sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Primeiros Passos de Esmeralda


Esmeralda dança desde os 4 anos. Durante dez anos sua paixão foi o Ballet Clássico. A Dança árabe surgiu em sua vida em 1999 quando iniciou seu estudos com Lúcia Nogueira. Desde então teve renomado mestres, nacionais e internacionais, durante sua trajetória como dançarina até culminar na sua participação no BellyDance® Brasil de Omar e Olga Naboulsi. De 2002 até 2010, Esmeralda dançou em diversos países árabes como Tunísia, Marrocos, Emirados Árabes, dentre outros e hoje, de volta ao Brasil, em comemoração aos dez anos de sua carreira, é a idealizadora e diretora do projeto DANCESMERALDA®, assim como do primeiro sapato especialmente desenvolvido para dança árabe no mundo que leva o mesmo nome do projeto. "Você já dançou hoje?" Não? Então leia a entrevista que Esmeralda nos concedeu e se entusiasme.
Porque você começou a dançar a dança do ventre?
Assisti à primeira apresentação de Dança Árabe no meu aniversário de 16 anos e me apaixonei pela liberdade que a bailarina tinha de conduzir a dança. Naquele dia, eu escolhi a dança e acho que ela me escolheu também!
Como foram as primeiras aulas?
Minhas primeiras aulas foram ótimas! Acredito que fui meio pentelha porque queria todas as respostas, todas as informações! Tanto que fiz algumas aulas em grupo e parti para aulas particulares! Não era falta de noção de convivência social, era fome de dança!!! Era uma audácia muito engraçada...!

Quais eram as suas dificuldades e como você as superou?
Acredito que nunca tive uma dificuldade, no sentido técnico. Tive conflitos quando começei minha turnê pelos Países Árabes por questões culturais, distância familiar! Mas foi tudo de grande aprendizado, tudo superado, graças a Deus!
Uma história peculiar sua com a dança do ventre.
São tantas histórias... Eu digo que sou uma pessoa sarrista e acho que a vida me trata desta maneira também! Mas uma em especial aconteceu na Síria. O restaurante onde eu dançava era lindo de viver e tínhamos um chafariz no centro dele. A banda ficava numa espécie de coreto ao fundo. O palco não era pequeno mas não era espaçoso o suficiente para uma queda turca, então, tínhamos que faze-la na parte de baixo do palco (que também era reservada para a dança - um espaço mais próximo do público). A distância entre o coreto e o chafariz era maior que a profundidade do palco em si, mas mesmo assim, era apertadinha. E toda noite, lá estava eu, fazendo queda turca, com a cabeça em direção ao chafariz e agradecendo cada vez que levantava, por não ter estourado meus miolos! Era bem tenso! Risos! Os músicos chegaram a reclamar uma vez! Falaram: "Habibi Esme, você demorou pra cair hoje...!" e eu dizia: "Reclama não! Não é a sua cachola que corre perigo naquele chafariz!".
Um recado para quem está começando ou continua estudando.
Tenham sempre duas coisas bem claras na cabeça de vocês: a vontade de dançar e a razão pela qual você fará isso! Seja sincera com você e com a dança sobre suas intenções, porque cada caminho possui seus prós e contras e temos que conhecê-los, entendê-los e se assim quisermos, vencê-los! E aconteça o que acontecer, nunca culpe a dança. A dança quer o seu bem, ela quer ser propagada, aplaudida, renovada... Junto com você! Eu gosto de brincar que a dança é uma segunda pele. Ela estica, aperta, molda e protege quem a veste. Vista-a e seja muito feliz!
Um beijo grande, Esme.
*

"Esme" em 2007

E em 2011

Tenho certeza que agora você já dançou hoje!

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