terça-feira, 12 de junho de 2012

A Escolha da Professora de Dança do Ventre


Muitas vezes damos dicas de professoras para muitas meninas, e vemos outras fazendo escolhas absolutamente contrárias. Algumas na verdade escolhendo professoras que a princípio seriam as mais perfeitas opções, mas não se sentindo felizes com elas. O que afinal faz a nossa escolha ideal para nós mesmas?

Dividindo um pouco (muito) da minha experiência com vocês, quero contar a minha saga até então. Eu encontrei a minha primeira professora de dança do ventre por um folheto entregue por uma vendedora da Mundo Verde, a mesma aluna da tal professora. Não vou falar nomes para a coisa ficar mais genérica. A minha primeira professora me passou uma excelente base, esse foi o lado bom dela, mas o lado ruim é que ao mesmo tempo que ela dava aula de dança do ventre, ela trabalhava com sexualidade e afins (não junto com a dança do ventre, ela separava as coisas), só que isso dava margem a boatos e meio que queimava o filme dela; resultado: eu não tinha contato com o meio da dança do ventre, só com a minha escola, era como viver numa bolha, e no final a professora acabou abandonando de vez a dança do ventre para se dar bem com o pole dance. Fiquei órfã, sem professora, sem contatos, sem nada, só com a paixão pela dança e com o desejo de um dia poder voltar a dançar.

Com meus estudos das aulas, pois a prof trazia muito material do mundo árabe, e também pelas pesquisas na internet, além da minha facilidade por ler árabe, criei o blog para ter mais um contato com a dança do ventre, eu nem esperava que o blog florescesse assim, tanto que coloquei meu nome mesmo, e nem botei o nome de dança (Soraya Noor), o blog me trouxe os contatos que eu não tinha, e decidi fazer aqueles workshops com professoras "boas". Sinceramente, queria mesmo aprender com coreografia! Dá um chute, pá, pum, tchááá! Faz carão! Uhhhh! 2 dias depois... (mesmo tendo anotado), o que era mesmo pra fazer? Eu lembro do pá! Eu peguei também as professoras que querem que você aprenda pelo método derrotista: "você não sabe dançar". Acho o cúmulo da falta de profissionalismo alguém chegar e dizer para uma pessoa que ama a dança - seja o que for, dançarina iniciante a intermediária, ninguém tá no Ídolos pra ser esculachado - que ela não sabe dançar, assim na cara, sem ao menos conhecer a pessoa, acho que quem faz isso na verdade está querendo é ferir alguém e não ajudar.

Passando da fase jogar dinheiro fora, decidi fazer aula perto de casa, não importa com quem fosse! Primeiro encontrei uma professora legal, mas ela não tinha espaço, era aula em clube, que numa só turma tem iniciante, intermediário, avançado, e ela fica na frente, bota a música, você a segue e vamô que vamô. Não sei, mas depois de alguns anos nessa indústria vital, essa fórmula começa a encher o saco. Acabou que acabou mesmo, a professora também abandonou a dança, mas porque achou outra coisa interessante para fazer (comecei a pensar se o problema estava comigo, ai meu Deus, hahaha).

Quem adora a dança, não consegue ficar muito tempo longe, e eu estava já muito ocupada trabalhando (meu marido brinca: minha mulher tem dois empregos!!!, porque eu tenho mesmo, e eu ainda tenho o blog, a casa e meus filhos caninos) e tinha a monografia, precisava relaxar, e veio uma professora com uma fórmula que parecia interessante: super combo dança do ventre, yoga e pilates! Que beleza! Então eu ia, o alongamento de yoga era super bom, e até soltou meu quadril (sério), só o pilates que era meio complexo, e a dança do ventre, bem, a dança do ventre se tornou um problema, quando a professora se mostrou super empolgada com shows e eventos e apresentações e coreografias quando entrava o assunto de dança do ventre, sendo que não me sentia preparada para isso, e nem tinha tempo para isso.

Voltei à estaca zero, pensei em desistir da dança do ventre, fiquei exaurida mesmo. Então parei para me ouvir. As professoras que busquei foram indicadas por outras pessoas. Todas me deram seus motivos para que eu as visse, para que eu fizesse aulas com elas, e eu quis fazer também por um motivo que estava longe daquilo que me atraía na dança do ventre: comodismo. Eu pensei no conforto somente quando fiz minhas aulas depois da minha primeira professora, até mesmo quando fiz os workshops. As professoras estavam perto, umas trariam algum retorno extra (relaxamento, eram pessoas divertidas, rapidez - no caso dos workshops), mas elas me fariam ser aquilo que eu queria ser?

Dessa forma eu decidi passar por cima de conforto, praticidade, amizade, como eu ando brincando, decidi ser DIVA! Fui buscar quem pudesse me me trazer vontade de continuar na dança do ventre, de fazer aula e mais ainda: que me desse a sensação que eu estava aprendendo, que eu estava sendo corrigida, e não apenas criticada, ou levianamente elogiada, ou ir para uma aula e sentir que não fez diferença no seu aprendizado. Busquei minha professora pelo meu ponto de vista, e não pelo ponto de vista dos outros.

Então de todas as dicas que eu possa dar sobre uma professora, a minha dica do momento é: escolham quem vocês admiram em cada detalhe da dança.

 Aqui abaixo a minha professora, Samara Nyla.



10 comentários:

Melissa Souza disse...

Sou dançarina intermediária e, até então, tive 2 professora diferentes. Não considero um WorkShop um curso, ou algo do tipo, acho gostoso participar para se distrair e tal.
Minha primeira professora era muito boa, fazia a gente suar pra caramba. Mas, passado a fase inciante, ela começou a pegar pesado com apresentações e competições, e as aulas deixaram de ser aulas para ser "ensaio de coreografia".
Fiquei super frustrada e busquei outra professora. Ao contrário da primeira, esta ensinava bastante a parte teórica, e conversava mais com a gente. O ambiente era mais confortável e tal. Todavia, eu sentia que não estava aprendendo nada, que para me manter ali era necessário continuar o estudo em casa, através de ensaios, anotações e pesquisas na web.
Bem, no momento estou mega dividida. Parei de fazer as aulas particulares, voltei à ensaiar com a primeira professora e no tempo livre me dedico à estudar na web.

Celia disse...

Ah, Melissa, eu sei bem como é, antes da minha primeira professora desistir de vez da dança do ventre, ela começou com essa coisa de coreografia, que era muito chato, ela meio que estava sem vontade de dar aula, então inventava de bolar coreografia, e para quem era iniciante era ótimo, porque era uma forma de se ver dançando bem (mesmo que fosse só em 1 música). Mas para quem já tinha passado dessa fase, não era legal assim. A gente queria desenvolver nossas habilidades, queríamos unir o corpo com a mente. E é muito difícil encontrar quem faça isso com a gente! Por isso hj não abro mão de aulas particulares. Eu sinto um pouco de falta da interação com um grupo, mas percebo que o resultado que eu estava buscando para mim era nesse tipo de envolvimento, uma coisa focada nas minhas necessidades, e também, claaaro, algo que demorou a cair a ficha, tinha que ser com uma professora que eu gostasse de todos os movimentos, que eu não torcesse o nariz pras dicas que ela me desse, porque senão a coisa não fluía, não rolava a entrega, sabe? A coisa da confiança!

Eu to com meu projeto agora de diva 2013, vamos esperar os resultados, hahaha.

Candido disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Candido disse...

Celia, vou te falar uma coisa...aqui tem tudo menina, nem preciso mais do google hehehee.Parabéns! Então,eu sou bem novinha na dança do ventre e sendo assim, só tive uma professora,mas acho minha professora EXCELENTE, ela fala de tudo que vc posta aqui, posturas,folclore, defende a "não sensualidade" e bate pé para entendermos a leitura, a dança mesmo, sabe? Eu não vi a localização de vocês, e tb não vi se tem alguma postagem sobre costureiras. Vcs são RJ? bjos e mais uma vez parabéns, estou adorando as dicas daqui=D

Cacá disse...

Nossa me vi na sua história...rsss
Pena que meu final não foi feliz pois a minha tão sonhada professora parou de dar aulas e eu não consigo voltar com outra pessoa.
Adorei o post!
Beijos!

J. C. Gomes disse...

Comecei minhas aulas e tive que parar por causa de meu filho, o custo estava alto e tive que optar pela academia dele. Espero voltar no próximo mês, aqui em minha cidade não temos muita opção de escolha de professores. Bjoks

Anônimo disse...

Olá Célia, nunca dancei nada na vida,sou totalmente dura para a dança,porém o meu amor pela dança do ventre é mais forte que essa barreira que eu possuo, ouso bastante musica árabe, tanto as clássicas até as mais modernas não tenho preferencia quanto a isso contudo é uma pena que eu não entenda nada que eles dizem. As vezes eu viajo tanto na musica que meus olhos se enchem de lagrimas eu fico emocionada, me sinto uma estranha quando isso acontece *risos*. Acho que você estava lendo a minha mente, pois eu estava procurando uma professora ou um curso para começar a dançar a minha grande paixão obrigado por me ajudar porque eu estava perdida em ralação a essa escolha que é tão importante. Mil beijos e muito obrigado por escrever esse blog perfeito, fique com Deus e que ele te der força e muito brilho.

Iris

Adriana Atefah disse...

Olá meninas!!

Eu dou aulas e vejo a ansiedade das meninas em ter coreografia... Eu tento conciliar a parte teórica, técnica e aperfeiçoamento.
Não gosto desse método de dar aula enfatizando coreografias e mais coreografias...Porque as meninas não vão saber na verdade o que estão fazendo, estarão só imitando. O que não é bom mesmo.

Eu tento explicá-las que irei começar a introduzir coreografias porém bem mais para frente.

Eu prefiro o método que aprendi com minha prima: Dançar não é imitar, é saber o que está fazendo, treina e treina os movimentos que já sabe para tentar executá-los com maior perfeição possível... e aprende novas técnicas, aprende a apurar os ouvidos para identificar os ritmos e etc...

Meninas, estou errada? O QUE TIVEREM A ACRESCENTAR, PODEM DIZER!!!

Hanna Aisha disse...

Oi, querida

Acho que nossa primeira professora é a mais importante porque ela vai marcar sua vida de alguma maneira, pro bem ou pro mal. Será sua grande referência.

De qualquer maneira, não só acho importante como acho que todas as alunas em algum momento devem trocar de professora pois TODAS têm suas limitações no ensino da dança e ela não vai te oferecer TUDO.

Eu só tive uma professora enquanto aluna, mas depois que profissionalizei, passei por várias, até porque estou mais exigente!

Beijos

Anônimo disse...

Me vi um pouquinho aí tbm Célia.
Eu já passei por 4 professoras, em 6 anos.
A primeira foi uma oficina de 1 ano, me senti tão orfã qdo terminou, eu queria mais que aquilo, tinha a sensação de q ainda ñ sabia nada.
A segunda foi mto boa, aprendi muito com ela, mas por causa de "panelinhas" saí da turma, tenho um sério problema com isso...
A terceira me cansou, pois sempre apareciam alunas iniciantes na turma e eu já estava ficando cansada de ñ aprender nada novo, pedi aulas particulares e ela ñ tinha tempo, resultado, desisti e fui buscar outra.
A quarta tenho q admitir q é minha paixão, só parei as aulas com ela pq as outras turmas ñ batem com meus horários, mas sinto tanta saudade... daí tive q entrar em outra turma, com outra professora, q é um amor de pessoa, uma ótima professora e bailarina, mas ñ me sinto parte da turma, resultado resolvi mudar novamente.
Eu dou aulas como professora voluntária em um espaço cultural, só faço apresentação com as alunas no final do ano, gosto de trabalhar mais a técnica, desenvolver o ouvido, improviso, dentre outras coisas do q ficar montando coreografia a torto e direito Coreografia até ajuda na hr de gravar os movimentos, mas ñ acho essencial, oq eu particularmente gosto são de sequências para estudo, daí se elas vão ou não entrar numa coreografia, é outra história...
Amooooooo seu blog!!!!!!!!!!
Bjos!!!!!!!

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