sábado, 6 de agosto de 2011

Situações infames da dança do ventre

Olá, sou a Lívia e este é meu primeiro post. Estou muito honrada de ter sido convidada pela Celia, pois sei o quanto ela é cuidadosa com seu site e as informações que passamos sobre a dança árabe. Aliás, a própria Celia foi quem acabou me arrastando, sem esta pretensão, para o mundo desta dança especial exatamente por causa da sua seriedade com a dança.

No meu primeiro post vou colocar um vídeo que assisti ao conhecer o xtranormal. O xtranormal é um site que permite você fazer pequenos filmes com desenhos 3D sobre o tema que desejar. Existem vários vídeos sarcásticos, falando do “pseudo profissionalismo” em algumas áreas, como a fotografia e a dança. Neste caso trouxe um sobre dança do ventre. É engraçadinho e toca em vários assuntos. Está em inglês, então abaixo eu coloquei uma traduçãozinha bem básica para as pessoas acompanharem as bonequinhas e ler o que elas dizem, caso não entendam.

Garota: Eu realmente gosto de assistir você dançando dança do ventre.

"Dançarina": Obrigada!

Garota: Você é uma dançarina profissional?

"Dançarina": Claro, eu sou uma dançarina profissional de dança do ventre!

Garota: Onde você aprendeu a dança do ventre?

"Dançarina": (fazendo uma dança louca) Eu tive aulas na minha academia e minha professora (não entendi muito bem, mas eu acho que ela diz o nome da professora e que ela adora dança do ventre) e então eu encontrei alguns vídeos no youtube e percebi que eu podia aprender a dançar de graça.

Garota: Uau! Eu não sabia que era tão caro e tão fácil aprender dança do ventre. Qual é o seu estilo de dança do ventre?

"Dançarina": Eu não gosto de me encaixotar nestes montes de estilos que as pessoas falam. Eu sou uma dançarina de fusão, então sou livre para combinar quaisquer estilos de dança na minha própria dança.

Garota: Esta sua fantasia/traje é muito interessante! Ele foi caro?

"Dançarina": Obrigada! (dança maluca) Este é o meu traje tribal fusion. Ele não custou muito, eu o fiz com um sutiã em promoção e com pedaços de tecidos numa loja de tecidos. Você não precisa nem de uma máquina de costurar. Simplesmente corte o tecido e faça um tye dye.

Garota: Estou tão feliz em te encontrar. Minha irmã irá se casar e está pensando em ter uma dançarina do ventre no casamento dela. Quanto você cobra para dançar no casamento?

"Dançarina": Eu cobro 50% menos que qualquer outra dançarina do ventre da cidade, pois eu não pago por aulas e não gasto muito em trajes. Eu passo a diferença para você.

Garota: Minha irmã ficará tão feliz! Você pode me ensinar alguns movimentos de dança do ventre?

"Dançarina": Claro...Isto se chama shimmie! (fazendo qualquer coisa menos um shimmie) É um dos meus movimentos favoritos. Tudo que você precisa fazer é mexer sua bunda...

Garota: Deixa eu tentar...(fazendo a dança do robô). Como estou indo?!

"Dançarina": Você está indo muito bem!!! (fazendo a dança do boneco do posto)

Garota: Talvez eu possa ser uma dançarina profissional de dança do ventre também.

”Dançarina”: (parece triste)

Achei muito engraçado o final e existem vários tópicos de discussão nessa sátira que resultariam em um outro post. O assunto "o que é ser profissional de dança do ventre" é freqüente nos blogs por aí e há várias opiniões, discussões e teorias. A verdade é que eu não estou no caminho da profissionalização. Inclusive, estou no nível iniciante da dança, como a Celia explicou. Mas me sensibilizo com as várias questões que surgem ao assitir o vídeozinho que influenciam a situação da dança que tanto amamos e respeitamos.

Há mais um que me lembra algumas historinhas já contadas aqui no blog mesmo, sobre perguntas como “você faz a dança dos sete véus e fica nua no final?”. (Não vou traduzir esse porque é bem maior que outro).


Fica aí a dica de um site para fazer curtas em casa e também as historinhas engraçadas e verídicas do mundinho bellydance. Provavelmente algumas de vocês têm ou conhecem situações parecidas e podem contar nos comentários, ou quem sabe fazer um vídeo lá no xtranormal rs.

8 comentários:

Tina disse...

Huahauha, adorei a cara de tristeza da "dançarina" qdo a mulher diz que ela talvez pudesse ser uma "dançarina profissional" tb. Claro, com esse "preparo" não vai ser mto difícil. O engraçado é que eu sou quase uma militante do autodidatismo. Eu acredito muito em se aprender algo sozinha, usando toda essa informação que hoje temos disponível. Foi assim que comecei a aprender inglês, tricô, html, etc. O problema é que há um limite para isso. Acredito que o aprendizado dessa forma é muito valido, mas há que se considerar que o contato com outras pessoas, a avaliação de alguém realmente experiente, conta muito para a sua formação. Quem quer ser autodidata tem que estar pronto para ouvir a opinião dos outros, pedir orientação, receber informações de quem já é um profissional de fato, enfim, precisa de um direcionamento. Acredito que é no contato com o outro que aprendemos, crescemos ainda mais em sabedoria, como os gregos da antiguidade clássica sempre acreditaram. E eles estavam certos.

Lívia disse...

Olha no post original eu falava do autodidatismo também! Mas resolvi deixar essa questão pra lá, se não ia ficar grande demais.

A Internet permite coisas grandiosas para qualquer pessoa que souber utilizá-la e tiver capacidade de aprender sem um "tutor"...E na dança do Ventre nós sabemos o quanto isso modificou a dança, e proporcionou novos horizontes, novas idéias, enfim. Mas há todo um risco de seguir por esse caminho e realmente não acredito no autodidatismo puro. Em algum momento você vai entrar
em contato com alguém e esse alguém vai te dar um toque...não tem como! Pode não ser nem negativo, mas para engrandecer, aperfeiçoar, etc. O homem evoluiu por causa dos contatos!!! Como você disse, Tina, Há um limite..

Cris disse...

Achei super interessante!

Esses dilemas são os mesmos que enfrentamos na fotografia [minha profissão]. As pessoas acham que fotografar profissionalmente - ainda mais agora com o digital - é ter um equipamento caro e sair apertando botão. Nem sequer se dão o trabalho de ler o manual da câmera.
Depois vêm me perguntar: porque todas as fotos do meu casamento / formatura / aniversário ficaram ruins?
PUTZ!!!
E acontece exatamente a mesma situação do videozinho: quem não investe em profissionalização mas se acha profissional cobra barato e estraga o mercado!

Acredito que, infelizmente, isso acontece em todos os ramos artísticos. Especialmente aqueles que lidam com o público direto, mas não estão na mídia [TV / Cinema / Rádio...] que parece ser - ou eram antigamente, pois também estão avacalhando cada vez mais na qualidade - o único meio que ainda exige profissionalismo e formação para quem quer trabalhar nisso.

Eu já comentei isso com a Célia: o pouco que sei de DV é graças à novela e ao que encontrei na internet. E também já tentei fazer minhas próprias roupas.
Mas eu jamais seria LOUCA de me considerar profissional ou sair me apresentando por aí.
Para mim é um hobby e, UM DIA quando sobrar grana [que não sobra por causa da interferência de picaretas na minha profissão] eu farei aulas numa academia com uma professora de verdade... e não porta de garagem!!!

Picaretas, em qualquer profissão, realmente me tiram do sério!!!

Nadja El Balady disse...

Oi, Lívia!
fico feliz que uma moça apaixonada pela dança como você tenha conseguido um espaço tão bacana na internet para exressar suas opiniões. Os vídeos que você postou são ótimos e refletem bem as situações pelas quais passamos na nossa profissão. Acho que você deveria sim falar mais sobre autodidatismo, porque é uma questão importante. Muitas moças no Brasil têm esta sensação de que não precisam estudar muito. Que você siga seu caminho de aprendizado da mesma forma íntegra que está pregando e que se transformem em luzes de magia e beleza à medida em que você se desenvovlva em uma granda artista!
Beijos!
Nadja

Lívia disse...

Obrigada Nadja! (Minha primeira professora de dança)
Posso preparar um post sobre isso, só não quis abordar porque neste vídeo tem TANTAS questões que o post ficaria grande demais, mas obrigada pelo apoio e pelo carinho!!!

Anônimo disse...

Há muita coisa que você pode aprender no seu próprio país, mas eu realmente acredito que você precisa de uma professora de dança do ventre que sabe a forma de arte é suposto ser realizada. Alguém tem que ser capaz de lhe dar um feedback objetivo, ou você nunca vai realmente saber se você está fazendo os movimentos corretamente. Há tantas coisas que você só pode aprender com um professor qualificado!

Rubi disse...

Concordo com a Tina.
AH !!!!!!!! nossa senhora cleopata do Egito !!!!!!!!! eu tbém compro sutiã em promoção e faço minhas roupas ..........aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Anônimo disse...

Não se trata de autodidata em relação à arte, qualquer tipo de arte. trata-se de maturidade, experi~encias trocadas e um estudo e dedicação muito grandes.Machado de Assis, o melhor de noos escritores do século XIX era autodiata. Muitas bailarinas visam apenas o dinheiro. Elas se dizem profissionais, sabem tudo, mas não se v~e uma dança que preste. Não se entrega à danã, à música, à criatividade.

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