sábado, 4 de fevereiro de 2012

Primeiros Passos de Munira Magharib

Outra bailarina sensacional para nossa série de entrevistas! Munira Magharib teve contato com a música e a dança árabe desde pequena, através de sua mãe, mas em 1991/1992 se aperfeiçoou tecnicamente com Fátima Fontes na dança do ventre. No ano seguinte, em 1993, ela passa a integrar o grupo de bailarinas da casa de chá egípcia Khan el Khalili, onde dança até hoje. Você pode assistir a Munira, inclusive, em vários DVDs da casa. Em dezembro do ano passado, ela completou 20 anos de carreira! Essa mulher é um show. Gosto muito mesmo!! Divas são eternas, né gente? Assisto os vídeos dela e fico encantada com a vitalidade, delicadeza e sentimento que ela possui. Uma vez vi alguém diferenciar as bailarinas que nos encantam das que nos emocionam. Eu me emociono com a Munira. Já cheguei a lacrimejar vendo ela interpretar um taksim de tão lindo que era, sério mesmo. Munira dança lindamente as músicas clássicas, com braços magníficos e uma leitura tradicional muito rica, além de possuir uma alegria de viver no folclore. Ah, não podemos nos esquecer de seus cambreés fantásticos (morram de inveja). Sua apresentação na Super Noites no Harém 3 com Aysha Almeé de percussão afro é de ficar babando, nunca me esqueço. Vamos conhecer mais sobre sua história? Com vocês, Munira!
Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Desde bem pequena sou apaixonada por música árabe. Em casa, tínhamos um disco chamado “Port Said” que eu ouvia, cantava e dançava suas músicas sem parar, e minha mãe me ensinava alguns movimentos de braços e passos árabes. Aos 8 anos, fui assistir pela primeira vez a um show árabe na Casa de Chá Khan El Khalili e fiquei deslumbrada, sonhando em ser uma bailarina. Na minha adolescência, já dançava em festinhas de família, mas só aos 17 anos pude me aprimorar tecnicamente. Aos 18 anos, entrei como bailarina da Khan El Khalili.
Como foram as primeiras aulas?
Minhas primeiras aulas foram com a bailarina Fátima Fontes. Eram aulas particulares de dança. Na época, não havia essa variedade de passos como atualmente. Aprendi os oitos, alguns camelos, batidas e tremidos. Estudava bastante os vídeos da Fifi Abdo, Amani, Asa Sharif e Samara. Aprendi muito na prática; dançando, fazendo show e observando as bailarinas mais experientes.
Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
A minha maior dificuldade era dançar música lenta, porque quando era mais nova era muito agitada. Com o tempo, acho que também com mais maturidade, aprendi a ser mais calma. Para superar essa dificuldade, comecei a escolher músicas que tinham uma parte lenta para me obrigar a estudar. Hoje, amo dançar lento. Consigo me entregar nesse momento. É uma das partes preferidas da música para mim. Agora, sempre escolho músicas que me desafiam, que têm partes que acho difíceis. Isso é ótimo para você crescer como bailarina.
Uma história peculiar sua com a dança do ventre.
Um dos meus primeiros shows foi em um antigo restaurante chamado “Porta Aberta”, muito tradicional em show árabe. Já estava pronta desde as 22:00 e fiquei esperando para entrar, com um frio na barriga porque era com música ao vivo e eu não estava acostumada. Bom, entrei mais ou menos às 2 e meia da manhã e dancei mais de 1 hora e meia sem parar, porque tinham mais músicos naquele dia e eles ficavam revezando o teclado, o derback, até o cantor, porque tinha convidado de fora naquele dia. Quando acabou e entrei no camarim, eu parecia que tinha saído da piscina: o cabelo molhado, o delineador e rímel no meio do rosto. Eu costumava dançar umas 3 ou 4 músicas seguidas, no máximo. Como eu era inexperiente, não falei nada durante o show, então os músicos achavam que eu estava adorando e continuaram tocando. Depois, eu me acostumei a trabalhar com música ao vivo e me lembro dessa época com muito carinho.
Um recado para quem está começando ou continua estudando.
Estudar é muito importante para o seu crescimento como bailarina. Não se pode parar de aprender nunca. Claro que não podemos perder de vista os passos que caracterizam a dança do ventre, senão a dança perde a sua essência. Mesmo que você consiga fazer passos mirabolantes, não se esqueça dos oitos, dos camelos, da sinuosidade dos braços, das batidas laterais e dos básicos egípcios. Lembre-se o que a dança do ventre representa ou significa. Assista suas apresentações com um olhar objetivo; veja o que pode melhorar e quais vícios adquiriu. E não importa quanto tempo já dance: você pode melhorar sempre!
Beijinho carinhoso a todas, Munira Magharib.
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Que lindo não é? Perceberam que a Munira também tinha o mesmo probleminha (rs) da Suellem de hiperatividade? Adorei a história do show árabe também, fiquei imaginando a cena! Coitada. Vamos ver o Antes e Depois da Munira.
Antes (2005/2006)
Depois(2011)
Me permito colocar mais esse vídeo, porque é muito lindo!
Quem quiser conhecer mais, acesse o site da Munira: www.munira.com.br

Um comentário:

Amar el Binnaz disse...

Alô Lívia!!

Nós e nossa "semana Munira" né não?

Eu AMO esse primeiro vídeo, e embora seja uma dança um tantinho mais agitada do que estamos acostumados em relação à Munira, é uma dança muito bem pontuada e elegante. Minha única crítica é o excesso de básico egípcio, mas isso "NÃO TE PERTENCE MAIS"!! Munira é uma das Divas deste país, espero que sempre tenha o merecido reconhecimento.

Beijoconas!!!

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