Estava lendo um texto muito engraçado indicado pela Lívia neste
blog, sobre como devemos agir quando percebemos que
não seremos dançarinas famosas. É bem divertido porque ela usa os exemplos daquilo que é
extremo de acontecer, aquelas pessoas que viram caricaturas humanas, literalmente! Tenho que admitir que já vi umas
alunas fanáticas pelas professoras, e digo: elas realmente dão medo!heheh
Mas aí eu comecei a pensar e pensar, dois dos exemplos dela são relacionados a
críticas e gosto pessoal. Claro, não se pode chegar para uma pessoa e
odiá-la gratuitamente, mas será que a gente não pode ter
opinião de nada, sair falando que tudo é lindo, o amor é lindo,
a la Caetano Velloso? Me pareceu o que
já comentei antes, que criticar é coisa de mal-amada, de invejosa, de quem sabe que não vai chegar lá e por isso destrói o trabalho alheio. Mas será que é só isso?

Nem vou dizer que todas as
pessoas que criticam estão imbuídas no mais sincero
espírito de expressar sua opinião. Eu, por exemplo,
não sou uma diva, nem
bellydancer superstars, danço para me alegrar e já ouvi que não sei
dançar. Será que foi uma
crítica construtiva? Saber dançar pra quem, como quem, de que forma? Acho que as justificativas fazem toda a diferença quando queremos expor o que pensamos, seja algo
bom ou ruim. Claro que em certos locais - como um
blog acessado diariamente por centenas de pessoas - é perigoso dar seus motivos, pois pode parecer que você está fazendo
campanha contra determinado estilo, pessoa, escola, etc. Mas por isso devemos nos calar e nos resignar ao "tudo é lindo"?. Olha aqui a minha pinta de
Revista Caras!!

Então, gente, não se anule! A
dança do ventre é para a gente se divertir, se alegrar, se unir, mas não acredito que temos que ficar engolindo sapos por aí a todo
preço. Se não me engano isso é um dos motivos que muita gente se desilude com a
dança do ventre: a falta de espaço para se
exprimir. Não to falando de lugar pra
dançar, pra fazer o seu
estilo de dança, pra isso antes de espaço é preciso coragem, reconhecimento não é algo que a gente pode calcular para ter, ele simplesmente acontece! Eu falo de
espaço, até mesmo dentro da companhia que fazemos parte, de sermos ouvidas quando achamos "
isso não é legal". Tememos ser rechaçadas sem antes tentarem nos compreender, e muitas vezes tentamos nos adaptar ao que não gostamos. Resultado:
decepção.

Eu
quero e posso enumerar o que gosto e o que não gosto, e desejo que muitas outras dançarinas queiram e possam fazer o mesmo! Eu adoro a
Suellem Morimoto, gosto de saias com babados laterais, gosto da coreografia da Orit Maftsir da música Ana Keda, gosto do
Tito Seif, amo
Mowashahat (me sinto em al-Andalus tomando um chá de hortelã com meu amado Ibn Hazm no Califado de Córdoba)! Não gosto de danças super técnicas sem emoção ou de
dançarinas que fazem super requebrados sem sincronia com a música (só pra aparecer); não gosto da Karla Tem Tem, não gosto da
Didem, nem da Dondi, e não gosto de
dança do ventre com minissaia. E aí? Minha opinião!
Para quem gosta de tudo, fica aí esse vídeo (dica da Débora Hathor). Gosta, nêga?
Oi Celia.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você. É complicado quando a gente não gosta de certas coisas mas tem que ficar sorrindo para tudo para não magoar as pessoas. Quando você se propõe a se bailarina profissional tem que estar aberta à críticas construtivas e desencanar das pessoas que criticam pelo prazer. E se você não á bailarina profissional e faz dança para se divertir tem mais é que ligar o f*da-se para as pessoas e curtir suas aulas de dança.
Eu simplesmente adoro esse vídeo, não porque acho bonito, mas é tão bizarro que fica engraçado.
Bjus
Suelen, pois é, eu acho que quando abraçamos uma profissão, ainda mais uma que lida com a exposição constante da nossa imagem, temos que estar preparadas para as críticas. O que me incomoda além disso é uma certa aceitação em não ter opinião, essa sensação de eterno "em cima do muro". Cada um com sua personalidade, ok, mas muitas vezes eu vejo que essa adaptação é forçada. No me gusta!!
ResponderExcluirE sim, esse vídeo é ótimo, eu morro de rir! O negócio é alguém falar: "diivaaaa" pra isso aí!hauhuahua
Não sei sobre a música, mas que o figurino não contribuiu em nada para o desenvolvimento dos movimentos isso é fato. Acredito que o problema não seja driblar o tradicional em busca de uma nova leitura da dança, mas respeitar os limites que o próprio corpo, rítmos e movimentos, figurinos e todo o contexto cultural aí existente nos proporcionam (e que muitas esquecem).
ResponderExcluirGostei da opinião das duas,(da Ghiza rocha e Celia Danele), ambas tem argumentos plausíveis.
ResponderExcluirNa minha opinião ninguém gosta de ser criticado,(nem eu), mas tbém ninguém é obrigado a gostar de nada.
saia curta ou aberta demais é horrivel, acaba com o mistério, pra mim saia curta e salto alto matam a dança!
ResponderExcluirÉ, é super complicado mesmo esse negócio de não podermos expressar nossa opinião. Eu mesma estou sofrendo pois expus minha opinião em público e fui acusada de "atacar alguém". Enfim fica o desabafo: Não é pq eu não gosto do corte chanel que ele não seja legal para várias pessoas e que eu , enquanto cabelereira não deva saber fazê-lo. Apenas me reservo o direito de não usar este tipo de corte em mmim!UFA!Uma analogia simples pode demonstrar que uma opinião é só uma opinião, e não um ataque pessoal!
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