Essa semana comprei um livro bem famoso (na verdade é uma peça) para iniciar minha pesquisa acadêmica oficial sobre o Orientalismo: Salomé de Oscar Wilde.
O livro trata da paixão doentia de Salomé por João Baptista (este retratado como Yokanaan), que a rechaça veementemente. No final, Salomé faz a dança dos setes véus (imaginário europeu) e sob juramento do rei Herodes consegue em troca a cabeça de seu amado, realizando assim um desejo sombrio, o qual também selaria seu destino.
Achei interessante por abordar uma Palestina repleta da entrega à concupiscência e à beleza física, uma crítica à própria sociedade hedonista em que Oscar Wilde vivia, a Inglaterra do séc. XIX. A peça foi ojerizada e massacrada pela crítica, atacando ferozmente o trabalho de Wilde sem dó, nem piedade. Na verdade é exatamente assim como a maioria das pessoas ignorantes fazem, criticam e jogam pedras sem conhecer aquilo que falam. A sorte de muitos é que a obra de Oscar Wilde seria lida e relida por mentes tão brilhantes quanto a dele e se tornaria um grande sucesso.
A peça de Oscar Wilde foi adaptada para uma ópera por Richard Strauss, tendo o momento mais impactante da mesma a famosa dança dos sete véus. Aqui abaixo a música:
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