Segundo Vitor Abud Hiar, o pandeiro árabe pode ser considerado o pai do pandeiro moderno ocidental. Alguns estudiosos acreditam que ele seja uma derivação do instrumento bendir - pandeiro beduíno sem címbalos para a composição do ritmo Mesarfe Shabi - assim como é o mazhar. No Líbano o pandeiro árabe é conhecido como daff, e no Egito como Riq (nome mais usado mundialmente). Eu sinceramente me habituei a chamá-lo de daff!
O pandeiro árabe é composto por um corpo de madeira revestida por madrepérolas, revestimento de pele de carneiro ou peixe, e um conjunto de cinco címbalos duplos. Existem alguns pandeiros que utilizam material sintético no revestimento, devido à fragilidade do pandeiro com a umidade do ar, porém seu som não oferece as mesmas variações que um feito de forma original. No Egito todos os riqs são feitos à moda antiga, por isso são considerados os melhores.
Por possuir uma vibração curta, com sons agudos e secos, o daff é chamado de "pandeiro tenor". A sua utilização é um sinônimo de "ostentação", pois é ele que dá corpo e revelação ao ritmo, compondo frases rítmicas não possíveis para um derbake. Vitor Abud Hiar dá dicas de como explorar estas frases no momento mais oportuno:
1 - É necessário conciliar o som agudo dos címbalos com o som seco do revestimento, ou seja, não somente se deve "tirar o som" do daff, mas individualizar e harmonizar os dois sons que se produzem dele.
2 - O daff pode ser utilizado, basicamente, de 3 formas: utilizando todos os címbalos e a membrana de couro; utilizando parte dos címbalos e a membrana de couro; e utilizando apenas a membrana de couro... Parece meio óbvio, mas conforme as coisas complicam a gente percebe o porquê dessa distinção!
3 - O dum, a batida grave do daff, pode ser produzido somente tocando a membrana do instrumento com o indicador ou então no címbalo próximo ao dedo anular juntamente com a membrana.
4 - Para se tocar o címbalo existem 4 formas: tocando-o preso; tocando-o solto; repique trigêmeo; e repique comum. O repique é o balançar mesmo!
5 - Existem dois movimentos básicos para se tocar o daff: o 1º utiliza menor intensidade (os sons tá e ká) e o repique dos címbalos. O 2º também é utilizado para variações de menor intensidade e forma ritmos como o baladi (Dum Dum tá ká Tá Dum tá ká Tá tá ká Dum Dum...)
Por possuir uma vibração curta, com sons agudos e secos, o daff é chamado de "pandeiro tenor". A sua utilização é um sinônimo de "ostentação", pois é ele que dá corpo e revelação ao ritmo, compondo frases rítmicas não possíveis para um derbake. Vitor Abud Hiar dá dicas de como explorar estas frases no momento mais oportuno:
1 - É necessário conciliar o som agudo dos címbalos com o som seco do revestimento, ou seja, não somente se deve "tirar o som" do daff, mas individualizar e harmonizar os dois sons que se produzem dele.
2 - O daff pode ser utilizado, basicamente, de 3 formas: utilizando todos os címbalos e a membrana de couro; utilizando parte dos címbalos e a membrana de couro; e utilizando apenas a membrana de couro... Parece meio óbvio, mas conforme as coisas complicam a gente percebe o porquê dessa distinção!
3 - O dum, a batida grave do daff, pode ser produzido somente tocando a membrana do instrumento com o indicador ou então no címbalo próximo ao dedo anular juntamente com a membrana.
4 - Para se tocar o címbalo existem 4 formas: tocando-o preso; tocando-o solto; repique trigêmeo; e repique comum. O repique é o balançar mesmo!
5 - Existem dois movimentos básicos para se tocar o daff: o 1º utiliza menor intensidade (os sons tá e ká) e o repique dos címbalos. O 2º também é utilizado para variações de menor intensidade e forma ritmos como o baladi (Dum Dum tá ká Tá Dum tá ká Tá tá ká Dum Dum...)
Assim, o daff é basicamente utilizado dessa forma:
Dum: Dedo indicador no revestimento. No centro, esse dum seria mais seco e com pouca vibração, sendo mais utilizado no ritmo Cifteleli.
Ká: Batida na borda do daff com o dedo médio
Tá: Batida no címbalo com o dedo anular.
Ká: Batida na borda do daff com o dedo médio
Tá: Batida no címbalo com o dedo anular.
Ah sim, dançarinas, não se preocupem em aprender a tocar e a dançar!! O pandeiro árabe é um acessório na dança do ventre, mas não é o mesmo daff de um profissional! Ele, na dança, tem apenas caráter simbólico, sendo mais pesado e com címbalos com menor sonoridade.
Para quem quer aprender a tocar - Eu!!!! - é importante ter cuidados especiais com seu querido instrumento. Nesse caso é importante hidratar com creme o revestimento: cinco gotinhas são suficientes! E também evitar expô-lo ao calor excessivo! No demais, é só ter carinho e dedicação, que ele será de muita serventia!
Aqui embaixo o exemplo de um baladi no daff!
7 comentários:
Eu aprendi que Riq é o pandeiro com os címbalos e daff, o que não tem os címbalos.
Bailarina tem que aprender a tocar um pouco sim! Ele é um acessório, não um enfeite! Aprender os duns e tás e tocar um pouco, assim como os snujs, enriquece MUITO a dança!
Bem, os músicos que consultei foram unâmines em dizer que a bailarina não precisa tocar, mas ela precisa - isso até para dançar - saber distinguir os dums, tas e os kas (afinal, eles que diferenciam os ritmos e definem o estilo da dança). Até mesmo nos vídeos que se vê no youtube as bailarinas só tocam em alguns momentos da música - geralmente em uma marcação - batendo com o pandeiro no corpo, mas elas não dançam acompanhando a música, como se faz com o snuj.
Qto a daff e riq, esses termos variam conforme a localidade, isso depende basicamente da nacionalidade de quem te ensinou, ou de quem ensinou seu professor. O que mais vemos no árabe são discordâncias, veja o exemplo do baladi! Em inglês, o nome "riq" é usado para todos os tipos de pandeiro, e no Líbano, se usa o daff para o pandeiro árabe (Riq, ou como eles chamam "Req", também é usado, e de repente é essa diferença que vc exemplificou no seu comentário).
Oi, Celia
não fui clara: oq eu quis dizer com tocar era isso, distinguir os dums, tas e kas e fazer marcações bonitas, e não apenas ficar balançando pra lá e pra cá.
beijos
Hehehe, ok! Mas bater com o pandeiro no corpo, não é toooocaaar, né?
Oi Célia, gostaria de saber onde posso comprar um pandeiro para usar na dança,e que enviem via correio! bjs e muito obrigada!!! Gisele
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