Quando dançamos num concurso, numa festa, numa mostra de dança, o que buscamos alcançar? A glória, a fama, elogios, alegria, sensação de ser útil ao mundo, ou superação dos nossos próprios limites? Creio que cada um tem seu motivo pessoal para dançar, e mais ainda para se apresentar como uma verdadeira representante da dança do ventre, mas esse esforço é pela arte ou para si mesmo?
As dançarinas cada vez mais buscam se aprofundar, e isso é muito bom. Vejo cada vez mais pessoas preocupadas em entender a música que estão dançando, não só a letra dela, mas a melodia, o ritmo, a sua construção, e buscando expressar isso de forma catártica, uma entrega que vemos nas artes, como o ballet, o flamenco, etc. Existem pessoas que não fazem nada disso e mesmo assim querem aparecer? Claro que sim, infelizmente na dança do ventre elas ainda são a maioria, mas o impulso em aperfeiçoar a técnica parece estar ganhando a cada dia mais seguidoras, o que me faz pensar que a dança do ventre se encaminha para se tornar uma verdadeira arte.
Mas nessa ânsia em se aprofundar, vemos algo que foge um pouco dessa exaltação que toda arte traz em si: o sentimento. As bailarinas andam tão preocupadas em saber ler tecnicamente a música, que a dança não é mais que bonita. Ela não toca, não produz eco. A perfeição é perseguida, mas só em uma margem do rio, que é aquela que com empenho se adquire, mas o talento, onde está? Talento para mim não é só saber fazer de forma graciosa os passos, mas dar sentido a eles, como se fossem palavras, é o famigerado sentimento.
E o que vemos de sentimento por aí? Sinceramente? Um monte de caretas!!!! Toca um taqsim, o semblante se fecha, parece que o cérebro mandou a mensagem: "dor de barriga", e não porque a dançarina realmente está compreendendo o que aquele instrumento está querendo dizer. Não é puramente fingir um sentimento, mas se você conseguir assimilar que aquele violino, que aquele qanoun, estão te falando de algo que te emociona. E olha isso é difícil, ô! Essa é a grande meta da perfeição!
E tem essa também!! O que é ser perfeita? Não quero favorecer a ditadura da dança do ventre, como muitos alegam por aí que anda amordaçando a livre expressão e a verdadeira essência da dança do oriente, mas sejamos coerentes: ser livre para criar seus passos, lindo! Ser livre para dançar baladi com um khaleege... Nãããão!! Gente, cultura, beleza? Você não pode passar por cima da própria construção cultural do ritmo e da música! E onde entra a perfeição? Sinceramente: não sei. É um dos meus dilemas atuais. Eu fico com a definição de perfeição platônica: é aquilo que toca a minha alma, porque me faz lembrar do verdadeiro lugar de onde ela veio. Perfeição, portanto, é aquilo que me emociona.
As dançarinas cada vez mais buscam se aprofundar, e isso é muito bom. Vejo cada vez mais pessoas preocupadas em entender a música que estão dançando, não só a letra dela, mas a melodia, o ritmo, a sua construção, e buscando expressar isso de forma catártica, uma entrega que vemos nas artes, como o ballet, o flamenco, etc. Existem pessoas que não fazem nada disso e mesmo assim querem aparecer? Claro que sim, infelizmente na dança do ventre elas ainda são a maioria, mas o impulso em aperfeiçoar a técnica parece estar ganhando a cada dia mais seguidoras, o que me faz pensar que a dança do ventre se encaminha para se tornar uma verdadeira arte.
Mas nessa ânsia em se aprofundar, vemos algo que foge um pouco dessa exaltação que toda arte traz em si: o sentimento. As bailarinas andam tão preocupadas em saber ler tecnicamente a música, que a dança não é mais que bonita. Ela não toca, não produz eco. A perfeição é perseguida, mas só em uma margem do rio, que é aquela que com empenho se adquire, mas o talento, onde está? Talento para mim não é só saber fazer de forma graciosa os passos, mas dar sentido a eles, como se fossem palavras, é o famigerado sentimento.
E o que vemos de sentimento por aí? Sinceramente? Um monte de caretas!!!! Toca um taqsim, o semblante se fecha, parece que o cérebro mandou a mensagem: "dor de barriga", e não porque a dançarina realmente está compreendendo o que aquele instrumento está querendo dizer. Não é puramente fingir um sentimento, mas se você conseguir assimilar que aquele violino, que aquele qanoun, estão te falando de algo que te emociona. E olha isso é difícil, ô! Essa é a grande meta da perfeição!
E tem essa também!! O que é ser perfeita? Não quero favorecer a ditadura da dança do ventre, como muitos alegam por aí que anda amordaçando a livre expressão e a verdadeira essência da dança do oriente, mas sejamos coerentes: ser livre para criar seus passos, lindo! Ser livre para dançar baladi com um khaleege... Nãããão!! Gente, cultura, beleza? Você não pode passar por cima da própria construção cultural do ritmo e da música! E onde entra a perfeição? Sinceramente: não sei. É um dos meus dilemas atuais. Eu fico com a definição de perfeição platônica: é aquilo que toca a minha alma, porque me faz lembrar do verdadeiro lugar de onde ela veio. Perfeição, portanto, é aquilo que me emociona.
Pertences ao mundo dos anjos ou ao dos homens?
Diz-me porque a confusão zomba do meu entendimento.
Vejo uma figura humana, mas se uso da minha razão
acho que o teu corpo é um corpo celeste.
Bendito seja O que equilibrou o modo de ser das suas criaturas
e fez que por natureza fosses maravilhosa luz.
Não posso duvidar que és um puro espírito atraído a nós
por uma semelhança que enlaça as almas.
Não há mais prova que ateste a tua encarnação corporal
nem outro argumento de que eras visível.
Se os nossos olhos não contemplassem o teu ser, diríamos
que eras a Sublime Razão Verdadeira.
Diz-me porque a confusão zomba do meu entendimento.
Vejo uma figura humana, mas se uso da minha razão
acho que o teu corpo é um corpo celeste.
Bendito seja O que equilibrou o modo de ser das suas criaturas
e fez que por natureza fosses maravilhosa luz.
Não posso duvidar que és um puro espírito atraído a nós
por uma semelhança que enlaça as almas.
Não há mais prova que ateste a tua encarnação corporal
nem outro argumento de que eras visível.
Se os nossos olhos não contemplassem o teu ser, diríamos
que eras a Sublime Razão Verdadeira.
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