Este instrumento proveniente do Oriente Médio (alguns dizem que do período neolítico!), possui variações de nomes e de estrutura dependendo da região e do país em que se situa. Segundo o derbakista Pedro Françolin, por exemplo, derbake, derbak, durbak ou dirbakki são nomes utilizados na Síria, Jordânia, Líbano e Palestina. Já Tabla é o nome egípcio, sendo um instrumento semelhante ao derbake. Na Turquia seu nome é Darbuka, também diferente do derbake original em sua estrutura, por ter aros e parafusos de afinação em seu interior; e por fim, no Iraque, ele é o Dunbug ou "tabla iraquiana", que diferentemente dos demais que possuem 15 cm de comprimento de pele, ele possui 3 cm, servindo para entoar o soudi, ritmo tradicional iraquiano.

Cada região do derbake é específica para um som: DUM é no centro, TA ainda é na pele, mas no canto, e o KA é no corpo, na borda, seu som precisa ser o mais estridente. O derbake, como todo instrumento de percussão, é quem dá o ritmo da música, essencialmente todo derbakista deve conhecer os ritmos, mas ele também pode florear, isto é, entre uma frase e outra, o derbakista pode inovar com frases mais elaboradas, alterar o tempo da batida e até mesmo inserir batidas sem se atrelar a qualquer ritmo.
Quando a dançarina está num solo de derbake, ela e o derbakista precisam ter uma conexão, algo como "pergunta e resposta". O ritmo que o derbakista "produzir" precisa ser interpretado pela bailarina, e eles podem tanto estar em sintonia como estarem se confrontando.

Aqui abaixo o derbakista Joussef Bichara em um solo extremamente floreado. Tentem dançar ouvindo o vídeo pela primeira vez, e percebam se o ouvido de vocês está afiado nos ritmos e nos floreios! Boa Sorte!
E claro! La diosa: Saida! Abalando no solo de derbake!