época a paixão por tudo que era ligado ao Oriente Médio. Então, adivinhem: ela assistia ao filme da Disney quase todos os dias! Não que eu esteja reclamando. Afinal, quem ainda não viu não sabe o que está perdendo: uma das coisas que a Disney soube fazer como ninguém foi recontar essa lenda e, para isso, misturou cor, romance, humor e muita música, incluindo aquela do Robin Williams que não sai da minha cabeça desde que comecei a escrever este post. Antes de prosseguir, ouça a música no vídeo abaixo. Você vai ver como ela gruda na cabeça.


Agora que já entramos no clima, você está pronto para ouvir (ler) de novo a história de Aladim. Mas dessa vez, vamos nos aprofundar um pouco mais.

Sinopse

Aladim, um jovem pobre e malandro de uma cidade chinesa, é recrutado por um feiticeiro de Magrebe. Passando-se pelo irmão do falecido pai de Aladim, o esperto feiticeiro convence o rapaz e sua mãe de suas boas intenções ao demonstrar o desejo de criar o menino como rico mercador.

A intenção do feiticeiro é, na verdade, convencer o jovem a buscar uma lâmpada maravilhosa numa carverna mágica e repleta de armadilhas. Após ser enganado pelo bruxo, Aladim acaba preso na caverna. Felizmente, Aladim possui um anel mágico emprestado pelo feiticeiro. Quando o rapaz esfrega as mãos, num gesto de desespero, esfrega também o anel, fazendo aparecer um gênio, que o leva à casa de sua mãe. Aladim ainda segura a lâmpada quando sua mãe tenta limpá-la e, nesse momento, um segundo gênio, muito mais poderoso, aparece, o qual é obrigado a conceder desejos à pessoa que está segurando a lâmpada mágica. Com a ajuda do Gênio da Lâmpada, Aladim se torna rico e poderoso e se casa com a Princesa Badroulbadour, filha do Imperador. O nome "Badroulbadour" (badru l-budur), aliás, significa "lua cheia" em persa. A lua cheia é uma metáfora muito usada no livro As mil e uma noites para descrever a beleza feminina. Continuando a história, o Gênio constrói para Aladim um grande palácio - ainda mais maravilhoso do que o do próprio Imperador.

Neste ponto, o feiticeiro retorna e consegue por as mãos na lâmpada, depois de enganar a Princesa Badroulbadour, que desconhecia a importância do objeto e o troca por outra lâmpada. Ele ordena que o Gênio da Lâmpada transfira o palácio de Aladim para sua terra, Magrebe. Felizmente, Aladim ainda possui o anel mágico e consegue chamar o Gênio menos poderoso. Ainda que o Gênio do Anel não possa desfazer nenhum dos pedidos realizados pelo Gênio da Lâmpada, ele consegue transportar Aladim para Magrebe e o ajuda a resgatar sua esposa e a lâmpada e a destruir o feiticeiro.

O irmão do feiticeiro, mau e muito mais poderoso, tenta se vingar de Aladim disfarçando-se como uma velha curandeira. Badroulbadour cai na armadilha e convida a "mulher" para viver em seu palácio, sendo-lhe útil em caso de doenças. Aladim é alertado do perigo pelo Gênio da Lâmpada e mata o impostor. Todos vivem felizes para sempre, com Aladim sucedendo, mais tarde, o trono de seu sogro.

Os Gênios

Gênios ou Djins (emboras as duas palavras possuam origens diferentes) são criaturas sobrenaturais do folclore árabe e dos ensinamentos islâmicos que ocupariam um mundo paralelo ao da humanidade.

Segundo a mitologia, os Djins são criaturas feitas de "fogo sem fumaça" por Allah (numa referência ao vento escaldante do deserto da Arábia), que teriam sido criadas dois mil anos antes da criação do homem. Dotados de livre arbítrio, recusaram-se a se prostar diante de Adão, liderados pelo orgulhoso Iblis. Por desobedecer Deus, Iblis foi expulso do paraíso junto aos demais Djins e passou a ser chamado de Satã (ou Satanás).

Os Djins são geralmente invisíveis aos olhos humanos, mas os humanos também não aparecem claramente para os Djins. Essas criaturas teriam o poder de viajar longas distâncias a uma rápida velocidade e viveriam em lugares remotos, montanhas, mares, árvores e no ar, em suas próprias comunidades.

As histórias de Gênios são encontradas em vários países de cultura muçulmana. Muitas dessas lendas descrevem os Gênios como sendo de ambos gêneros, feminino e masculino, e se vestindo com coletes, túnicas e faixas.

Embora alguns acreditem que os Gênios possam ajudar os seres humanos quando lhes é conveniente, a literatura e o folclore geralmente os retratam como seres que se divertem em punir os homens por quaisquer atos que considerem nocivos. Dessa forma, muitas moléstias e acidentes são atribuídos à obra de Djins. No entanto, acreditava-se que quem conhecesse as artimanhas necessárias para se lidar com os Gênios, poderia utilizá-los em causa própria ou prender essas criaturas em anéis, lâmpadas ou garrafas especiais. O maior dom de um gênio, no entanto, seria o de influenciar o comportamento das pessoas, sussurrando pensamentos em seus ouvidos.

O livro As mil e uma noites cita vários tipos de Gênios, como os Ghul, os Ifrit, os Si'la e os Marid. Os Ifrit seriam os mais fortes, enquanto os Marid estariam ligados aos mares e oceanos. Em um dos contos do livro, há uma narrativa a respeito de um príncipe que é atacado por piratas e se refugia junto a um lenhador. O príncipe encontra uma câmara subterrânea na floresta, a qual o leva a uma bela mulher que havia sido raptada por um Ifrit. O jovem dorme com a mulher e ambos são atacados pelo ciumento gênio, que transforma o príncipe em um macaco. Mais tarde, uma princesa devolve ao príncipe sua forma original e luta arduamente com o Ifrit, que se transforma em vários animas, frutas e fogo, até ser reduzido a cinzas.

Os Gênios foram ainda muito recriados em produções da cultura ocidental, como no caso dos filmes Aladdin e Shazzan. E quem não se lembra de Bárbara Eden no seriado "Jeannie é um Gênio"? Jeannie era um gênio super atrapalhado e ao mesmo tempo apaixonada pelo Capitão Nelson, que a havia encontrado numa ilha, dentro de uma garrafa.



Impossível de esquecer a trilha sonora também. :)


Os Djins também foram tema de alguns episódios da série Supernatural (eu não podia deixar de falar disso aqui, já que sou fã incondicional dessa série!). Em um deles, Dean (Jensen Ackles) caça um gênio que não concedia desejos propriamente ditos. Ao invés disso, fazia com que suas vítimas dormissem profundamente e lhes dava um sonho no qual seus grandes desejos se realizavam.


A Lâmpada


O uso de lâmpadas a óleo é comum em muitas culturas há milhares de anos. Eram, em geral, utilizadas para a iluminação doméstica mas seu uso também tinha propósitos religiosos, ritualísticos e fúnebres.

Na Índia, durante o período védico, o fogo era sempre mantido aceso nas casas e levado junto às pessoas enquanto estas migravam de um lugar para outro. Mais tarde, a presença do fogo numa casa ou construção religiosa foi assegurada pelas lâmpadas a óleo. Ao longo dos anos, vários rituais e costumes foram sendo realizados continuamente em torno desses objetos.

Mas segunda a crença, os Gênios podiam habitar qualquer objeto inanimado como pedras, garrafas vazias, árvores e ruínas.
Embora algumas lendas do Oriente não estejam diretamente ligadas à Dança do Ventre, achamos válido trazer essa série de posts porque acreditamos que todos que se interessam verdadeiramente por essa arte deveriam se aprofundar seriamente na cultura em que ela está inserida. E quem sabe as lendas sobre gênios, lâmpadas e a história de Aladim ainda não lhe rendem ideias para uma coreografia super inspirada? Logo abaixo um vídeo do belíssimo espetáculo de Dança do Ventre "Aladdin - Uma história de amor".



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A Vergonha e a Dança do Ventre

O post de hoje é direcionado para quem não pratica dança do ventre. Rotineiramente, ouço a frase clássica: “Ai, eu acho lindo dança do ventre, mas eu não faço porque sou gordinha/tenho barriga”. Apesar da minha propaganda positiva e tentativa de convencimento de que isso não tem nada a ver, segue-se deste comentário mil desculpas para a não prática da dança. Essas desculpas, às vezes, me fazem pensar que na realidade a pessoa não quer dançar, ela só demonstrou uma admiração. Sabe quando você acha liiindoo uma ginasta dando aquelas piruetas? Ou acha um máximo o estilo da Beyoncé/Rihanna/sei lá mais quem? Então, você admira, mas não busca aquelas coisas pra sua vida. Contudo, tem uma diferença entre estes exemplos e a dança do ventre.
Falando sério, a dança do ventre não é nenhum bicho de sete cabeças. Ela é bem acessível às variadas idades, corpos, mentes, etc. Mesmo que aquele comentário tenha sido só a expressão de uma admiração, a verdade é que me assusta o fato dela nem conhecer a sensação de dançar e se interditar desta sensação por causa de um impedimento que é muito mais social do que pessoal, convenhamos. Se não fosse isso era bem capaz de ela estar se descobrindo neste exato momento na dança. E isto vale para toda "neura" que temos: seja por causa da altura, do peso, da idade, do peito pequeno, do peito grande, do cabelo, enfim... São muitas né?

Meu recado de fim de ano é: Se permita.
DANCE. Faça dança do ventre, conheça a dança do ventre. O que custa? É uma dança feita para te embelezar. Descubra a generosidade que a dança do ventre tem com você e com todas as mulheres que a praticam. Permita-se ser feliz e experimente. O ano tá acabando, 2012 vai começar. Que tal você finalmente viver para você? A única pessoa que está, esteve e estará junto de você durante sua vida toda é você mesma. Faça essa pessoa feliz, dê a ela oportunidade, preocupe-se com ela, pois esta sim é a pessoa que mais merece sua preocupação e não os outros. Pense: é a sociedade que impõe valores, ou é você que os aceita?

Para finalizar esse recado, fecharei com o vídeo mais bonito de dança do ventre que já assisti, no qual a beleza está em todos os momentos. Maria Aya dançando FELIZ na sua cozinha.
Update: Este post é muito importante para mim, pois realmente me entristece ouvir alguém desanimado com a dança do ventre por causa da suposta exposição que a modalidade "exige" e a relação das pessoas com seus corpos. Eu mesma fui uma espécie de "vítima" disso e acabei não contando no post. Vou dar meu breve testemunho e espero que isso sirva de incentivo: eu me interessei por dança do ventre através da Celia. Em nossas conversas informais, ela me convenceu de que a dança era pra todo mundo e que até "altonas desengonçadas", como eu, tinham chances e não iria ficar feio caso eu estivesse realmente interessada. Conforme meu interesse cresceu, ela me mostrou um vídeo da Ju Marconato (dos seus altos 1,80m) e um da Kahina, afirmando que eram dançarinas altas, como eu, e bem sucedidas no cenário bellydancer. Gostei, é lógico! Ver pessoas com os mesmos "defeitos" que você arrasando é um belo incentivo. Foi um pontapé forte pra que eu me libertasse e me inscrevesse de vez numa escola. Hoje, cá estou eu. A dança do ventre me ajudou com a auto-estima e já percebo algumas mudanças em mim. É claro que não superei todas as minhas neuras, nem era esse meu objetivo, mas ao menos na dança eu não ligo para nada em relação a minha beleza. Eu simplesmente fico bela com a dança, ou assim me sinto e é isso que importa, porque me faz feliz. Não esperava isso da dança do ventre. Meu desejo era só aprender a dançar porque a música mexia comigo e meu corpo não sabia responder aos sons. Sabia que dançar era ótimo, sempre gostei, mas ser constrangida sempre foi ruim também. Logo, compreendo o temor das pessoas em não quererem fazer papel de ridículo e tentarem fugir dos comentários maldosos, contudo, a realidade é que de fato a dança do ventre é feita para o belo e isso está além dos padrões, da moda. Tem a ver com essência. Então, faça um favor a você mesma. Se você gosta, encontre a verdadeira dança do ventre e depois me diga se aquele seu problema com a barriga, com a altura, ou com qualquer outra coisa, hoje ainda é um problema... Eu tenho certeza que você só vai poder voltar e dizer: "Você tinha razão".

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Primeiros Passos de Ana Claudia Borges

Ana Claudia Borges iniciou seus estudos de dança em 1999. Desde lá se aperfeiçoou nesta arte com nomes de peso como Lulu From Brazil, Jade el Jabel, Carlla Silveira, Soraia Zayed, só para citar alguns. Em 2002 venceu o Mercado Persa e em 2004 adquiriu o padrão de qualidade em dança do ventre pela Casa de Chá Khan el Khalili. Atualmente é bailarina do quadro "Noites do Harém", e participa da banca avaliadora do padrão de qualidade Khan el Khalili. É professora, bailarina, proprietária do Estúdio de Danças Ana Claudia Borges e organizadora do Festival de Dança do Ventre Ventremania que ocorre anualmente na cidade de São Paulo. Também possui o Selo de Excelência em dança do ventre pelo Oriente, Encanto e Magia. Em 2007 foi Campeã Mundial de Dança do Ventre, vencendo o festival "The nile Group", organizado por Aida Nour e realizado no Cairo. Tá bom ou quer mais? Vamos à entrevista desta maravilhosa bailarina.
Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Eu estudava piano e na escola teve um evento de artes e eu fui tocar piano e vi uma das alunas dançando dança do ventre. Fiquei encantada e fui procurar aulas após assistir a apresentação dela.
Como foram as primeiras aulas?
Desde as primeiras aulas queria aprender tudo rapidamente. O que lembro como aluna é que tinha uma certa dificuldade no aprendizado de alguns passos mas minha vontade de aprender era tanto que todos os dias eu tinha que dançar um pouco.
Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
Bom o passo que pra mim foi um dos piores foi o Surezake (chamado por algumas de soldadinho). O quadril não descia de jeito nenhum !!!!! E a coordenação também era bem difícil... principalmente no básico egípcio com chute. Sou uma pessoa muito tímida mas para dançar eu não tinha vergonha...não sei acho que a gente acaba encarnando a personagem e ai ficava mais fácil.

Uma história peculiar sua com a dança do ventre
Hum...eu sempre brinquei que sou gordinha...e ter barriga balançando todos acham horrível mas com a dança do ventre toda vez que minha barriga mexia todos achavam lindo....rs...
Um recado para quem está começando ou continua estudando.
Que continuem sempre treinando. A dança é uma arte em movimento e que está em constante transformação e não desistir nunca!

*Um antes e depois de Ana Claudia
Em 2004

Na Khan el Khalili em 2011

Visite o site da bailarina: http://www.anaclaudiaborges.com/

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ya Wad Ya Teel - Soad Hosny

Na última sexta-feira, dia 02, a Celia ministrou uma aula para a turma da sétima série do ISERJ, na Tijuca, Rio de Janeiro. O tema da aula, é claro, foi Cultura Árabe. Para ilustrar a diferença entre "árabe" e "muçulmano" e romper com tais estereótipos, a Celia legendou um clipe muito bacana da Soad Hosny, com a música Ya Wad Ya Teel, que faço questão de postar aqui.



Logo abaixo, outro vídeo feito pela Celia para mostrar aos alunos as várias faces da mulher árabe. Vejam que lindo:

sábado, 3 de dezembro de 2011

Tradução: Gafsa

Tradução da música Gafsa, da Natacha Atlas, a pedido da Mônica Santos.



Gafsa - Prisão

Os ventos do amor, de repente, começaram a soprar em minha mente
Mostrando-me a paz de meu amado
Você diz "retorne, minha preciosa
A separação é longa demais quando você está distante"

A impaciência de minha imaginação percorreu o vazio
E meu maior desejo é ser feliz
Você surgiu da mais alta torre
E disse algo estranho

Retorne, meu amor
Eu não tenho nenhum outro destino neste mundo
Você é o meu amor, mas não pode ser a minha escolhida

Oh, noite
Oh, meus olhos

É o fim

Letra:

Habet Riyahel Hobi fi bali
Tahdeeni Salam el habib
Tigouli ‘Erja3 ya Ghali
Ta3lel fourag wal il gharib'

Goulet Hayali “Sharadat Hali
Wa gounet manali sa3eed
Wa ttalet min bourja3 il 3ali
Wou Galet Kilamah Ghareeb

Erja3 ya Hobb
Mali fi dounya naseeb
Inta hobi lakin
Mish moumkin tkouni halali

Ah lel
Ya 3ayni, ya

Khalas

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Presentes para uma dançarina do ventre

A época dos presentes está chegando! Pensando nisso, selecionamos alguns possíveis presentes que agradariam qualquer Bellydancer! Se você tem uma amiga, namorada, parente que ama a dança do ventre, não tem como errar com algum dos itens abaixo.

Lenço de Quadril
Em geral, todas nós já temos um ou vários. Mas sempre queremos mais!! Mulher é um bicho consumista, baby, e existem tantas cores nesse mundo, não é verdade? E ainda tem os que são de canutilho, de miçanga, de moeda... Pode comprar! Esse cabe em variados bolsos, porque tem uns que você encontra na famosa 25 de março (SP) ou no SAARA (RJ) por 10, 20 reais. Tem também os que vendem nas academias de dança por 50, 80 reais e tem os egípcios que tem preços infinitos.

Bijuteria
Colares, pulseiras, tornozeleiras, brincos.. Se você quer comprar esse tipo de presente se atenha no seguinte requisito: tem que ser grande e brilhoso. Na verdade "grande" é algo meio subjetivo, sugiro então um meio termo pra não errar. Esse também cabe no bolso de variados perfis. Você pode passar na 25 de março ou no SAARA e achar coisas aceitáveis por 10, 20 reais.. Ou você pode dar uma investida e comprar algo de qualidade. Qualquer coisa com strass também não faz mal a ninguém.

Maquiagem
Precisa explicar? Como provavelmente ela já tem as coisas básicas, opte por coisas "diferentes". Um glitter, uma caneta delineadora, uma paleta de sombras com mil cores. Claro que você pode dar um kit de pincéis, um kit básico (blush, pó, base, corretivo, rímel)... Nunca é demais. Só tente comprar algo de qualidade aqui, pra não ferir a pele da presenteada. Os preços são muito variados. A Avon, Natura, O Boticário, Contém 1g são opções "fáceis" de localizar. Mas na internet existem vários sites com itens da Nyx, da MAC, da Sephora, Eyeko, que fazem sucesso entre as bellydancers (sobretudo batons, sombras, delineadores e rímeis, pode confiar). Se você souber o que ela tem e o que ela quer, ajuda! Dá uma investigada.

CDs e DVDs
Esses pra mim são presentes mais complexos. Você tem que saber o que ela já tem para não dar repetido! Além disso, CD hoje em dia é quase coisa do passado... Mas tem uns que não se encontra de jeito nenhum pra baixar na internet. Caso você seja muito próximo dela e ouça todos os dias ela reclamando daquele CD que só tem na importação, compre este já! DVD eu recomendo os lançamentos, porque é mais difícil de ela ter, ou então de alguma bailarina que ela goste muito. É bom checar antes de dar este tipo de presente. Você pode perguntar que tipo de movimento ela tem dificuldade e dar um DVD específico, como por exemplo um para braços, ou para movimentos lentos, deslocamentos, ritmos, etc. Ou ainda documentários sobre dançarinas lendárias da dança do ventre, shows e apresentações. Se ela for iniciante é mais fácil, pois com certeza não tem muitos e tem dificuldade com alguma coisa.

Véus
Ahhhhh quem não quer ganhar um véu de presente? Um véu de Seda? Pode ser da cor que for, é um ótimo presente. Só que eles são mais carinhos. Em geral, um véu de seda não sai por menos de 120 reais. Vendem nas escolas/academias de dança e na internet. A variedade é infinita, tanto de cores, como de tecidos e desenhos, formas: Fan Veils, Wings, Poi, Tradicional, enfim...

Lembrando que tudo isso você pode conseguir na internet também. Existem muitas lojas especializadas em vender todos esses itens. Agora perceba se sua amiga/namorada/parente dança "Dança do ventre Clássica" ou se ela dança "Tribal"!!! Não é tudo a mesma coisa e é legal dar uma pesquisada sobre o que cada tipo de dançarina usa mais. Mais uma vez a internet é nossa amiga. Joga no google que não tem erro. Agora é só se preprarar para os abraços, porque com qualquer um desses itens você deixará uma dançarina do ventre feliz.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Primeiros Passos de Esmeralda


Esmeralda dança desde os 4 anos. Durante dez anos sua paixão foi o Ballet Clássico. A Dança árabe surgiu em sua vida em 1999 quando iniciou seu estudos com Lúcia Nogueira. Desde então teve renomado mestres, nacionais e internacionais, durante sua trajetória como dançarina até culminar na sua participação no BellyDance® Brasil de Omar e Olga Naboulsi. De 2002 até 2010, Esmeralda dançou em diversos países árabes como Tunísia, Marrocos, Emirados Árabes, dentre outros e hoje, de volta ao Brasil, em comemoração aos dez anos de sua carreira, é a idealizadora e diretora do projeto DANCESMERALDA®, assim como do primeiro sapato especialmente desenvolvido para dança árabe no mundo que leva o mesmo nome do projeto. "Você já dançou hoje?" Não? Então leia a entrevista que Esmeralda nos concedeu e se entusiasme.
Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Assisti à primeira apresentação de Dança Árabe no meu aniversário de 16 anos e me apaixonei pela liberdade que a bailarina tinha de conduzir a dança. Naquele dia, eu escolhi a dança e acho que ela me escolheu também!
Como foram as primeiras aulas?
Minhas primeiras aulas foram ótimas! Acredito que fui meio pentelha porque queria todas as respostas, todas as informações! Tanto que fiz algumas aulas em grupo e parti para aulas particulares! Não era falta de noção de convivência social, era fome de dança!!! Era uma audácia muito engraçada...!

Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
Acredito que nunca tive uma dificuldade, no sentido técnico. Tive conflitos quando começei minha turnê pelos Países Árabes por questões culturais, distância familiar! Mas foi tudo de grande aprendizado, tudo superado, graças a Deus!
Uma história peculiar sua com a dança do ventre.
São tantas histórias... Eu digo que sou uma pessoa sarrista e acho que a vida me trata desta maneira também! Mas uma em especial aconteceu na Síria. O restaurante onde eu dançava era lindo de viver e tínhamos um chafariz no centro dele. A banda ficava numa espécie de coreto ao fundo. O palco não era pequeno mas não era espaçoso o suficiente para uma queda turca, então, tínhamos que faze-la na parte de baixo do palco (que também era reservada para a dança - um espaço mais próximo do público). A distância entre o coreto e o chafariz era maior que a profundidade do palco em si, mas mesmo assim, era apertadinha. E toda noite, lá estava eu, fazendo queda turca, com a cabeça em direção ao chafariz e agradecendo cada vez que levantava, por não ter estourado meus miolos! Era bem tenso! Risos! Os músicos chegaram a reclamar uma vez! Falaram: "Habibi Esme, você demorou pra cair hoje...!" e eu dizia: "Reclama não! Não é a sua cachola que corre perigo naquele chafariz!".
Um recado para quem está começando ou continua estudando.
Tenham sempre duas coisas bem claras na cabeça de vocês: a vontade de dançar e a razão pela qual você fará isso! Seja sincera com você e com a dança sobre suas intenções, porque cada caminho possui seus prós e contras e temos que conhecê-los, entendê-los e se assim quisermos, vencê-los! E aconteça o que acontecer, nunca culpe a dança. A dança quer o seu bem, ela quer ser propagada, aplaudida, renovada... Junto com você! Eu gosto de brincar que a dança é uma segunda pele. Ela estica, aperta, molda e protege quem a veste. Vista-a e seja muito feliz!
Um beijo grande, Esme.
*

"Esme" em 2007

E em 2011

Tenho certeza que agora você já dançou hoje!

domingo, 20 de novembro de 2011

Tradução: Lama Rah el Sabr

Tradução da música Lama Rah el Sabr da Nancy Ajram a pedido da Kelly Patricia Slavier.


Lama Rah el Sabr - Quando a Paciência o Deixou

Quando a paciência o deixou
Ele veio até nos buscando uma cura
Ele disse: "Veja que vida maravilhosa"
Essa vida maravilhosa é para quando vivermos juntos


Ai por minha confusão e tristeza
Ai de meu desejo por meu amante
Ai por ele ir e me fazer chorar
Ai pela felicidade que se esqueceu de mim
Ai da paciência, ai da paciência, ah!

Me desfiz em ciúmes, é um pouco confuso
Minhas noites duraram como um ano
Ele me perguntou o que estava errado
Eu o disse que estava sonhando com apenas uma abençoada noite

E ah, com felicidade ele me curou
E ah, com seus olhos ele me cobriu
Sim, ele veio até mim
Desejei sua paixão

E ai da paciência, ai! E ai da paciência, ai!
Vi a felicidade na ponta dos meus lábios
Reclamei da lágrima que havia sido reclamada
Eu disse: oh, amantes distantes
Distância novamente, como assim?

E ai de sua risada que me faz esquecer
Oh, seu sorriso é a companhia da minha insônia
Oh, se você tomasse meu fôlego
Ai da minha espera que me acompanha
Ai da paciência, ai! Ai da paciência, ai!

Letra:

lama rah el sabr meno
gana yesaal an dawaa
eli shofi ahla omr
ahla omr nkoon sawa

w ah men hirti ou tahzin
ou ah men shouei lel habibi
ah yebaad ou yebakini
ah men el farhi eli nasini
ah men sobr ah men sabr w ah!
Dobt ghira w hira moura

We leili atwal men sana
Eli:malek?
Oult:bahlem bass leila bel hana

W ahh bel far7a yedawini
W ahh be3younu yeghatini
W ahh w bkhatrou haygeeni
W bshoo2u yehaneeni

W ahh mel sabr ahhh, w ahh menel sabr, ahhh
Shoft elfar7a fo2 shafayfi
Yeshke dama3 eli eshtaka
Olt ahh ya 7abayb elba3d
Elba3d tani leh ba2a

W ahh ya abu da7ka nasaya
W ahh ya waneesa fi sahraya
W ahh law te2tof nesmaya
W ahh mel sho2 eli ma3aya
W ahh mel sabr ahh, w ahh mnel sabr ahh

Primeiros Passos de Zahra Li

Zahra Li iniciou seus estudos na dança do ventre em 2000, tornando-se profissional em 2008. Integra o grupo folclórico 1001 Noites ao lado de seu esposo Fabrício Dabke e juntos promovem eventos e shows, além de divulgar a dança de casal (Rakhsa), o derbake ao vivo e apresentações de Dabke em roda. Em 2010 conquistou o Selo de Qualidade Khan el Khalili e hoje integra o quadro das melhores bailarinas da Casa de Chá Egipcia. Nesse mesmo ano passou também para o quadro de bailarinas do Selo Oriental Lulu From Brazil. Atualmente Zahra Li é professora e coreógrafa da cia Zahra Bellydance. Ela nos concedeu uma entrevista gostosíssima sobre seu início na dança ventre. Aproveitem!
Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Já ouvi dizer que a dança nos escolhe e é verdade, mas em relação a essa arte fui pega de mansinho. Por incrível que pareça não foi às mil maravilhas meu primeiro contato com a dança do ventre. Eu era uma menina muito reclusa, fechada em meu mundo, estudava em colégio de freira e minha melhor amiga vizinha era de família árabe. Eu mantinha certo fascínio por aquela cultura diferente, que me instigava e eu achava essa minha amiga linda e com um trejeito que jamais me esqueceria...Mal poderia imaginar que anos mais tarde estaria realizando o ritual de cortejo árabe de seu próprio casamento e de sua irmã e primas também! Quando soube que abriu a modalidade dança do ventre em uma academia próxima de casa, no ano de 2000 senti uma vontade indescritível, pois no fundo buscava algo que me libertasse das amarras que sentia. No colégio de freira eu não podia nem falar que fazia, ou achariam que é pecado! No entanto eu sentia que precisava buscar um algo a mais em minha vida até então limitada. Porém, não fazia idéia de como essa dança seria a grande missão de minha vida. No início fazer a aula para mim era a quebra de um paradigma, então minha motivação só surgiu e foi aumentando com o tempo na medida que fui descobrindo nessa arte meu sentido de viver.
Como foram as primeiras aulas? Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
Meus primeiros passos foram literalmente desastrosos! Eu morria de vergonha e usava blusão largo na aula, mesmo sendo magérrima. Eu me sentia desajeitada olhando para o espelho e mais uma vez tinha uma amiga minha que dançava super desprendida e eu morria de inveja rs. Apesar disso desde a primeira apresentação eu chamava muita atenção. Lembro de uma apresentação feita em TV, em um programa da Band que fomos dançar com o grupo da minha primeira professora e quando vi no vídeo eu fazendo um camelo invertido todo torto quase entrei em depressão! Rs. Engraçado que quem me olha hoje acha que foi tudo muito fácil para mim ou que já nasci com inclinação, mas não, foi tortuoso meu caminho, na verdade a aceitação de mim mesma, sempre muito ansiosa acelerava demais os movimentos, tinha medo de me assumir, de me sentir sensual e pensarem que eu era vulgar. Meu negócio eram passos agitados que não davam tempo de pensar...Lento era algo que eu preferia pular... Só com o tempo fui me soltando, mas teve época que pensei em desistir, mas felizmente minha primeira professora não deixou e me pediu para refletir e continuar. E continuei, sem ela não chegaria aonde cheguei hoje! Fiz seis anos com ela e depois dei uma parada por conta da faculdade, época que iniciei meus estudos no flamenco, mas não me encontrei. Só em 2007 que voltei a abraçar dança do ventre, porém sob nova perspectiva, cresci rápido demais, pois já mais amadurecida conseguia pegar os passos bem mais fáceis e então começou o sonho de me profissionalizar. Penso que minha superação foi mais em relação à minha auto estima. Comecei a sentir que na dança árabe tinha algo de especial, que completava algo dentro de mim. Levei sete anos para perceber isso! Foi só com o desembrulhar da minha essência é que de um mês pro outro consegui crescer absurdamente. Em 2008 passei na prova do Sindicato de dança do ventre, em 2009 me consolidei como professora de dança e em 2010 fui aprovada no Selo de Qualidade Khan el Khalili, Casa de chá egípcia onde dançam algumas das melhores bailarinas do país e em 2011 adquiri o Selo de Qualidade em dança oriental Lulu From Brazil. Atualmente trabalho em uma tríade: professora, bailarina e produtora de danças árabes ao lado do meu noivo Fabrício Dabke, um grande incentivador e fomentador da minha arte. Sem esses requisitos não me veria aonde estou, foi mais que uma superação, foi e é uma descoberta constantemente.
Uma história peculiar sua com a dança do ventre.
Na época em que comecei a fazer aula de dança do ventre vendia nas bancas uma revista grande que vinha com cds de músicas árabes. Eu ia correndo pra casa, colocava o cd e dançava sozinha sem ninguém me ver. O nome dessa revista era Khan el Khalili. Folheava aquela revista colorida, cheia de bailarinas lindas, pareciam de outro mundo...Lembro-me de ver fotos do Jorge Sabongi, diretor e dono da casa de Chá e achava aquilo tudo coisa de filme. Jamais poderia imaginar que um dia estaria lá e seria dirigida por ele e na época a Lulu From Brazil aparecia em todas as revistas, como iria imaginar que seria minha professora por dois anos e obteria seu selo? Aquilo já era um sinal creio eu, mas não conseguia enxergar. Na verdade sequer pensava que isso tudo poderia ser possível, não sabia que existia uma pré-seleção e mesmo que soubesse preferia pensar que aquilo era algo impossível, distante, etéreo. Olhava as imagens, me imaginava lá, mas apenas como as adolescentes fazem quando assistem um filme ou ouvem uma música que mexe com sua imaginação. Comprei todas as edições. Muito engraçado que mais tarde tudo foi me levando pouco a pouco para esse sonho e tudo até que virou realidade! Agora imagina entrar na mesma casa e dançar nas mesmas salas que via na revista e achava ser coisa de outro mundo? Rs

Um recado para quem está começando ou continua estudando.
O maior incentivo que quero deixar é que jamais pensem que essa arte não lhes serve, pois assim como não percebi o quanto tinha a ver com a mesma, às vezes se olhar no espelho e não se gostar fazendo algum movimento não significa que não serve para ela. Com esforço, dedicação e disciplina se chega aonde quiser. Dificuldades no caminho sempre terão, mas resultado só se conquista com muita luta, persistência e altruísmo. Jamais cesse os estudos. Cada fase precisa de uma orientação diferente. Não se prenda a apenas uma professora, busque sempre novas fontes, informações, estilos e assim vá construindo o seu estilo próprio. Poderia falar N coisas aqui, mas além das que citei, uma imprescindível: procure não criticar ou ver apenas o ponto negativo de uma bailarina dançando. Imagine-se dançando a mesma música e veja se também não cometeria erros. Ter gratidão por nossos mestres é essencial, pois cada um de alguma forma contribuiu demais para seguirmos. Agradeço a todas minhas professoras e atuais alunas, pois vejo nelas minha razão na dança. Lutei, superei, cresci e não vejo mais sentido se isso não for compartilhado. Não vejo sentido em só dançar, preciso passar além, minha dança só tem sentido se ajudar outras pessoas a dançarem também e se encontrarem como eu me encontrei.

*

Muito legal, não é mesmo? Abaixo um antes e depois da Zahra Li.
2008
2011
No Festival Lumina-Qamar deste ano

Visite o site da Zahra Li: www.zahrali.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tradução: Ba7ebak We Adary

Tradução da música Ba7ebak We Adary da Madeleine Matar a pedido da Liliane Moreira.


Ba7ebak We Adary - Te Amo e Escondo Isso

Te amo e escondo isso
Noite e dia,
O que você está fazendo com meu coração?

Sua voz está me chamando
Esquecerei meu passado
O que farei de seu amor?

Seus olhos são queridos para mim
Meu coração está ferido
Mas seu piscar de olhos o curará

Eu te amo, oh minha noite (apelido carinhoso)
Noite que me faz ficar desperta
Até a lua não dorme

Eu e as noites
Sentimos sua falta, oh querido
Desde sempre fomos amantes

Você conquistou minha alma
E você disse: minhas feridas
Então me feriu mais e mais

Você me ama
Você me enlouqueceu
É difícil para mim acreditar em você

Escondo seus erros por você
Minha alma está em você
Desculpe, fazer com que você me perdesse

Seu amor é cura
Assim como o ar
E eu te amo enquanto eu viver

Você me ama
Você me enlouqueceu
Pensei que acreditava em você

Escondi seus erros
Minha alma é sua
Sim, eu quis fazer com que se interessasse

Entenda, por favor
Sinto saudade de você
Fale com seu coração
E faça-o entender

Se você é teimoso
Seu coração vai se desfazer com certeza
Com apenas um olhar eu o ensinarei

Vou combatê-lo
Vou torná-lo fraco
Assim seus olhos me saudarão

Letra:

Ba7ebak We Adary
Lely We Nahary
3amalty Le 2alby Eih

sotak nadany
neset zamany
2a3mel fe 7obak eih

3enek 7abayby
gara7etly 2alby
we romosh 3enek tedaweh

ba7ebak ya wely
sahart lely
7ata el 2amar sahran

ana we layaly
3osha2 ya 3'aly
3osha2 ba2alna zaman

malakt ro7y
we te2ol goro7y
egra7 kaman we kaman

ba7ebak we adary
lely we nahary
3amalty le 2alby eih

sotak nadany
neset zamany
2a3mel fe 7obak eih

3enek 7abayby
gara7etly 2alby
we romosh 3enek tedaweh

ba7ebak ya wely
sahart lely
7ata el 2amar sahran

ana we layaly
3osha2 ya 3'aly
3osha2 ba2alna zaman

malakt ro7y
we te2ol goro7y
egra7 kaman we kaman

bet7ebny
ganentny
we 3'asb 3any basada2ak

daret 3alek
we ro7y fek
ma3lehs asdy 2ashawa2ak sorry

3esh2ak dawa
2ad el hawa
we 2ad 3omry ba3sha2ak

bet7ebny
ganentny
we 3'asb 3any basada2ak

daret 3alek
we ro7y fek
ma3lehs asdy 2ashawa2ak

3esh2ak dawa
2ad el hawa
we 2ad 3omry ba3sha2ak

ba7ebak we adary
lely we nahary
3amalty le 2alby eih

sotak nadany
neset zamany
2a3mel fe 7obak eih

3enek 7abayby
gara7etly 2alby
we romosh 3enek tedaweh

efham ba2a
metshawa2a
kalemly 2albak fahemo


low kan 3aned
haydob aked
we benazra meny ha3alemo

we ha3'lebo
we ha3'alebo
3ashna 3oyono yesalemo

efham ba2a
metshawa2a
kalemly 2albak fahemo

low kan 3aned
haydob aked
we benazra meny ha3alemo

we ha3'lebo
we ha3'alebo
3ashna 3oyono yesalemo

ba7ebak ya wely
sahart lely
7ata el 2amar sahran

ana we layaly
3osha2 ya 3'aly
3osha2 ba2alna zaman

malakt ro7y
we te2ol goro7y
egra7 kaman we kaman

3amalty le 2alby eih
2a3mel fe 7obak eih
we romosh 3enek tedaweh

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Show: Noite Árabe com Tony Iayoun

Quer ouvir música árabe de qualidade? Não perca a oportunidade!

Um aperitivo pra vocês:

sábado, 5 de novembro de 2011

Ballet - o detalhe que faz a diferença

Recentemente, surgiu uma polêmica na internet em virtude de um movimento anti-ballet na dança do ventre. Alguns blogs se manisfestaram e no facebook também houve bastante comentários. Fiquei de espectadora da discussão e formei minha opinião a partir do que li. Uma opinião frágil, é claro, pois não estava baseada na vivência, mas somente no convencimento.

O texto de hoje é o resultado da reflexão sobre a discussão com a vivência de um workshop realizado com a Suheil, cujo tema foi "Técnicas do Ballet aplicadas à Dança do Ventre". Quando vi o tema do workshop não tive dúvidas, tinha que fazer. Suheil veio confirmar minha opinião: Qual o problema de aplicar a técnica clássica quando estamos falando de Dança do Ventre? Outras modalidades de dança fazem isso, e, melhor, outras culturas (leia-se países) utilizam a técnica do Ballet na Dança do Ventre sem descaracterizá-la.

Ter consciência do que está fazendo é o grande diferencial de uma dançarina para outra, é o detalhe que faz a diferença. A dança deve vir do coração? Claro. Mas, de que adianta você estar lá se movimentando apaixonadamente toda torta, sem postura, desorganizada espacialmente, se essa não era a intenção do seu coração? Seu coração imaginou uma coisa, mas você está fazendo outra. Seu público (seu pai, sua mãe, seu namorado, também estão inclusos nessa categoria) está percebendo e não está recebendo a mensagem que você quis transmitir. Tanto isso é verdade que você estuda dança do ventre. Você poderia ver uma dançarina e simplesmente imitá-la, mas você escolheu fazer aulas para aprender a correta movimentação que uma dançarina "do ventre" deve demonstrar, ou, ao menos, do que se espera de uma, com a finalidade de ao estar dançando fazer o melhor possível para que seu sentimento ao ouvir uma música se transforme numa projeção em "3D" no espaço através do seu corpo.

Suheil nos deu pequenos conhecimentos básicos do Ballet, mas que agregam muito para uma dança mais consciente. De onde deve partir o movimento, conhecimento básico do seu corpo para entender a postura certa, o eixo, os encaixes, como iniciar e terminar um movimento, enfim... Nem sempre isso é explicado e enfatizado em aula e os detalhes passam batidos. É por isso que aquele movimento que você se esforça todo dia pra sair, ainda não está 100% ou sai feio quando você vê suas fotos, ou sua filmagem, isso depois de quase 2, 3 anos de dança do ventre. Um dia você vai ter um estalo e lá pelo quinto, sexto ano dançando, essas coisas podem aparecer (ou não!!).

Por que não saber dessas pequenas preciosidades desde o início e praticá-las diariamente na sua rotina de exercícios? Você irá interiorizá-las e passará de movimentos desorganizados e desconexos para a dança do seu coração, aquela que você realmente almejava.

Não necessariamente você precisa de Ballet (ou qualquer outra dança) para dançar bem a Dança do Ventre, não é disto que estou tratando. Meu objetivo é apontar que a técnica do Ballet pode sim ser incorporada de uma maneira a potencializar a sua dança se assim você achar que é necessário. Que implicância é essa com uma técnica que só vem agregar conhecimento?

Agora, veja bem: Ballet é Ballet, Dança do Ventre é... Se você não faz um shimme, um oito, um redondo, na sua dança, então o que você está fazendo linda e bela lá só com aqueles developets, chassés e pivots? Utilizar uma técnica, vencer o preconceito na dança é uma coisa. Desrespeitar, descaracterizar, é outra. Os passos tem seus momentos musicais adequados. Utilizá-los com consciência não pode ser tão difícil assim, afinal seu coração não queria Dança do Ventre? Se joga nos camelos, no básico egípcio, troca de peso num tanlié e arrasa cheia de técnica, emoção e estilo.



Esse post não poderia ser feito sem a "ajuda" da Suheil. Ainda que ela não tenha escrito nada e que talvez o que eu tenha escrito não condiga 100% com o que ela nos proporcionou em seu workshop, já que absorvemos informações de acordo com quem somos e nossas vivências, sem ela esses pensamentos não estariam aqui. Além disso, não poderia deixar de falar que a Suheil merece mil elogios. Sua maneira de ensinar, os detalhes preciosos que ela não escondeu, a energia gostosa, ela é cheirosa, é solicita, divertida, criteriosa, enfim: façam aulas com a Suheil. É gente como a gente e é diva!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enta Omri (Dark Version)

Sim, você já deve ter ouvido todas as versões desse clássico de Oum Khaltoum. Mas, nesse clima de halloween, descobrimos a banda Khalas, da Palestina, com uma versão heavy metal de Enta Omri, nossa querida música romântica, sentimental e tudo o mais, com uns acordes bem diferentes e pesados.

Fica a dica aí para quem gosta de dançar Dark Fusion!


Ao vivo:

domingo, 30 de outubro de 2011

Dança do Ventre em Filmes: Kaf Al Amar


Lançado em Abril de 2011 no Festival de Cinema de Alexandria, Kaf Al Amar não é um filme sobre dança do ventre, é um filme sobre relações familiares estremecidas.

Do diretor egípcio Yusuf Khalid, o filme conta com a atriz Wafa Amer como a viúva Kamar, que após a morte de seu marido, seus cinco filhos se mudam para o Cairo, a fim de ganhar a vida. Com o tempo, sua saúde se deteriora e ela pede para rever seus filhos, mas morre antes de seu filho mais velho conseguir reunir seus irmãos.

O filho mais velho é interpretado por Khalid Salah, cujo personagem é um empreiteiro de construção antes de se tornar um traficante de armas. Sabri Fawaz interpreta o filho mais novo, Jawdat, um traficante de drogas em Alexandria. Hassan Raddad é o terceiro filho, vendedor de caldo de cana em uma loja em Ataba. O quarto filho, interpretado por Haitham, Ahmed Zaki, é um poeta e um artista que vive um romance com uma dançarina do ventre, interpretado por Huria Farghali. O ator Yassir Al-Masri representa o quinto filho, um verdureiro. Eu não sei exatamente qual é a temática do filme, mas me parece que fala sobre valores familiares, em como reunir novamente os irmãos com destinos tão diferentes.

A parte mais interessante do filme, para nós, fica por conta do filho artista Ahmed Zaki, que dança tanoura - dança de transe dos sufis - e de sua namorada, que é dançarina do ventre. O trailler mostra muitas cenas entre eles, e algumas imagens promocionais também aparecem com eles. Acho interessante para ver como a dança do ventre se insere na sociedade egípcia.

O trailler aqui embaixo:

Primeiros Passos de Nadja el Balady

Nadja el Balady é carioca e atua profissionalmente na dança árabe desde 1997. Além disso, possui graduação em Dança e sua formação passa por diversas modalidades da dança como o Ballet, Jazz, Dança Afro, Contemporânea, Dança Cigana, entre outras. Em 2004 conquistou o padrão de qualidade da Khan el Khalili. Desde 2005 vem se dedicando também ao Tribal, com um toque pessoal fudindo o orientalismo à corporeidade afro-brasileira. No Rio de Janeiro dirige a Tribo Mozuna (a primeira trupe de ATS do Brasil), a Cia. de dança Caballeras e é uma das organizadoras do Festival Tribes, festival pioneiro no Brasil dedicado ao tribal, que em 2012 entra na sua quinta edição. Sua última conquista foi o primeiro lugar na categoria solo tribal no Festival Nacional Shimmie. Ela conta um pouco da sua trajetória no início para nós.

Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Fiz diversos tipos de dança. Ballet, Jazz, danças brasileiras, afro, cigana, flamenco. Mas foi a dança do ventre que me ensinou a voar.

O que você lembra de especial dos primeiros anos como aluna?
Justo a sensação de estar voando.

Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
Fluidez na parte superior do tronco, definição dos movimentos de quadril e alongamento de cotovelos e joelhos. Treino, treino e muito treino!




Uma história peculiar sua com a dança do ventre.

No início da minha carreira como professora, utilizei muito a casa da minha mãe para ensaios e aulas de vídeo. Em uma destas, a danada da minha mãe veio como um VHS da minha primeira apresentação... eu pedi: “Não, por favor, pelo amor de Deus!” e minhas alunas: “A gente quer ver!” Nossa... elas rolavam de rir! Comentários posteriores : “Puxa Nadja, se você dançava assim, até que eu tenho chance...”
Mico que só mãe faz a gente pagar...

Um recado para quem está começando ou continua estudando.
Não desista! Você nunca vai agradar a todo mundo e não tem a menor obrigação disso. Esteja feliz com você mesma e dê o seu melhor. Não deixe que te demovam dos teus sonhos, esteja com a consciência tranqüila, você não precisa da aprovação de ninguém. Procure pessoas que tenham afinidade artística com você, pois é muito difícil estar sozinha. Nossas amigas de dança freqüentemente são nossas melhores amigas na vida. Seja grata, aproveite as oportunidades e saiba aplaudir o sucesso das colegas com sinceridade. O que é seu é seu. Não puxe o tapete de ninguém para ter o que não é.
***
Um antes e depois de Nadja

Abertura do DVD didático de Nadja - 2006


2011


E não podia faltar um Tribal Brasil

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Hórus" - Festival Nacional de Danças Árabes (RJ)


Para quem é do Rio de Janeiro, neste sábado acontece a quinta edição do "Hórus" - Festival Nacional de Danças Árabes sob direção de Shaira Sayaad, com a presença ilustre de Tufic Nabak, bailarino libanês, e ainda Nadja el Balady, Suheil, Marcia Gaia, Samara Nyla, Natália Trigo, Jhade Sharif, entre outros. E no domingo, dia 30, tem workshop com Suheil, Marcia Gaia e Amira Nut el Khali. Vamos? A entrada custa somente R$20,00.

Maiores informações:
Email: festivalss@ig.com.br
Telefone: (21) 9393-8462 (Shaira Sayaad)

OBS: As vagas estão lotadas para mostras e concursos.

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