Espaço voltado para a divulgação da dança árabe no Brasil, trazendo informações, opiniões, fotos e vídeos sobre o tema, além de letras e traduções de músicas árabes.
Tradução da música Ana Keda da Samira Said a pedido de Emeline Valejos OBS: Esta música deve ser um hino às mulheres oprimidas!
Ana Keda - Esta sou eu
Eu sou assim, esta sou eu Este é meu jeito E você tem que se acostumar a isso Tente me compreender e me perdoar Não gosto quando manda em mim Não me assuste, não me ameace Não vou te obeceder quando quiser Eu não gosto disso
Você teria a minha alma com uma palavra Você teria o meu coração com gentileza Mas com crueldade eu diria não Não sou cabeça-dura Com carinho você me terá e eu virei até você antes que me chame Não me assuste, não me ameace Não vou te obedecer quando quiser Eu não gosto disso
Letra:
ana da ana keda أنا ده أنا كده ana belshakl da أنا بالشكل ده wenta elmafrod ta5od 3la keda وانت المفروض تاخد على كده 7awel tefhamny we to3zorny حاول تفهمنى وتعذرنى mab7ebsh sotak y2omorn مبحبش صوتك يأمرنى mat5awfneesh mathadedneesh ماتخوفنيش ماتهددنيش ana keda mabageesh أنا كده مابجيش we ma7ebesh keda وماحبش كده
5od ro7y beklma 5od 2alby br2a خد روحى بكلمة خد قلبى برقة laken bel2aswa 7ay2olk la2a لكن بالقسوة حيقولك لأ ana msh 3enadya ana bel7nya أنا مش عندية أنا بالحنية temlokny wagelk 2abl elneda تملكنى وأجيلك قبل الندا mat5awfneesh mathadedneesh ماتخوفنيش ماتهددنيش ana keda mabageesh أنا كده مابجيش we ma7ebesh keda وماحبش كده
Tradução da música Shakhbat Shakhbit da Nancy Ajram a pedido da Vivi Caleo.
OBS:Nancy Ajram está num momento "animadora infantil", e neste clip ela canta 3 músicas do mesmo cd, representando o papel de professora do primário! Além disso, esta tradução alude muito bem o caso aqui no Brasil da professora que repreendeu o menino que estava pichando a parede da sala de aula. Isso aí, Nancy, bota o guri para limpar também! ^^
Shakhbat Shakhbit - Ele está desenhando, ele está rabiscando
Fala: Era uma vez Há muito tempo atrás O sol estava sorrindo e a lua não podia dormir E havia várias casas com muitas cores, crianças e belas canções Onde? Lá, onde existe a terra dos sonhos O que é a terra dos sonhos? A terra dos sonhos existe aqui (aponta para a cabeça). Aí? E na terra dos sonhos existe um pequeno menino, que perturbou seus vizinhos Ele estava sempre fazendo bagunça Qual era o nome dele? O nome dele... O nome dele... Hamada? Hamada, muito bem! Hamada amava as cores, o vermelho, o verde, o amarelo, o azul Ele desenhou um pássaro na parede E ele desenhou no chão E também desenhou nas roupas de seus amigos Ele desenhou com diversas cores
Música: Ele está desenhando, ele está rabiscando Está fazendo uma bagunça! Ele pegou as cores e desenhou na parede. Ele está desenhando, ele está rabiscando Está fazendo uma bagunça! Ele pegou as cores e desenhou na parede.
O que eu devo fazer com você, oh Hamada? Esta brincadeira é um péssimo exemplo. O que eu devo fazer com você, oh Hamada? Esta brincadeira que é um péssimo exemplo. Se você quer desenhar, desenhe! Mas não rabisque as paredes!
Ele está desenhando, ele está rabiscando Está fazendo uma bagunça! Ele pegou as cores e desenhou na parede. Ele está desenhando, ele está rabiscando Está fazendo uma bagunça! Ele pegou as cores e desenhou na parede.
Desenhe uma árvore, um porto ou os mares Mas os desenhe no quadro-negro Amanhã você será um artista famoso E nós gostaremos de fazer uma pintura com você Desenhe uma árvore, um porto ou os mares Mas os desenhe no quadro-negro Amanhã você será um artista famoso E nós gostaremos de fazer uma pintura com você
Eu espero que você cresça e se torne um Picasso Ele também foi uma criança pequena que queria ser um artista Mas ele nunca desenhou na parede!!
Desenhe e sonhe com o futuro Aquele que sonha terá um dia em que tudo se realizará E isso é o que está à espera em sua vida, que será a coisa mais bonita Você tem meu amor Pegue suas canetas e seus lápis e pinte e desenhe com eles Mas na sua folha, não na parede!
Letra:
Fala: Kan yama kan be 2adim zaman Chams beted7ak w 9amar mabeynam W kan fi biyout melawanin Welad w aghani 7elwiin (ween ?) honek bel a7lam (sho ela7lam ?) Ela7lam ya3ni hoon (hoon ?) W be ela7lam kan fi sabey Ye3azeb emmo weljiran kan ykhartech 3ala kel el7itat (sho esmo ?) esmo esmo esmo... (hamada) hamada bravo hehe.. W hamada bei7eb el alwan « a7mar akhdar asfar w azra9 » 3al7ayat beiersam 3asfora 3al ard biersem Biychakhbet w3atieb ashabo beykhartech Rasm men kel el alwan
Música: Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rasam 3al 7et Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rasam 3al 7et 2a3mel eh wayak ya hamada eli 3melto da aswa2 3amal 2a3mel eh wayak ya hamada eli 3melto da aswa2 3amal 3ayez terssem..erssem w lakan men gher ma tshakhbat 3al 7et Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rassam 3al 7et Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rassam 3al 7et
erssem chagra w b7our laken erssem 3al saboura bokra tkoun fanan mashhour 3ayzin na5od gambak soura erssem chagra w b7our laken erssem 3al saboura bokra tkoun fanan mashhour 3ayzin na5od gambak soura be7lam tekbar teb2a Picasso kan yom tefl w kan meen nefsso lakan wala shakhbat 3al 7et Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rasam 3al 7et Shakhbat shakhabit..lakhbat lakhabit mesek el alwan w rasam 3al 7et
erssem we7lam bel mosta2bal weli biye7lam bokra y moun w eli gay fe 3omrak agmal
O DVD Goddess Workout - Bellydance With Veils estava numa super promoção na CD Point, e eu comprei felicíssima, achando que conseguiria altas dicas para trabalhar com o véu... Ledo engano. A técnica da dançarina Dolphina não me agradou, para mim ela parecia que usava o véu como se estivesse colocando um lençol na corda para secar, claro que com um pouco mais de estilo que a maioria das donas de casa...
Bem, mas há pontos positivos neste DVD, claramente para o nível iniciante: como pegar o véu com os dedos e fazer fáceis variações com ele. Você que está começando a dançar, pode usar este DVD com um olhar crítico: veja os movimentos de Dolphina e repita-os com mais charme, leveza e postura!
A didática da bailarina parece se focar mais no bem-estar propiciado pela dança (ela não se cansa em dizer: seja uma deusa! Você é uma deusa, etc) do que realmente numa técnica apurada, como faz a Petite Jamilla no seu DVD sobre véu duplo. Mas, se você estiver em casa sem ter o que fazer (ou não querendo fazer nada) e quiser aprender o básico do básico do véu, veja a Dolphina, disponível também no youtube com umas partes deste DVD.
A poesia de hoje tem como tema a dança do ventre durante a gravidez, um assunto muito interessante, mas que gera algumas controvérsias. Para quem se interessar, o blog tem um post sobre o tema aqui. A poesia Prayer to the Divine Mother, traduzida do inglês, é de autoria de Mirayah Delamar.
Prayer to the Divine Mother - Oração à Mãe Divina
Mãe Divina, Mãe Terra! À sua imagem sou feita, um recipiente humano preenchido com o espírito da Vida. Eu celebro sua infinita Criação: Me volto e danço em reverência aos ritmos do Universo, a musica do Cosmos, dando forma à sua semente que em mim vive e cresce como um filho do Amor. Oh, Deusa da Beleza e da Graça, Rainha da Paz! É na abundância que você nos dá, que poderia ser homenageada, que não poderíamos evocar nossa própria destruição, mas espalhar sua Glória por toda a terra. Mãe, sou sua filha, de seu puro espírito sou nutrida. Com você em meu coração e em minha mente, posso criar. A você eu me rendo, A você eu me rendo, na dança, da Vida, do Nascimento, e Renascimento.
Mirayah Delamar
Versão original em inglês:
Prayer to the Divine Mother
Divine Mother, Earth Mother! In your image I am made, a human vessel filled with Life spirit. I celebrate your infinite Creation: I turn and dance in reverence to the rhythms of the Universe, music of the Cosmos, giving form to your seed that in me lives and grows into a child of Love. Oh Goddess of Beauty and Grace, Queen of Peace! In the abundance that you give may you be honored, that we may not call forth our own destruction, but spread your Glory far and wide upon the earth. Mother, I am your daughter, of your pure spirit I am nourished. With you in heart and mind, I create. To you I surrender, To you I surrender, in the dance... of Life, Birth, and Rebirth.
Tradução da música Habibi winta baeed do Tamer Hosni a pedido da Maira Nóbrega.
Habibi winta baeed - Meu amor, quando você está distante...
Meu amor, quando você está distante Eu sinto falta do toque de sua mão Sem nenhum sussurro, Feche seus olhos e passe suas mãos (em seu corpo) Quando penso em você, você sente este toque
Você diz sozinha, ahhh Eu digo sozinho, ahhh Mas nossos suspiros saem como um só, Meus olhos choram por você, Seus olhos choram por mim, As lágrimas parecem as mesmas Eu te conheço e posso sentir você E vejo seus olhos nos meus E é como se você estivesse me abraçando E às vezes meus olhos choram por você sem sofrimento, meu ou seu...
(Meu amor, quando você está distante, eu sinto falta do toque de sua mão, sem nenhum sussurro...)
Meu amor, meu amor, nós temos um acordo A qualquer momento que nós nos separemos, nós temos que nos reencontrar Quando acreditamos, nós ultrapassamos qualquer fronteira Meu amor, a vida está ao nosso redor Você a toca através dos seus olhos E a sente através de suas emoções Meu amor, meu amor
Meu amor, quando você está distante Eu sinto falta do toque de sua mão Sem nenhum sussurro, Feche seus olhos e passe suas mãos (em seu corpo) Quando penso em você, você sente este toque
Se cada alma está em um lugar diferente Nós temos um lugar especial para nos reunir Sem tempo, sem pessoas, sem medo, sem esquecimento Nem a morte pode nos parar Meu amor, meu amor
Letra:
7abeebi winta b3eed, moshta2 lilamset eed min gher wala hamsa, ghamad wimid idek awal ma fakar feek 7at7is bil lamsa x2
bit2ool liwa7dak ahh, wiba2ool liwa7di ahh, wibtitsime3 wa7da, tibki 3inai 3alek, tibki 3alai 3inek, hiya domoo3 wa7da, 3arfak o 7ases beek o bashoof 3inek bi3inek, wika2ini ben 7odnak, o sa3at 3iooni kteer tibki 3alek min gher 7ozni wala 7oznak
7abeebi winta b3eed, moshta2 lilamset eed min gher wala hamsa, ghamad wimid idek awal ma fakar feek 7at7is bil lamsa x2
law kol ro7 fi makan leena 7abeebi makan daiman bigma3na, la zaman wala insan, wala khof wala nisian wala mot 7aimna3na
Tenho visto muitos vídeos no youtube com dançarinas se apresentando em casas de chá, eventos não exclusivos da dança do ventre, restaurantes, etc. De todos, este último tenho minhas ressalvas, pois percebo algumas coisas que me deixam chocada! Obviamente não é em todos os vídeos, mas em alguns a gente percebe a total falta de educação da plateia com a dançarina... Cadê o respeito às dançarinas do ventre?!
A mais evidente delas é a falta de atenção. É a mesma dispendida aos músicos que tocam ao vivo, o cara canta, se esgoela, atende aos pedidos mais bizarros, aquelas músicas do tempo do "ronca" (gírias que demonstram a idade, ai ai ai), quem aplaude ao pobre? Claro, se é O cantor, A cantora, muita gente para, faz fila, canta junto, mas aquele desconhecido por mais talentoso que seja ocupa o mesmo lugar do barulho ao redor, ou melhor, disputa com o barulho! A dançarina entra no restaurante para se apresentar, mas se o estabelecimento não organiza a sua entrada, não monta um momento para ela, a bendita entra no meio das pessoas que estão circulando, literalmente cutucando as costas dos outros para que lhe deem passagem, dança com os braços recolhidos, com medo de dar um tapa na cara de algum garçom ou transeunte, quase não ouve a música que está dançando, porque as pessoas passam a gritar para conversar, e ela fica lá contando eternamente os minutos que faltam para ela sair da frente das pessoas. No final a qualidade de sua apresentação não fará tanta diferença, porque os poucos que param para vê-la, perdem logo o interesse, pois nem ela mesma consegue se concentrar na sua dança. Para se ter uma ideia do problema, eu já vi uma coitada no Habib's dançando e tentando fingir que nada estava acontecendo, enquanto uma criança atirava toda hora uma bola na sua cabeça... E quanto aos engraçadinhos? Eles acham que estão assistindo a um show de strip-tease, e as dançarinas tem que ficar se esgueirando para não serem alvo de nenhuma mão boba, ou de palavras indecentes!
Eu comento isso com uma dor no coração, por mais que seja um tanto exagero de minha parte (afinal, muitas dançarinas, especialmente aquelas que postam vídeos deste "fracasso" no youtube, não conseguem perceber o descrédito que passaram), mas eu sei que muitas ficam decepcionadas ao passar por uma situação dessa. A minha mãe é tecladista, e eu ficava muito triste quando a via estudar um repertório com afinco, escolher músicas, tocar e cantar várias horas em ambientes que sequer percebiam a sua presença. Eu fiz questão de nunca me submeter a isso, e numa atividade que tanto gosto e prestigio que é a dança do ventre, fico da mesma forma ofendida com a falta de educação alheia, como se tivesse acontecido comigo!
Por isso, meninas, não percam a esperança! Quem já se sentiu idiota, uma horrorosa, em dançar e ser completamente ignorada ou ofendida, não pense que a culpa é sua! A melhor forma é escolher a sua audiência, e não sair dançando em qualquer lugar, valorize-se! Eu sempre digo para as meninas que a primeira apresentação se faz entre amigos, a família também nos ajuda a perder a vergonha, mas não saia dançando em qualquer buraco, se assegure que ao menos o ambiente dará o seu espaço para se apresentar.
Alguns restaurantes árabes oferecem apresentações de dança do ventre para entreter seus clientes, como é o Al Khayam no Centro do Rio de Janeiro, o Arab em Copacabana. Neles as dançarinas são respeitadas, tem seu momento para dançar, ainda que não dê para impedir que pessoas entrem no restaurante e os garçons deixem de circular. De qualquer forma, a gente percebe que o local se organiza para a dançarina, e ela não fica perdida no meio dos clientes. Além disso, "não prestar atenção" é direito de quem está no restaurante, a dança pode não cativar a todos, mas é exatamente a organização do lugar que fará com que a dançarina não seja incomodada ou atrapalhada em sua apresentação.
Eu não vou colocar aqui os vídeos em que uma dançarina é terrivelmente ignorada ou assediada, pois acho que seria mais feio ainda para mim divulgar o mau momento dos outros. Quem já passou por isso, que perceba e passe a escolher melhor onde dançar. Ao invés disso, vou colocar um vídeo de quem arrasou dançando num local público. Palmas para a dançarina e palmas para o público que assistiu a ela!
Aqui Ansuya no Restaurante americano Al Amir. O velhinho - Harry Sarouyan - ficou tão empolgado que jogou dinheiro em cima dela (meninas, tem árabes que fazem isso! Nada de se abaixar para catar o dinheiro no chão! Olha a pose de diva!)
Nos dias de hoje, muitas pessoas vivem em busca da calma e da serenidade das antigas práticas e filosofias orientais, como forma de aliviar o estresse e a tensão de nossos tempos modernos. A Dança do Ventre é apenas uma dessas muitas formas que tem se tornado um remédio popular contra um mundo tão agitado e competitivo.
Algumas das mais antigas civilizações do Oriente deram origem a diversas formas de arte e filosofias de vida como o Yoga, a meditação, a acupuntura, a massagem, o Tai Chi e é claro, a Dança do Ventre.
Cada uma dessas formas, e outras semelhantes, têm como objetivo maior a compreensão do holismo, ou seja, o entendimento de que o equilíbrio e a integração entre mente, corpo e espírito são de extrema importância para a saúde, a felicidade e a harmonia com Deus.
É claro que é bem complicado (senão impossível) ter a mente em paz ao mesmo tempo em que se pratica um exercício corporal difícil, doloroso e artificial. Assim, muitas filosofias orientais enfatizam a prática daquilo que é agradável e saudável ao mesmo tempo para um bem-estar total.
Os movimentos da dança do ventre trabalham junto com o corpo, e não contra ele. De uma maneira mais eficaz, os movimentos exercitam e aperfeiçoam toda a parte física e suas funções. Os movimentos circulares e ondulatórios trabalham os músculos e as articulações completamente e, ao mesmo tempo, massageiam o corpo, aliviando as tensões.
Movimentos mais enérgicos, como shimmies e outras vibrações, ajudam a eliminar o excesso de energia e o estresse, enquanto trabalham aerobicamente o sistema corporal. Os exercícios físicos são muito utilizados no Oriente como uma forma de facilitar a comunhão com o Divino.
Como exemplo, pode-se citar o taqsim lento, que improvisa uma melodia hipnótica. A dançarina realiza movimentos circulares e ondulatórios do tronco, dos quadris, dos braços e da cabeça, de maneira bem suave. Esses movimentos agradáveis harmonizam o sistema nervoso central, fazendo com que ele libere hormônios que controlam o humor e a energia corporal. A mente torna-se relaxada e centrada. Enquanto improvisa o movimento, a dançarina foca-se na sua habilidade criativa como forma de resposta à música. Este foco permite que ela se concentre apenas no momento. Além disso, estados de alteração de consciência podem ocorrer, deixando-a revigorada quando a dança termina.
Se o estresse da pessoa em questão é mais severo, certos movimentos enérgicos de rituais do Zaar (danças de exorcismo) podem ser usados para expulsar a negatividade do corpo e aliviar a tensão. Ritmos especiais de percussão são utilizados. A repetição da batida, a concentração mental na música e a energia do movimento trabalham juntos. Quando a pessoa já está exausta, significa que os "demônios" de energia negativa foram expulsos, e a paz e a cura, reforçadas.
A Dança do Ventre reverencia o corpo como sendo o templo da alma. Dessa forma, procura deixar o corpo saudável através do uso adequado dos movimentos e sua interação com a música. A dança também harmoniza as emoções através da expressão criativa de cada dançarina, desenvolvendo a capacidade de relaxar a mente para que possa fluir a inspiração do Eu Superior. A dançarina torna-se o canal, através do qual, a luz divina ilumina a realidade física. O poder dessa forma de arte é imenso, pois tem durado e permanecido até hoje, apesar do constante fluxo e refluxo das civilizações e mudanças das normas sociais.
Aqueles que praticam a Dança do Ventre encontram um verdadeiro oásis de cura, em meio ao turbilhão de nossos tempos. Afinal, estabelecer a paz dentro de nós é o primeiro passo para estabelecer a paz ao nosso redor.
PAREM O QUE ESTÃO FAZENDO!! Este filme é uma raridade pela inovação!!! O filme se chama originalmente "Seelai ng yi cho" ("Minha mãe é uma dançarina do ventre"), é um filme chinês sobre a vida de três donas de casa - e de certa forma, de muitas outras como elas - que sofrem com a perda da juventude, da beleza e da paixão. Cada uma delas sofre com um tipo de drama: a Sra Chan (Amy Shum) descobre que seu marido tem um caso com uma mulher muito mais jovem e quer o divórcio; Sra Lee (Sydney) é submissa aos caprichos do marido e do filho, que tentam a impedir de viver a sua própria vida; e a Sra Wong (Crystal Tin) tem um marido amoroso, mas quando ela perde o emprego, sua vida desmorona, por não ter dinheiro para sustentar a família. Na vida delas tudo parecia sem sentido, até elas descobrirem a dança do ventre!
A dança do ventre entra na vida dessas mulheres através de Pasha (Pasha Umer Hood), que infelizmente não consegui descobrir se é uma dançarina do ventre na vida real (ao que tudo indica, sim!), que vem para substituir o professor de dança do conjunto habitacional onde todas vivem. O filme discute a questão da imagem pejorativa que a dança tem, por ser vista como algo atrevido, indecente, mostrando o preconceito que muitas mulheres tem da dança, mas que no final acaba atraindo as três senhoras para ocupar o seu dia. A partir daí, a dança do ventre passa a representar o mais importante de seu dia, trazendo de volta a paixão e razão de suas vidas. Aos poucos, as três senhoras começam a recrutar outras mulheres para as aulas, e o número de alunos só vai crescendo, entretanto a dança começa a ser um problema local simplesmente por exibir os "umbigos" das mulheres, algo muito liberal para o conservador conjunto habitacional chinês.
Dos que apóiam e dos que reprimem, temos o marido da Sra Wong a apoiando por vê-la feliz, e o marido da Sra Lee tentando de tudo para fazê-la abandonar sua paixão. As aulas de dança do ventre acabam sendo canceladas, e fica a expectativa: elas conseguirão vencer os preconceitos e retomar as aulas no seu conjunto habitacional?
O que achei interessante foi a abordagem da dança do ventre como algo que pode melhorar a nossa qualidade de vida, tanto fisicamente como mentalmente, e não somente uma atividade puramente sensual e para "fins reprodutivos". Alguns críticos comentam que o filme, apesar de explorar essa ideia, acaba sendo superficial, não criando a inspiração necessária que tantos filmes de dança causam nas pessoas, como "Vem dançar comigo" e "Dança comigo?". Mas vale a pena ver no cinema algum filme que perceba a dimensão positiva - ainda que superficialmente - que a dança do ventre pode ter na vida de uma mulher, e assim, na vida de quem convive com ela!
Por causa do grande número de pedidos de tradução, achei interessante dividir esse "problema" com vocês, e assim perceberem todo o trabalho que dá para encontrar uma tradução! Existem vários fatores que complicam na hora de traduzir, e vou listá-los aqui embaixo:
Não existe só 1 idioma árabe! Existem mais de 22 dialetos diferentes, e as músicas são faladas nestes dialetos, o chamado árabe popular. Existe o dialeto sírio-libanês que é comum (com poucas diferenças) a muitos países, como a Síria, Jordânia, Líbano, e é o mais presente nas músicas árabes, porém mesmo assim, se houver expressões idiomáticas, a gente fica perdida!
Nós falamos árabe? Bem, nós "falamos" árabe clássico. Já postamos sobre as diferenças entre árabe clássico e popular aqui, caso alguém tenha curiosidade. O que nos dá maior facilidade de encontrar as letras, é porque somos alfabetizadas em árabe (alif-ba-tizadas... piada corporativa), assim achamos a letra e mandamos para a tradução.
Quem traduz as letras? Temos voluntários que traduzem do árabe para o inglês ou espanhol, daí nós traduzimos para o português. Então dependemos muito deles!! Se o dialeto for complicado, por exemplo, o egípcio que quase não conheço quem entenda, a tradução pode ficar no forno até aparecer um candidato a traduzí-la!
Traduttore Traditore
Já dizia o velho ditado romano, traduzir é uma tarefa árdua, você acaba manipulando a ideia original das letras. O que quero dizer com isso? Nas traduções nós temos que torná-las compreensíveis, mas muitas vezes o cotidiano brasileiro, a nossa cultura nada tem a ver com a do cantor, o que no final transforma uma letra de música no mínimo bizarra para nosso entendimento. Daí a necessidade de notas e observações, quando a tradução me evidencia que o contexto não vai ser facilmente compreendido, ou quando há uma curiosidade interessante. Por exemplo: olhos! Quantos olhos nas músicas árabes! Por que ser "os olhos" de outra pessoa é algo tão maravilhoso? Porque a luz "entra" pelos olhos, na cultura árabe a visão é o sentido mais importante, que nos dá acesso à luz divina. Profundo, não?
Letras incompletas... Pessoas, muitas vezes eu tenho a letra transliterada, outras não, ou então tenho a tradução, e não encontro a letra! Já teve vezes em que eu parei aqui em casa para ouvir a música e colocar a transliteração bonitinha, mas demorei 3 horas para fazer! Eu tenho trabalho, faculdade, marido, cachorros, isto é, o tempo é curto! E para colocar uma música sem uma das partes, prefiro não colocar. Caso alguém esteja muiiiiiiito necessitado da tradução, eu mando por e-mail caso a tenha, mas ela não vai para o blog sem estar direitinha!
Nomes árabes em letras ocidentais Como não há um só árabe, também não temos só um tipo de transliteração. Ou seja, Nancy Ajram no Líbano, Nancy Agram no Egito, e para as palavras então, o kh pode ser o 7, o ayn pode ser o 3, quem nunca viu ayounak e 3ayounak? Quando pedirem uma música, coloquem o nome da música, do cantor, se possível um vídeo do youtube, porque a mesma pode ter vários nomes diferentes. Assim eu tenho mais chance de encontrar a letra, pois um apóstrofozinho pode fazer toda a diferença!
Assim, espero contar com a paciência de vocês! Não deixo de cobrar meus voluntários as traduções, mas se não houver quem as traduza, eu também fico esperando que apareça!
Tradução da música Yama Layali da Carole Samaha a pedido da Crislane Tateno.
Yama Layali - Diversas noites
Pela primeira vez em minha vida recomeço a viver E eu vi a lua por quem eu chamava, perto de mim, não mais distante Não sei o que aconteceu comigo Estou sonhando mesmo? Hoje está tudo tão belo, por quê? Por quê? Por quê? Parece um dia sagrado Hoje é o dia em que renasci E eu amo a noite porque vejo a minha lua
Diversas noites, diversas E você não estava comigo Eu sonhei que você estava ao meu lado E agora você está aqui O que mais eu precisaria?
Diversas noites, diversas Meu desejo ansiava por você e meu coração despertava em suas noites E eu peço a meus olhos que reclamem às noites enquanto você esteve distante de mim
Diversas noites, diversas Hoje é o dia em que renasci E eu amo a noite porque vejo a minha lua Diversas noites, diversas Prometi às estrelas, meu amado, que estaríamos a salvo E que ficaríamos unidos para sempre Sem sofrimento, nós viveríamos melhor E a mágoa não existiria entre nós, não haveria lugar para ela Hoje é o dia em que renasci E eu amo a noite porque vejo a minha lua
Diversas noites, diversas E você não estava comigo Eu sonhei que você estava ao meu lado E agora você está aqui O que mais eu precisaria?
Diversas noites, diversas Meu desejo ansiava por você e meu coração despertava em suas noites E eu peço a meus olhos que reclamem às noites enquanto você esteve distante de mim Diversas noites, diversas
Letra:
Awwil marra fi 7ayati ba3eesh ana 7ayati ana min gideed We bashouf amari illi nadi wa2if ousadi w moush ba3eed
Ma3rafshi garali eih Ana ba7lam walla eih? Walyoum da 7elwi leh Lelillelileeih w kan da3ee (2x)
Da 3omri el nahar dah bassit walad 3omri (walad 3omri) Wana 7abbeit el sahar 3alashan bashouf amari (aah bashouf amari) (2x)
Yama layali yama Winta moush ma3aya, ana kounti ba7lam beek ma3aya Dilwa2ti winta hina ma3aya 7a7tag li eih w inta hina
Yama layali yamaaa Kan shou2i ynadeelak w ana albi sahran way yaleilak W ba3d 3youni tishtikeelak min youm saharna wa bo3dina
Yama layali yamaaa Da 3omri el nahar dah bassit walad 3omri (walad 3omri) Wana 7abbeit el sahar 3alashan bashouf amari (aah bashouf amari) Yama layali yama Baw3id albak 7abibi ana min el bidaya 3ala el aman Wetkoun 3alatoul ma3aya w nar hawaya 3ala el zaman Min gheir 3azabou aah.. 7an3eesh agmal 7ayat W el gar7i ma binnana la yalalalaaaa da maloush makan Da 3omri el nahar dah bassit walad 3omri (walad 3omri) Wana 7abbeit el sahar 3alashan bashouf amari (aah bashouf amari)
Yama layali yama (3x) Winta moush ma3aya, ana kounti ba7lam beek ma3aya Dil wa2ti winta hina ma3aya 7a7tag li eih, winta hinaa
Yama layali yama Kan shou2i ynadeelak w ana albi sahran way yaleilak W ba3d 3youni tishtikeelak min youm saharna w bo3dina Yama layali yama
Assim que começamos a ter aulas de dança do ventre, uma das primeiras perguntas que nos fazemos é "Como faço para ter uma roupa dessas?". Como o custo de uma roupa para dançar varia muito e confeccioná-la sozinha é bem complicado para a maioria de nós, eu sugiro que você tente antes fazer uma "lição de casa". Por mais tentador que possa parecer sair correndo para comprar os primeiros itens maravilhosos que você encontrar, se você estiver com um orçamento apertado, é bom dar um passo de cada vez. Existem muitos estilos para se escolher e você precisa descobrir qual é o mais adequado para sua personalidade, seu tipo de corpo e seus gostos. Além disso, escolher a roupa certa pode fazer sua experiência como dançarina ser ainda mais prazerosa.
Uma boa maneira de procurar por estilos legais de roupas de dança do ventre, é claro, é dar uma olhada em vídeos, DVDs, fotos e performances ao vivo. Ao observar outras dançarinas, você pode descobrir por quais estilos, cores e texturas é atraída, e quais irão cair bem para o seu corpo e expressar sua personalidade.
Roupa para aulas de dança do ventre
Provavelmente você tem elementos suficientes em casa para montar sua própria roupa para aulas de dança do ventre. E o melhor: sem gastar quase nada. Geralmente, o acessório mais importante para uma aluna iniciante é algum tipo de adorno para o quadril. Esse item ajuda a acentuar e definir os movimentos dessa região, tão comuns na dança do ventre. O acessório mais popular é o lenço de quadril, que pode variar quando é enfeitado com moedas e outros badulaques.
* Cuidado: Os lenços de quadril feitos com contas ou bolinhas de vidro podem ser perigosos se se soltarem da roupa, pois podem causar lesões pra lá de dolorosas nos pés. O melhor é deixar as contas de vidro apenas para shows e usar também calçados leves para evitar esse tipo de problema. Bom, se você tem algumas peças legais em casa, pode misturá-las e fazer uma roupa bacana para suas aulas. Um tecido leve de pelo menos 1,50m serve como um lenço de quadril. Se tiver um xale com franjas, é ainda melhor. Outra idéia é enrolar também correntes por cima do lenço. Você ainda pode enfeitá-la com contas e coisas do gênero. Para a parte de cima, o legal é costurar paetês, canutilhos e contas a um sutiã com bojo ou bustiê. Ou se preferir, uma simples blusinha amarrada deixando o umbigo à mostra também fica legal.
As dançarinas de dança do ventre gostam de usar tanto saias de comprimentos variados, como calças no estilo 'harém'. Mas as calças legging ou de ginástica são as mais usadas durante as aulas. Confortáveis e práticas, basta colocar o lenço de quadril e outros efeites por cima delas e você tem a combinação perfeita para a ocasião.
Com as dicas acima, é possível montar um figurino simples e barato para suas aulas. Por mais desnecessário que possa parecer aos olhos alheios, é sempre legal se arrumar mesmo nesses momentos. A produção no estilo 'bellydance' faz a aluna iniciante entrar no ritmo mais facilmente, ajuda a se sentir mais 'dançarina'.
E você? Como costumar se produzir para suas aulas? Deixe um comentário!
Tradução da música Ya Rab da Carole Samaha e Marwan Khoury a pedido da Crislane Tateno.
Ya Rab - Oh Deus!
Marwan: Você, você que ainda é bela, mais ainda que antes Não há coincidência melhor que esta Meu coração sempre quis te encontrar novamente Diga-me, como você está?
Carole: Você, você que ainda é o mesmo, você não mudou Atordoando meu coração enquanto ainda estou confusa E você tem ainda um coração de criança Me confirme, como está?
Marwan e Carole: Vamos relembrar nossos velhos caminhos e a paixão nos tocará novamente Por que você ficou tão distante? E como pudemos esquecer aqueles sonhos? Oh, noite, que ainda espera por nós, os dias estão nos separando
Marwan: Oh Deus, faça que nossos dias juntos durem bastante E que sempre nosso amor nos mantenha unidos Oh Deus, faça isto durar, oh Deus, faça isto durar
Marwan e Carole: Oh Deus, se pudessémos resgatar o amor que existia E fazer com que ele se torne melhor do que fora no passado Oh Deus, se pudéssemos voltar no tempo, Oh Deus, se pudéssemos voltar...
Marwan: Eu te amo, eu amo seus olhos quando eles falam E a forma que eles desenham aquele sorriso Sempre fique comigo Assim nós ganharemos todo o mundo
Carole: Eu te amo, você é o ontem, o hoje, o amanhã Você não tem ideia de quanto senti sua falta É difícil viver tendo você somente como memória Você, que é mais precioso que todo o mundo.
Letra:
Marwan Khoury: Enti, Ba3dik helwi w sorti a7la Shou hal sodfi ma fi a7la W albi yshoufik yama esta7la Oulili kifik enti?
Carole Samaha: Enta, Ba3dak enta w ma btetghayar M7ayarli albi w m7ayar W ba3dou albak tefl zghayar Tammenni kifak enta?
Marwan Khoury & Carole Samaha: Mashi netzakkar 3a droub, w ymarje7na el gharam Leish b3edna w keef aderna nensa hak el a7lam Ya leil el ba3dou naterna 3a nfare2 hal iyam... x2
Marwan Khoury: Ya rab tdoum iyamna sawa, w yeb2a 3a toul jame3na el hawa Ya rab tdoum, Ya rab tdoum
Marwan Khoury & Carole Samaha: Ya rab n3eed hal 7obb elli kan, w a7la bi kteer mnel madi kaman Ya rab n3eed, Ya rab n3eed
Marwan Khoury: Bhebbik, Bheb 3younik lamma bte7ki W keef btersom hak el de7ki Khalli rassik faw2i yebki W nemlok hal denyi kella
Carole Samaha: Bhebbak, mbari7 enta lyawm w boukra Shta2tellak ma 3endak fekra W sa3b b3omri tsabbe7 zekra Yalli mnel denyi aghla
Marwan Khoury & Carole Samaha: Mashi netzakkar 3a droub, w ymarje7na el gharam Leish b3edna w keef aderna nensa hak el a7lam Ya leil el ba3dou naterna 3a nfare2 hal iyam x2
Ya rab tdoum iyamna sawa, w yeb2a 3a toul jame3na el hawa Ya rab tdoum, Ya rab tdoum
Ya rab n3eed hal 7obb elli kan, w a7la bi kteer mnel madi kaman Ya rab n3eed, Ya rab n3eed
Ya rab tdoum iyamna sawa, w yeb2a 3a toul jame3na el hawa Ya rab tdoum, Ya rab tdoum
Pessoas de São Paulo, no dia 25/09 haverá uma noite árabe em comemoração aos 5 anos de existência da Cia Al Jawhara. Organizado pela professora Simone Martinelli, este show contará com a participação de diversas bailarinas em apresentações especiais.
Aqui abaixo uma mostra do talento de Simone Martinelli.
Dando uma olhada em sites internacionais, encontrei lindos poemas com o tema dança do ventre.
O primeiro a ser postado (e traduzido) aqui é Dance With the Wind, de Ellen Sander, "Shoshanim".
Colquei umas notinhas ao final do post para esclarecer alguns pormenores sobre a tradução. Lembrando que tradução nunca fica tão bonito quanto o original, por isso, pra quem quiser tem também a versão em inglês.
Dance With the Wind - Dança com o vento
Eu gosto de dançar com o vento Ele sopra minhas velas*
e abre meu coração
Minha saia tremula,
meus véus voam e me levam em sua
mágica jornada.
Trememos como ondas de vento
sob o frio do crepúsculo
não permanecendo por muito tempo
na divisão entre os mundos
entre o crepúsculo e a escuridão.
A areia morde com seus pequenos grãos cortantes
meu tornozelo
como pulseiras, eles me envolvem
como se eu estivesse girando
e então percebo:
Estou girando.
Eu sei onde seu portão está trancado
Eu sei onde seu saveiro** está ancorado
Eu vejo a linha de sua pipa
girando com o vento
Eu voo, eu choro, eu danço com o vento
e ecoo sua respiração
que incendeia nossas almas
com uma sede espiritual
pela antiga, incessante,
misteriosa música.
Ellen Sander
Versão original em inglês:
Dance With the Wind
I like to dance with the wind.
It fills my sails
and opens my heart.
My skirt flutters,
veils soar and take me on their
magic journey.
We tremble like windripples
in the chill of twilight
not lingering too long
in the break between worlds
between twilight and dark.
The sand snaps tiny biting specks
against my ankles
like bracelets, they patter me
as if I am spinning
and then realize:
I am spinning.
I know where your gate is latched
I know where your sloop is anchored
I see the string on your kite,
looping in the wind.
I fly, I cry, I dance with the wind
and echo her breathing
that fires our souls
with spiritual wanderlust
into ancient, ceaseless,
mysterious music.
by Ellen Sander
*Vela de embarcação náutica, navio, veleiro.
**Saveiro: Barco pequeno, em geral de fundo achatado, utilizado na travessia de rios e na pesca a linha.
Mais um pouco de Salomé no cinema! Afinal, diversos filmes retrataram a dança sedutora que em troca pediu a cabeça do profeta João Batista. Um desses filmes é "Rei dos Reis" de 1961, em que Brigid Bazlen, atriz norte-americana, interpreta este mito. Na época, a atriz foi criticada pelo papel, por não ser muito conhecida (só havia feito um filme!) e assim inexperiente para um papel de destaque. Posteriormente Salomé passou a ser considerado sua melhor atuação, e a cena de sua dança é constantemente referência para ilustrar a história de sedução.
Na sua dança podemos identificar alguns movimentos da dança do ventre americana de sua época e alguns passos indianos também, mas a maior parte de sua performance é quase acrobática. O figurino também é a la Nadia Gamal e um quê de Cleópatra, tudo para reforçar a imaginação orientalista do Oriente Médio.
Aqui abaixo a dança começa a partir do 04:00min aproximadamente. Apesar de não ter achado a dança em si lá sensual, realmente a expressão da atriz é tudo, ela encarna a perfeita psicopata, botou Yvone no chinelo! Herodes tinha tudo para ficar louquinho!
Tradução da música Habibi Alli da Miami Band a pedido da Carla Roanita.
OBS: Esse é um grupo bem incomum de música árabe. A impressão que eu tenho é que eles são o Grupo Molejo das Arábias (nesse caso, do Kuwait). O clipe também é muito bem humorado, lembra o humor dos clipes de Daler Mehndi (Quem nunca viu "Tônico com Guaraná", isto é, "Tunak Tunak Tun"?) no clipe Dil Te Churiyan (leia-se: "Sai da frente" para os engraçadinhos do youtube).
Habibi Alli - Meu amor me falou
Meu amor me falou o que ela falou? Ela falou e falou... O que ela falou?
Ela falou comigo Mas o que ela falou para você? Ela falou de amor com ternura Porque sou o filho mais jovem de meus pais Ei, rapaz moreno, o mais engraçado e que tem o sangue doce Olhos nos olhos e nós dois nos derretemos na paixão
Ei, tristeza, vá embora! Ela veio e me chamou umas 5 ou 6 vezes para sair Ela me pegou e me atirou num mar de amor, ei pessoal Ela me deixou sentar ao lado dela e abriu seu coração para mim e me falou O que ela falou para você?
Meus olhos nos olhos dela... E no nosso caminho nos entregamos sem medo Nossa paixão nos estremeceu e nossos corações se derreteram em compaixão
Nós nos amamos um pouco e sorrimos um pouco E ela falou... E ela falou...
Letra:
7abebe alli allak eh 6ab alli o alli allak eh
alli howa alli eh eh eh allak ehد alli 7ebbeni 3ala mahlak dana akhr el 3an`ood
yasmar ellown yabo dam khafeef sukkar ma3/ood
del 3ain bel 3ain we7nal etnain beshou2 daybeen
ya 7uzn walli
gani o waddani men khamsa la setta randivo
khadni o waddani wramani fe ba7r elshou2 yahoo
a3adni ganbo o fata7li albo o aaal o aal allak eeeh
Tradução da música Al Hantour do Saad El Soghayar a pedido da Carla Roanita
OBS: Essa música foi bem engraçada de traduzir, me lembrou alguns funks que rolam pelo Brasil a fora! Curiosidades da música: Hantour era o tipo de cavalo usado nas carruagens no Egito, que fora trazido pelos ingleses na era vitoriana. Nessa música há um neologismo: hantar, que quer dizer "balançar para frente e para trás" é inventado como verbo e advérbio. Outra curiosidade é que o protagonista ao viajar na imaginação com este passeio com sua namorada, ao pedir a ela que segure sua mão para atravessar a rua , na verdade está dando uma desculpa para tocar nela em público, pois lá só os casados podem ter esta "intimidade".
Al Hantour - A carruagem
Ei, você aí! Ei você na carruagem, balançando para frente e para trás! Êia! Sim! Como desejo andar numa carruagem e balançar para frente e para trás.
Sorria! Muito bem! Estou andando na carruagem, pocotó pocotó ("dirigin, dirigin": onomatopeia do galope dos cavalos) Estou balançando para frente e para trás, pocotó pocotó Estou andando na carruagem, pocotó pocotó Estou balançando para frente e para trás, pocotó pocotó
E eu quero sentar na frente, pocotó, pocotó E segurar as rédeas, pocotó, pocotó Apenas sentar na frente, pocotó, pocotó E segurar as rédeas, pocotó, pocotó E dirigir a carruagem, pocotó, pocotó
E eu traria minha namorada para andar ao meu lado e balançar para frente e para trás E colocaria a mão dela no meu braço e uniríamos braços e sacolejos E pararíamos no outro lado da estrada e desceríamos para comer batata doce assada E também comeríamos sementes, oh minha sementinha (apelido carinhoso) e sobremesa de chocolate
E nós iriamos dirigir, pocotó, pocotó, balançar para frente e para trás E dirigiríamos atrás de outra carruagem, pocotó, pocotó Todos nós na carruagem
E balançar para frente e para trás, para frente e para trás E nós traríamos hummus (pasta de grão de bico) com pimentas quentes e também vestiríamos um grande chapéu de palha E nós brincaríamos de rimar (Hatta ya Butta, jogo de rimas) se você puder, e eu pularia de alegria E meu amor seria um dia de sonho para mim que marcaria meus olhos E também segure minha mão porque eu a ajudo a atravessar a rua E estou dirigindo a carruagem e estou balançando para frente e para trás, para frente e para trás
Êia, êia! Muito bem!
Letra:
Ya 3am! Ya 3am beta3a al-hantour ya mehantar Hiss! Hader. Yama nifsi arkab al-hantour wa athantar
Shee! Mashi. Wa arkab al-hantour "dirigin dirigin" Wa athantar "dirigin dirigin" Wa arkab al-hantour "dirigin dirigin" Wa athantar "dirigin dirigin" Wa 3oud 'oudam "dirigin dirigin" Wa shild illi gam "dirigin dirigin" Bas wa 3oud 'oudam "dirigin dirigin" Wa shild illi gam "dirigin dirigin"
Wa arkab al-hantour "dirigin dirigin" Wa hageeb al-gow bita3ee yarkab gambi wa yithantar Wa hahout eedu fi ara3ee wa yaangijni wa nitmakhtar Wa nirkin 3ala aye ganb wa nizil nakul batata wa kamaan ni-azaz lib ya lib wa bahali bi chocolate Wa arkab "dirigin dirigin" watithantar Wa habirkab bildour al-hantour "dirigin dirigin" kulena 3ala al-hantour
Wa athantar wa athantar Wingeeb hummos bishata wa kaman nilbis bournnayta Wa hanil3ab "hata ya butta" wa hanotat tanteet Wa habibi hayisrah biyya wa aoud asabilu fi bi3adeeni Arkab al-hantour wathantar wathantar Yis! Yis! Mashi!
Eis aqui um clássico do cinema: Salomé com Rita Hayworth. Eis aqui um dos assassinatos da história (nesse caso bíblica) feitos por Hollywood. Nesse filme Salomé é boazinha, afinal ela é a protagonista, como fazer uma heroína psicopata e amante do amante da mãe? Quem gosta de uma história açucarada e não se importa com a falta de fidelidade à história, é um clássico!
Inúmeros filmes - em sua maioria sobre a vida de Jesus - retrataram a dança sedutora que levou Herodes a decapitar João Batista; a dança de Salomé está presente no imaginário da dança do ventre, ainda que não se saiba que estilo a bendita dançou. Sabe o mito que Salomé dançou a dança dos sete véus? Pois bem: vem deste filme! Depois disso quantas dançarinas do ventre já não ouviram a perguntinha capciosa se já aprenderam a dança dos sete véus, hein?
Nesse filme parece que Rita Hayworth andou estudando as dançarinas egípcias de sua época. Para nós do séc. XXI, a impressão é que ela não está fazendo dança do ventre, mas tem lá as características de seu tempo, como os braços, a forma de se deslocar, a postura e o trabalho com os véus; segundo a própria atriz foi a performance mais trabalhosa de sua carreira, que necessitou ser filmada e refilmada diversas vezes. Não é à toa que ela virou referência como a Salomé do cinema.
Aqui abaixo a dança, com destaque para a cena em que ela vê a cabeça de João Batista na bandeja. Deixou a Maria do Bairro no chinelo com esta interpretação!
O dabke é a dança mais popular no Líbano, Jordânia, Palestina e Síria. Eu sempre ouvi dos professores que a dança teve origem numa espécie de mutirão comunitário para consertar telhados de barro nas chuvas do inverno, mas recentemente vi outra versão no documentário brasileiro "Que teus olhos sejam atendidos" sobre o interior do Líbano: o dabke é a dança da vitória! Segundo um pastor da região, os exércitos árabes dançavam em suas vitórias, e a dança representa esse momento de celebração. Talvez as duas versões sejam complementares, de qualquer forma achei interessante compartilhar isso com vocês!
O nome dabke significa "bater o pé no chão". A dança é realizada em fila, com os participantes de mãos dadas ou com elas apoiadas no quadril. Na ponta desta fila, há o líder que indica os passos a ser seguidos, podendo este também se soltar da fila e fazer passos mais destros, como saltos, giros, com muita energia. Os passos são coordenados, podendo apresentar variações, como chutes, saltos, e com uma "mexida" nos ombros, mas sempre presos à batida do acento do ritmo com a dos pés. No Líbano, segundo o documentário acima citado, a dança é tão popular, que até os idosos não deixam de dançá-la, mas por não poderem mais pular, a dança é renomeada para Ajra em sua versão "terceira-idade". Ah, um dado importante é saber que o dabke se diferencia de acordo com sua região de origem, muitas vezes encontramos a definição "dabke palestino", "dabke libanês" no youtube, muitos comentários são para reforçar uma característica, como "esse é o verdadeiro dabke sírio", mas eu sinceramente não sei o que exatamente diferencia um do outro, quem puder nos ajudar!!
O dabke é uma dança comum no dia-a-dia das pessoas nos países árabes (especialmente nos acima citados), é sempre presente nas festas privadas, nos casamentos, nas festas de rua e, certamente, nos shows. Em algumas ocasiões ele é dançado com um bastão, assim como também no Khaleege masculino dos Emirados Árabes Unidos, mas isso não quer dizer que ele associou aspectos do Saidi ou do Tahib, o bastão tem apenas caráter simbólico e não representa o folclore. Aqui no Brasil há vários dançarinos que dançam o dabke, como Nasser Mohamed, Anthar Lacerda, Téo Versiani, e grupos especializados como o Grupo Najla Yacoub e o Studio de Dança Giovana Franchi.
Tradução da música Akbar min Kidda (Wana Been Ideek) da Nancy Ajram
Akbar min Kidda (Wana Been Ideek) - Em seus braços (Maior do que isso)
Quando estou em seus braços, do que mais posso precisar? O que pode ser maior do que isso? Nunca imaginei que um dia viveria dessa maneira
Tudo o que passou passou E não podemos mudar isso Vamos nos focar mais no futuro Não há mais tempo a perder
Não vou desperdiçar minha vida novamente Cada segundo é precioso para mim Não vou pensar mais no passado Minha vida está só começando Estar com você é o suficiente para mim E com você vou viver minha vida até o fim
Letra:
wana bein edaik me7taga eih? feh 7aga akbar men keda w ana 3omri kont a7lam fe youm a3ish 7ayah bel shakl da 3x
kol elli fat meen el 3omr fat w mosh be 2edna nragga3o khallaina aktar felle gai, maba2ash fe wa2t ndaya3o 2x
wana mosh hadaya3 3omr tani law sawane hayenfa3oo ana mosh hafakkar felle fat, ana 3omri lessa f2awelo kefaya enne ba2ait ma3ak w ma3ak ha3isho w akamelo 2x
kol elli fat meen el 3omr fat w mosh be 2edna nragga3o khallaina aktar felle gai, maba2ash fe wa2t ndaya3o 2x
wana bein edik wana bein edaik me7taga eih? feh 7aga akbar men keda w ana 3omri kont a7lam fe youm a3ish 7ayah bel shakl da 3x
Para os fãs da dança do ventre gótica, o DVD Fantasy - Magic Bellydance traz a dançarina Ariellah, umas das referências no meio. É um DVD didático para nível avançado, que conta com a participação de 3 bailarinas, além de Ariellah, que realizam performances exóticas.
A primeira dançarina é Autumn, no estilo "dança do ventre ritualística", a busca pelo contato com os "espíritos do outro mundo" (palavras da própria dançarina). O nome da coreografia é Enchantress, ensinada passo-a-passo e apresentada em uma performance solo da bailarina. Para os fãs e seguidores do estilo ritualístico, é um prato cheio!
A segunda dançarina é a Isidora Bushkovski, que ensina a dança do ventre guerreira! Sinceramente eu nunca imaginei que isso pudesse existir, mas ela ensina uma coreografia com espada samurai (!), que é usada como uma espada comum de dança do ventre e com passos de kendô mesmo, e dança indiana. Para quem quer fazer uma coisa louca, diferente e impactante para um show, pode ser uma boa opção! A coreografia se chama Warrior Princess.
A última é o motivo mor por eu ter visto este DVD: Ariellah. Ela ensina uma coreografia de dança do ventre gótica, muito similar à dança do ventre tribal, mas também impregnada de elementos obscuros, densos e simbólicos. O nome da coreografia é Kali - Creator and Destroyer, uma referência direta à deusa havaiana do vulcão, ou seja, a dança incorpora um espírito multicultural e místico também. Das 3, acho esta de longe a melhor performance, quem tiver a oportunidade de estudar movimento a movimento, com certeza adquirirá um vocabulário bonito e versátil.
Abaixo uma compilação do que este o DVD Fantasy - Magic Bellydance tem a oferecer: