
Obrigada a todas que continuaram nos prestigiando em 2011!! Desejo a todas um Feliz 2012 com muitos shimmies! XD
Como a maior parte dos contos populares, as origens de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa são incertas. A sua inserção no livro As mil e uma noites, no entanto, foi feita pelo tradutor francês da obra, Antoine Galland, o qual ouvira a história de um contador sírio chamado Hanna Diab.
Para um narrador que desconhecia a existência da América, a "China" de Aladim representaria o "Extremo Ocidente", enquanto Magrebe, a terra natal do feiticeiro do conto, seria o "Extremo Oriente". No começo da história, o feiticeiro está se empenhando para fazer uma longa viagem, a mais longa viagem segundo a percepção de mundo do narrador, o que enfatiza ainda mais a determinação dessa personagem para encontrar a lâmpada devido ao incrível valor do objeto.
de uma cidade chinesa, é recrutado por um feiticeiro de Magrebe. Passando-se pelo irmão do falecido pai de Aladim, o esperto feiticeiro convence o rapaz e sua mãe de suas boas intenções ao demonstrar o desejo de criar o menino como rico mercador.
Gênios ou Djins (emboras as duas palavras possuam origens diferentes) são criaturas sobrenaturais do folclore árabe e dos ensinamentos islâmicos que ocupariam um mundo paralelo ao da humanidade.
O livro As mil e uma noites cita vários tipos de Gênios, como os Ghul, os Ifrit, os Si'la e os Marid. Os Ifrit seriam os mais fortes, enquanto os Marid estariam ligados aos mares e oceanos. Em um dos contos do livro, há uma narrativa a respeito de um príncipe que é atacado por piratas e se refugia junto a um lenhador. O príncipe encontra uma câmara subterrânea na floresta, a qual o leva a uma bela mulher que havia sido raptada por um Ifrit. O jovem dorme com a mulher e ambos são atacados pelo ciumento gênio, que transforma o príncipe em um macaco. Mais tarde, uma princesa devolve ao príncipe sua forma original e luta arduamente com o Ifrit, que se transforma em vários animas, frutas e fogo, até ser reduzido a cinzas.
O uso de lâmpadas a óleo é comum em muitas culturas há milhares de anos. Eram, em geral, utilizadas para a iluminação doméstica mas seu uso também tinha propósitos religiosos, ritualísticos e fúnebres.
Embora algumas lendas do Oriente não estejam diretamente ligadas à Dança do Ventre, achamos válido trazer essa série de posts porque acreditamos que todos que se interessam verdadeiramente por essa arte deveriam se aprofundar seriamente na cultura em que ela está inserida. E quem sabe as lendas sobre gênios, lâmpadas e a história de Aladim ainda não lhe rendem ideias para uma coreografia super inspirada? Logo abaixo um vídeo do belíssimo espetáculo de Dança do Ventre "Aladdin - Uma história de amor".
O post de hoje é direcionado para quem não pratica dança do ventre. Rotineiramente, ouço a frase clássica: “Ai, eu acho lindo dança do ventre, mas eu não faço porque sou gordinha/tenho barriga”. Apesar da minha propaganda positiva e tentativa de convencimento de que isso não tem nada a ver, segue-se deste comentário mil desculpas para a não prática da dança. Essas desculpas, às vezes, me fazem pensar que na realidade a pessoa não quer dançar, ela só demonstrou uma admiração. Sabe quando você acha liiindoo uma ginasta dando aquelas piruetas? Ou acha um máximo o estilo da Beyoncé/Rihanna/sei lá mais quem? Então, você admira, mas não busca aquelas coisas pra sua vida. Contudo, tem uma diferença entre estes exemplos e a dança do ventre.
Ana Claudia Borges iniciou seus estudos de dança em 1999. Desde lá se aperfeiçoou nesta arte com nomes de peso como Lulu From Brazil, Jade el Jabel, Carlla Silveira, Soraia Zayed, só para citar alguns. Em 2002 venceu o Mercado Persa e em 2004 adquiriu o padrão de qualidade em dança do ventre pela Casa de Chá Khan el Khalili. Atualmente é bailarina do quadro "Noites do Harém", e participa da banca avaliadora do padrão de qualidade Khan el Khalili. É professora, bailarina, proprietária do Estúdio de Danças Ana Claudia Borges e organizadora do Festival de Dança do Ventre Ventremania que ocorre anualmente na cidade de São Paulo. Também possui o Selo de Excelência em dança do ventre pelo Oriente, Encanto e Magia. Em 2007 foi Campeã Mundial de Dança do Ventre, vencendo o festival "The nile Group", organizado por Aida Nour e realizado no Cairo. Tá bom ou quer mais? Vamos à entrevista desta maravilhosa bailarina.
bem difícil... principalmente no básico egípcio com chute. Sou uma pessoa muito tímida mas para dançar eu não tinha vergonha...não sei acho que a gente acaba encarnando a personagem e ai ficava mais fácil.

acho que a vida me trata desta maneira também! Mas uma em especial aconteceu na Síria. O restaurante onde eu dançava era lindo de viver e tínhamos um chafariz no centro dele. A banda ficava numa espécie de coreto ao fundo. O palco não era pequeno mas não era espaçoso o suficiente para uma queda turca, então, tínhamos que faze-la na parte de baixo do palco (que também era reservada para a dança - um espaço mais próximo do público). A distância entre o coreto e o chafariz era maior que a profundidade do palco em si, mas mesmo assim, era apertadinha. E toda noite, lá estava eu, fazendo queda turca, com a cabeça em direção ao chafariz e agradecendo cada vez que levantava, por não ter estourado meus miolos! Era bem tenso! Risos! Os músicos chegaram a reclamar uma vez! Falaram: "Habibi Esme, você demorou pra cair hoje...!" e eu dizia: "Reclama não! Não é a sua cachola que corre perigo naquele chafariz!".
Zahra Li iniciou seus estudos na dança do ventre em 2000, tornando-se profissional em 2008. Integra o grupo folclórico 1001 Noites ao lado de seu esposo Fabrício Dabke e juntos promovem eventos e shows, além de divulgar a dança de casal (Rakhsa), o derbake ao vivo e apresentações de Dabke em roda. Em 2010 conquistou o Selo de Qualidade Khan el Khalili e hoje integra o quadro das melhores bailarinas da Casa de Chá Egipcia. Nesse mesmo ano passou também para o quadro de bailarinas do Selo Oriental Lulu From Brazil. Atualmente Zahra Li é professora e coreógrafa da cia Zahra Bellydance. Ela nos concedeu uma entrevista gostosíssima sobre seu início na dança ventre. Aproveitem!
programa da Band que fomos dançar com o grupo da minha primeira professora e quando vi no vídeo eu fazendo um camelo invertido todo torto quase entrei em depressão! Rs. Engraçado que quem me olha hoje acha que foi tudo muito fácil para mim ou que já nasci com inclinação, mas não, foi tortuoso meu caminho, na verdade a aceitação de mim mesma, sempre muito ansiosa acelerava demais os movimentos, tinha medo de me assumir, de me sentir sensual e pensarem que eu era vulgar. Meu negócio eram passos agitados que não davam tempo de pensar...Lento era algo que eu preferia pular... Só com o tempo fui me soltando, mas teve época que pensei em desistir, mas felizmente minha primeira professora não deixou e me pediu para refletir e continuar. E continuei, sem ela não chegaria aonde cheguei hoje! Fiz seis anos com ela e depois dei uma parada por conta da faculdade, época que iniciei meus estudos no flamenco, mas não me encontrei. Só em 2007 que voltei a abraçar dança do ventre, porém sob nova perspectiva, cresci rápido demais, pois já mais amadurecida conseguia pegar os passos bem mais fáceis e então começou o sonho de me profissionalizar. Penso que minha superação foi mais em relação à minha auto estima. Comecei a sentir que na dança árabe tinha algo de especial, que completava algo dentro de mim. Levei sete anos para perceber isso! Foi só com o desembrulhar da minha essência é que de um mês pro outro consegui crescer absurdamente. Em 2008 passei na prova do Sindicato de dança do ventre, em 2009 me consolidei como professora de dança e em 2010 fui aprovada no Selo de Qualidade Khan el Khalili, Casa de chá egípcia onde dançam algumas das melhores bailarinas do país e em 2011 adquiri o Selo de Qualidade em dança oriental Lulu From Brazil. Atualmente trabalho em uma tríade: professora, bailarina e produtora de danças árabes ao lado do meu noivo Fabrício Dabke, um grande incentivador e fomentador da minha arte. Sem esses requisitos não me veria aonde estou, foi mais que uma superação, foi e é uma descoberta constantemente.
Jorge Sabongi, diretor e dono da casa de Chá e achava aquilo tudo coisa de filme. Jamais poderia imaginar que um dia estaria lá e seria dirigida por ele e na época a Lulu From Brazil aparecia em todas as revistas, como iria imaginar que seria minha professora por dois anos e obteria seu selo? Aquilo já era um sinal creio eu, mas não conseguia enxergar. Na verdade sequer pensava que isso tudo poderia ser possível, não sabia que existia uma pré-seleção e mesmo que soubesse preferia pensar que aquilo era algo impossível, distante, etéreo. Olhava as imagens, me imaginava lá, mas apenas como as adolescentes fazem quando assistem um filme ou ouvem uma música que mexe com sua imaginação. Comprei todas as edições. Muito engraçado que mais tarde tudo foi me levando pouco a pouco para esse sonho e tudo até que virou realidade! Agora imagina entrar na mesma casa e dançar nas mesmas salas que via na revista e achava ser coisa de outro mundo? Rs

Recentemente, surgiu uma polêmica na internet em virtude de um movimento anti-ballet na dança do ventre. Alguns blogs se manisfestaram e no facebook também houve bastante comentários. Fiquei de espectadora da discussão e formei minha opinião a partir do que li. Uma opinião frágil, é claro, pois não estava baseada na vivência, mas somente no convencimento.
torta, sem postura, desorganizada espacialmente, se essa não era a intenção do seu coração? Seu coração imaginou uma coisa, mas você está fazendo outra. Seu público (seu pai, sua mãe, seu namorado, também estão inclusos nessa categoria) está percebendo e não está recebendo a mensagem que você quis transmitir. Tanto isso é verdade que você estuda dança do ventre. Você poderia ver uma dançarina e simplesmente imitá-la, mas você escolheu fazer aulas para aprender a correta movimentação que uma dançarina "do ventre" deve demonstrar, ou, ao menos, do que se espera de uma, com a finalidade de ao estar dançando fazer o melhor possível para que seu sentimento ao ouvir uma música se transforme numa projeção em "3D" no espaço através do seu corpo.
básicos do Ballet, mas que agregam muito para uma dança mais consciente. De onde deve partir o movimento, conhecimento básico do seu corpo para entender a postura certa, o eixo, os encaixes, como iniciar e terminar um movimento, enfim... Nem sempre isso é explicado e enfatizado em aula e os detalhes passam batidos. É por isso que aquele movimento que você se esforça todo dia pra sair, ainda não está 100% ou sai feio quando você vê suas fotos, ou sua filmagem, isso depois de quase 2, 3 anos de dança do ventre. Um dia você vai ter um estalo e lá pelo quinto, sexto ano dançando, essas coisas podem aparecer (ou não!!).

Do diretor egípcio Yusuf Khalid, o filme conta com a atriz Wafa Amer como a viúva Kamar, que após a morte de seu marido, seus cinco filhos se mudam para o Cairo, a fim de ganhar a vida. Com o tempo, sua saúde se deteriora e ela pede para rever seus filhos, mas morre antes de seu filho mais velho conseguir reunir seus irmãos.
A parte mais interessante do filme, para nós, fica por conta do filho artista Ahmed Zaki, que dança tanoura - dança de transe dos sufis - e de sua namorada, que é dançarina do ventre. O trailler mostra muitas cenas entre eles, e algumas imagens promocionais também aparecem com eles. Acho interessante para ver como a dança do ventre se insere na sociedade egípcia.
Nadja el Balady é carioca e atua profissionalmente na dança árabe desde 1997. Além disso, possui graduação em Dança e sua formação passa por diversas modalidades da dança como o Ballet, Jazz, Dança Afro, Contemporânea, Dança Cigana, entre outras. Em 2004 conquistou o padrão de qualidade da Khan el Khalili. Desde 2005 vem se dedicando também ao Tribal, com um toque pessoal fudindo o orientalismo à corporeidade afro-brasileira. No Rio de Janeiro dirige a Tribo Mozuna (a primeira trupe de ATS do Brasil), a Cia. de dança Caballeras e é uma das organizadoras do Festival Tribes, festival pioneiro no Brasil dedicado ao tribal, que em 2012 entra na sua quinta edição. Sua última conquista foi o primeiro lugar na categoria solo tribal no Festival Nacional Shimmie. Ela conta um pouco da sua trajetória no início para nós.
Uma história peculiar sua com a dança do ventre.
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